Na Semana Nacional de Combate à Leishmaniose, o CFMV tem um recado
Na Semana Nacional de Combate à Leishmaniose, que ocorre de 8 a 14 de agosto, o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) lembra aos profissionais, gestores da área da saúde e população que ações educativas e preventivas ainda são o melhor caminho contra a doença.
Quem dá o recado é o presidente da Comissão Nacional de Saúde Pública Veterinária (CNSPV) do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), Nélio de Morais. Aumenta o som!
Também conhecida como calazar, a leishmaniose visceral é uma zoonose sistêmica causada por um protozoário do gênero Leishmania, transmitido aos humanos e outros animais por meio da picada de insetos flebotomíneos, do gênero Lutzomyia, que se infecta ao se alimentar do sangue de humanos ou animais infectados, principalmente os cães.
As medidas de prevenção individual englobam o uso de repelentes, principalmente nos horários de atividades do vetor (amanhecer e anoitecer) e a limpeza dos quintais, especialmente os que possuem plantas (árvores, arbustos) para evitar o acúmulo de matéria orgânica. Outra medida importante no combate à doença é a vacinação dos cães. As medidas de proteção coletiva englobam o recolhimento do lixo, a melhora das condições socioeconômicas, moradia e nutrição da população, sobretudo de crianças, que são mais vulneráveis à doença.
Guia de bolso da Leishmaniose
Considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) uma das doenças mais negligenciadas do mundo, a Leishmaniose Visceral (LV) ganhou ano passado uma nova ferramenta de conhecimento técnico, científico e jurídico: o Guia de Bolso da Leishmaniose Visceral. A publicação é resultado de um intenso trabalho da CNSPV/CFMV.
“O Brasil detém uma das maiores experiências científicas e práticas de atuação de medidas de controle da doença. Somos referência no mundo, pelas pesquisas, formação profissional e gestão dos programas. O guia consolida tudo isso”, afirma Morais.
Atualmente, a possibilidade de tratamento de cães positivos, mesmo que por toda a vida, além do uso de coleiras repelentes e da vacina, agregam à saúde pública outras possibilidades de desfechos. Confira a publicação.
Assessoria de Comunicação do CFMV