Com a palavra, o zootecnista
Como parte das ações da campanha do Dia do Zootecnista 2015, “Quem é o Zootecnista”, a Assessoria de Comunicação do CFMV entrevistou alguns profissionais de diferentes estados do Brasil. Nas entrevistas abaixo, eles revelam a diversidade da profissão e contam um pouco sobre o seu dia a dia profissional e as áreas da Zootecnia que consideram emergentes.
José Geraldo Medeiros da Silva, zootecnista
José Geraldo Medeiros da Silva formou-se em Zootecnia pela da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Completa, este ano, 30 anos de profissão. Foi estagiário da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), onde participou de projetos de pesquisa que o estimularam a escolher a profissão de zootecnista. Atualmente é conselheiro do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Norte (CRMV/RN).
ASCOM CFMV – Há quanto tempo trabalha como Zootecnista?
José Geraldo Medeiros da Silva – Desde 1986 sou pesquisador da EMPARN atuando na área de Produção Animal da empresa. Conclui mestrado em Produção Animal pela UFRPE em 1998, e doutorado em Zootecnia pela UFRPE, na primeira turma do Nordeste, em 2004.
ASCOM CFMV – Qual é a sua área e como é a prática diária?
José Geraldo Medeiros da Silva – Desde 1994 desenvolvo pesquisas usando as cactáceas nativas, mandacaru e xiquexique, como volumosos forrageiros estratégicos na composição das dietas dos bovinos, ovinos e caprinos em períodos de grandes secas no Nordeste. Coordeno o projeto de pesquisa “Estabelecimento de Bancos de Cactáceas como Estratégia de Combate a Desertificação no Seridó Potiguar”, e sou subcoordenador do projeto de pesquisa “Avaliação de Sistemas de Produção de Palma Forrageira Irrigada e Adensada no Rio Grande do Norte”. Além disso, sou editor-chefe da revista eletrônica científica Centauro.
ASCOM CFMV – Que áreas da Zootecnia você destaca como emergentes e que ainda precisam ser mais conhecidas?
José Geraldo Medeiros da Silva – A demanda mundial por produtos das espécies caprina e ovina é crescente. Pelas suas capacidades de adaptação às condições climáticas adversas, e tendo a vegetação da caatinga como a base da sua alimentação, os ruminantes caprinos e ovinos são mais eficientes do que os bovinos no semiárido brasileiro. Necessita-se intensificar mais pesquisas com os pequenos ruminantes no único bioma totalmente brasileiro.
ASCOM CFMV – E para os estudantes, o que você pode dizer sobre o dia a dia da profissão?
José Geraldo Medeiros da Silva – A produção de alimentos para as populações de forma sustentável é um dos desafios do futuro. No entanto, precisa que o profissional esteja preparado, acompanhando a velocidade do conhecimento e que, acima de tudo, exerça a profissão com zelo.
CFMV