Zootecnista explica a importância da profissão na criação de equinos
A equideocultura, setor do mercado que envolve a criação de cavalos, é uma área que vem atraindo cada vez mais profissionais no mercado brasileiro, principalmente os da Zootecnia. Recentemente, a zootecnista Roberta Ariboni Brandi, mestre e doutora na área de Zootecnia com nutrição do cavalo atleta, falou sobre o tema para o informativo “Zootecnia em Foco”, da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). A entrevista é do acadêmico de Zootecnia Marcelo Morais.
Professora associada da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA-USP), Roberta começou a trabalhar com criação e nutrição de cavalos após perder 11 equinos por erros nutricionais. Na época, a zootecnista era amazona da Federação Paulista de Hipismo.
“A medida que fui evoluindo como amazona da Federação Paulista de Hipismo, percebi que a alimentação e nutrição do cavalo atleta não eram explorados e muitos animais de provas mais fortes não eram alimentados adequadamente, levando-os a baixo desempenho. Resolvi então deixar as pistas para trabalhar nos bastidores”.
Atualmente, Roberta atua na área de equideocultura. Para ela, a Zootecnia é essencial na criação de equídeos.
“Pode atuar desde o melhoramento genético, passando pelo manejo sanitário, reprodutivo, manejo de fases e mais enfaticamente na nutrição dos animais e na fisiologia do exercício (campos em franca expansão)”.
Segundo a especialista, basicamente, a dieta dos equinos deve ser formulada a partir de volumoso-gramíneas de boa qualidade, em especial do gênero Cynodon. Para Roberta, a utilização de concentrados comerciais ou formulados na propriedade devem figurar como um complemento a exigência nutricional.
“O volumoso deve estar disponível para o animal pelo maior tempo possível. Deve-se ter cuidado com os volumosos de preferência dos equinos pois estes são altamente seletivos. Não se deve oferecer feno de Alfafa como volumoso único para os cavalos”.
ABZ