“Vou me formar. E agora?!” Estudantes contam como se preparam para o futuro profissional
18 de maio de 2016
A reta final da graduação proporciona aos estudantes um misto de satisfação por ver chegar a conclusão do curso, mas também de incertezas quanto ao futuro profissional.
Conversamos com estudantes de diferentes regiões do país durante o 37º Congresso Brasileiro da Associação Nacional de Clínicos de Pequenos Animais (Anclivepa) para saber qual a expectativa deles em relação ao futuro como médicos veterinários.
Mercado de trabalho
Quando criança, Ermano Oliveira questionava os pais se existia médico para cuidar de cavalos. Hoje, estudante da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), na Paraíba, ele conta que mudou de ideia e quer trabalhar na clínica de pequenos.
“A preocupação é sempre de pensar o que vamos fazer depois de formados, as incertezas com relação ao mercado de trabalho”, conta.
Mas a receita para deixar o medo de lado, ele mesmo já sabe.
“É preciso estar sempre olhando à frente, buscando especializações, fazer residência, pós-graduação. Quanto mais conhecimento, mais diferenciado você será”, afirma Ermano.
A preocupação dele é a mesma da estudante Andrea Meirelles da Unigranrio, do Rio de Janeiro (RJ).
“A quantidade de pessoas que se formam a cada ano é grande, eu fico receosa em relação ao campo de trabalho”, conta.
O conhecimento de outras áreas de atuação da Medicina Veterinária é visto por Andrea como uma oportunidade.
“Eu pretendia trabalhar com clínica de pequenos, mas estou me apaixonando pela área de tecnologia de alimentos”, revela.
Como adquirir tanto conhecimento?
Andria Mello, estudante da Upis em Brasília (DF), quer ser oncologista e tem várias dúvidas.
“Qual o segredo do sucesso de ser um bom oncologista? São vários sistemas diferentes, qual o segredo de conseguir ter um conhecimento tão grande?”, questiona Andria.
A valorização profissional, segundo ela, depende dos esforços do médico veterinário em ser um profissional diferenciado e da sua relação com os proprietários dos animais.
“Acho que é preciso falar abertamente com o cliente. E conscientizar de que a Medicina Veterinária é importante tanto para os humanos e a saúde pública, quanto para os animais”, afirma.
Será que estou preparado?
“Meu maior medo é formar e não saber se estou preparado para colocar o conhecimento em prática”, conta o estudante Felipe Paiva, da Universidade Federal de Goiás (UFG).
Para driblar a insegurança, Felipe aposta nos estágios e em fazer Residência. “Você acaba prolongando mais o tempo de estudo e treinamento. Vou continuar aprendendo, com um professor a quem responder até me preparar melhor para o mercado de trabalho”, conta.
Medos à parte, Ermano, Andrea, Andria e Felipe sabem que o segredo passa por uma boa preparação e pela busca incessante de conhecimento. Estão no caminho certo!
Assessoria de Comunicação do CFMV