Febre amarela: conheça material informativo do Ministério da Saúde para profissionais de saúde
O ano de 2018 teve início com as atenções voltadas para a Febre Amarela. O Brasil registrou 35 casos da doença de julho de 2017 a 14 de janeiro deste ano, especialmente na região Sudeste e por residentes de zonas rurais ou pessoas que tiveram contato com áreas silvestres. Um estudo epidemiológico divulgado pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) afirmou que o número de registros de febre amarela é o maior observado em décadas nas américas.
Segundo a Opas, o aumento observado pode estar relacionado a um ecossistema favorável para a disseminação do vírus e pelo número de pessoas que não são imunizadas.
Para auxiliar os profissionais que atuam nas unidades básicas localizadas nas regiões com surtos de Febre Amarela, o Ministério da Saúde (MS) publicou um guia sobre a doença voltado para profissionais da área da saúde.
O Guia traz informações para a identificação e manejo clínico de casos suspeitos e confirmados; encaminhamento e manejo clínico de casos graves; medidas de controle e prevenção do surto; identificação e manejo de eventos adversos pós-vacinação (EAPV); e ainda conceitos sobre a vigilância da Febre Amarela.
A doença também é o tema central de uma edição especial do boletim técnico da Associação Brasileira de Veterinários de Animais Selvagens (Abravas) sobre Febre Amarela em primatas. No boletim da Abravas, profissionais foram convidados a responder questões frequentes e com esclarecimentos importantes para os médicos veterinários.
Formas de contágio
Não é possível o contágio entre animais e de animais para seres humanos. A única forma de transmissão é pela picada dos mosquitos infectados dos gêneros Haemagos e Sabethes, que circulam em regiões silvestres. Por estarem nas matas, os macacos são os principais hospedeiros do vírus, mas o ser humano também pode se tornar um hospedeiro quando entra em áreas de mata e é picado pelo mosquito.
O último caso de Febre Amarela urbana foi registrado no Brasil em 1942, e todos os casos confirmados desde então decorrem do ciclo silvestre de transmissão.
Para evitar epidemias, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que pelo menos 90% da população das áreas consideradas de risco seja vacinada.
Fonte CFMV