Governo tem que criar Agência de Defesa Agropecuária para manter Paraíba como área livre de aftosa sem vacinação
Representantes do Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB), do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Paraíba (Crea-PB), do Sindicato dos Agrônomos, Veterinários e Zootecnistas da Paraíba (SINAVEZ-PB) e da Defesa Agropecuária da Paraíba se reuniram, nesta segunda-feira (12), com o presidente do Sistema FAEPA/SENAR-PB, Mário Borba, para discutir a urgência da criação da Agência de Defesa Agropecuária da Paraíba.
As entidades vão encaminhar um ofício conjunto ao Governo do Estado solicitando agilidade na criação da estrutura e lembrando que existe um Protocolo de Intenções firmado com o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) para atendimento ao plano de ação da auditoria MAPA Quali-SV e caso o calendário não seja cumprido, entre outras sanções, a Paraíba perderá o status de zona livre de aftosa sem vacinação, ficando impedida de comercializar animais e produtos de origem animal para os demais Estados brasileiros.
Mário Borba afirmou que essa demora vem preocupando o setor produtivo, que pode ser penalizado caso a Paraíba fique isolada. Ele lembrou que o Estado é o único do Nordeste que ainda não possui uma Agência de Defesa Agropecuária.
As entidades reforçaram a importância estratégica dessa iniciativa para o fortalecimento da agricultura e pecuária paraibanas, além dos cuidados com a saúde animal e humana, de modo a promover a proteção do produtor rural, a sanidade dos rebanhos e a segurança alimentar da população.
O CRMV-PB destacou a relevância da criação da Agência de Defesa Agropecuária como um passo fundamental para garantir a qualidade dos serviços prestados aos agropecuaristas e à sociedade como um todo. “Além da questão econômica, estamos falando aqui de saúde pública. Esse órgão tem papel fundamental no controle de doenças que são transmitidas dos animais para os seres humanos, as chamadas zoonoses”, disse o presidente do Conselho, José Cecílio.
O Sinavez-PB destacou que a criação da Agência de Defesa Agropecuária visa fornecer o suporte necessário para reestruturar as condições de trabalho dos funcionários, garantindo assim um serviço mais eficiente e eficaz.
A gerente executiva da Defesa Agropecuária, Girlene Alencar, destacou que a criação da Agência é essencial para atender às demandas do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e para elevar os padrões de qualidade na agropecuária paraibana. “Esse apoio das entidades de classe fortalece ainda mais as ações do governo junto ao setor produtivo”, disse ela.
A Agência de Defesa Agropecuária tem a finalidade de acompanhar e regular o serviço de defesa, já que há um grande déficit na fiscalização animal e vegetal dos produtos que entram e saem do Estado.
Participaram da reunião os representantes do Sistema FAEPA/SENAR-PB Mário Borba (presidente) e Gabriel Petelinkar (Chefe de Gabinete); a gerente executiva da Defesa Agropecuária, Girlene Alencar; o Gerente Operacional de Defesa Animal Cristiano Rocha; o presidente do Crea-PB, Renan Azevedo; e o diretor financeiro do SINAVEZ: Odnilson Alves de Aguiar.