O Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB) realizou, nesta sexta-feira (3), a 277ª Sessão Plenária Ordinária para tratar de assuntos de ordem administrativa.
Foi decidida a realização de palestras sobre comunicação assertiva (media training) para o dia 24 de março e Selo Arte para o dia 21 de março. O Selo Arte é o certificado que assegura que os produtos alimentícios de origem animal foram elaborados de forma artesanal, com receita e processo que apresentem características tradicionais, regionais, culturais, vinculação ou valorização territorial.
Durante o encontro, foi realizada pelo setor contábil a prestação de contas do Conselho Regional. Também foi feita a análise, apreciação, discussão e votação pelo plenário dos processos de inscrições de pessoas físicas e jurídicas no âmbito do CRMV-PB.
Os conselheiros também relataram e levaram para aprovação e homologação do plenário cinco processos sobre auto de infração e isenção de anuidade.
Dados do Sistema Conselhos Federal e Regionais de Medicina Veterinária (CFMV/CRMVs) mostram que há 168 mil médicos-veterinários e zootecnistas atuantes. Desse total, 90 mil são mulheres. Elas correspondem a 54% dos profissionais. Na Paraíba, as mulheres veterinárias chegam a 699 (44,4%) e as zootecnistas a 44 (25,6%).
Nesta quarta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, o Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB) destaca o trabalho das profissionais para o crescimento dos mais diversos segmentos de atuação das profissões, especialmente do agronegócio e do mercado pet, tão importantes para a economia brasileira.
Para o presidente do CRMV-PB, José Cecílio, o número de mulheres na Paraíba ainda é menor que o dos homens, mas que essa realidade pode mudar nos próximos anos. “Temos uma nova realidade acontecendo em todo o Brasil. Essa mudança de paradigma pode ser atribuída à forte representação feminina nas universidades, onde é perceptível a crescente quantidade de mulheres que desejam seguir carreira na Medicina Veterinária. No nosso estado, temos a grata satisfação de termos excelentes profissionais que honram toda a nossa categoria”, destacou.
De acordo com o Sistema de Cadastro do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), as mulheres já são maioria em cinco estados brasileiros. A predominância feminina pode ser observada no Amazonas, com 52% das profissionais mulheres, no Distrito Federal (57%), no Espírito Santo (50,1%), em São Paulo (59%) e no Rio de Janeiro, onde a proporção de mulheres é mais notável – em território fluminense, 60% dos 10 mil médicos-veterinários em atuação são mulheres.
Embora não haja dados sobre as áreas de maior atuação das mulheres na Medicina Veterinária, representantes do ensino estimam que a grande maioria ingresse no curso em busca de uma carreira na clínica de pequenos animais. Mas há profissionais do sexo feminino em todas as áreas da Medicina Veterinária.
Trabalhando em uma área majoritariamente masculina, Isabella Barros atua na clínica médica de equídeos desde que se formou em 2009. “Maior dificuldade que temos é o fato de nos subestimarem como mulher! Meu conselho pras meninas é seguir firme não se deixar abater e trabalhar e estudar bastante”, disse a veterinária que é professora de clínica médica de equídeos da UFPB.
Segurança Alimentar – A veterinária Nina Toralles, conselheira do CRMV-PB, já atuou em várias áreas, mas agora trabalha com segurança alimentar, como responsável técnica em um entreposto de ovos, além de prestar consultoria. Esta é uma área de atuação que muitas pessoas desconhecem que seja de competência da medicina veterinária.
Nina relatou que enfrenta dificuldade na sua atuação por as pessoas não entenderem o papel do Médico Veterinário na área de segurança alimentar, acham que seria papel de outros profissionais. “Também passei por momentos de dificuldade por ser mulher e nova. As pessoas dentro das empresas não acreditarem no meu potencial”, contou.
Trabalho – Os dados dos Conselhos mostram ainda que as mulheres da Veterinária e da Zootecnia estão no ápice do vigor da sua força de trabalho: 91% delas estão entre os 20 e os 50 anos. As profissionais mais experientes, entre 31 e 50 anos, ocupam a maior fatia, com 55% do mercado. Já as recém-formadas, com até 30 anos, são 36% da força de trabalho. Isso representa um percentual considerável para a renovação do campo de trabalho.
A Comissão de Educação do Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB) promoveu, nesta sexta-feira (3), o I Encontro de Coordenadores de Cursos de Medicina Veterinária do Estado da Paraíba. Além de abordar as dificuldades enfrentadas, foi debatido a Curricularização da Extensão e apresentado o Diagnóstico Situacional da Qualidade dos Cursos de Medicina Veterinária. O estado conta com 12 cursos na área e por ano 2.010 novas vagas são abertas por eles.
A atividade contou com a presença de coordenadores de cursos de veterinária da Paraíba, sendo eles: Paula Fernanda (Uniesp), João Paulo (Unipê), José Matias (Rebouças de Campina Grande), Tereza Rotondano (FIP Campina Grande), Atticcus Tanikawa (Facene/Famene), Silvano dos Santos Higino (UFCG) e Lisanka Ângelo Maia (IFPB Campus Sousa).
José Matias falou da dificuldade para implantar as novas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Medicina Veterinária. Já Atticcus Tanikawa afirmou que um grande problema enfrentado é a relação desrespeitosa dos alunos, além das constantes crises de ansiedade e depressão apresentadas pelos estudantes.Silvano destacou que os alunos não têm noção de hierarquia e desrespeitam os professores, há uma dificuldade de aprendizado, além do aperto orçamentário: pouco recurso para fazer muita coisa.
O presidente da Comissão de Educação, o vice-presidente do Conselho Regional Adriano Fernandes, falou do trabalho que vem sendo realizado para auxiliar na formação dos futuros profissionais. Destacou as mudanças nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Medicina Veterinária e afirmou que elas são importantes e vão colaborar para melhor preparação dos futuros veterinários. Informou ainda que a Comissão fará visita aos cursos de veterinária do Estado.
A professora doutora Maria José de Sena (ex-reitora da UFRPE e presidente Nacional de Educação de Medicina Veterinária do CFMV) ministrou a palestra Diagnóstico Situacional da Qualidade dos Cursos de Medicina Veterinária submetidos a Análises para Fins de Autorização no período de 2018 a 2021. Ela falou do crescimento do número de cursos de veterinária e que hoje são 536 cursos oferecidos, sendo 514 presenciais e 22 ensino a distância, que jutos oferecem 107.427 vagas todos os anos.
Maria José de Sena afirmou que a grande preocupação dos coordenadores é em relação ao programa de extensão e afirmou que esse é um gargalo encontrado em todo o Brasil. Orientou tentar ajustar o que se tem dentro das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Medicina Veterinária e recomendou sempre passar para os alunos o que é ser médico-veterinário e falar da importância dessa profissão.
Composição – A Comissão de Educação é formada pelos médicos-veterinários Adriano Fernandes, Otávio Brilhante, Malania Loureiro Marinho, Lisanka Angelo Maia, Atticcus Tanikawa e Paula Fernanda Barbosa de Araújo e todos participaram do evento. O Brasil conta hoje com 536 cursos de Medicina Veterinária, sendo 452 cursos oferecidos por instituições de ensino privados. Os outros países do mundo, juntos, têm menos cursos que no Brasil, totalizando 320.
A preservação e conservação da fauna selvagem é uma inquietação mundial, mas muitas pessoas desconhecem os sérios motivos de tanta preocupação e esforços de governos nacionais, internacionais e Organizações Não Governamentais (ONGs) sobre a questão. Para se ter uma ideia, a extinção ou diminuição da população de uma determinada espécie, por exemplo, pode levar a consequências graves à saúde humana, ambiental e animal, como pandemias, surtos zoonóticos, falta de alimentos e medicamentos.
A onça-pintada é um desses animais que chamam a atenção pelo seu importante papel na manutenção do ecossistema e da biodiversidade. Se a onça pintada fosse extinta, haveria um efeito cascata em todo o ecossistema em que ela vive. A falta de um predador de topo da cadeia, como a onça-pintada, pode levar ao aumento da população de outras espécies, como cervos e capivaras, que podem, por sua vez, consumir mais plantas, impactando a vegetação e o equilíbrio do ecossistema.
Esses episódios também podem levar a uma série de problemas de saúde pública, como a propagação de doenças transmitidas por animais silvestres, desequilíbrio na cadeia alimentar, desflorestamento e redução da qualidade do ar e da água. Além disso, a perda da biodiversidade pode resultar na perda de plantas e animais que poderiam ser usados para fins medicinais, alimentícios e outros usos importantes para a população.
O papel do médico-veterinário e do zootecnista
A atuação do médico-veterinário e do zootecnista é fundamental para garantir a proteção desses animais topo da cadeia e de seus hábitats naturais. O médico-veterinário possui conhecimento técnico e científico para prevenir doenças e tratar animais selvagens em situações de emergência; quando eles são resgatados de áreas afetadas por desastres naturais ou de ambientes ameaçados pela ação humana, por exemplo. A intervenção desses profissionais pode salvar a vida de animais e garantir a sobrevivência de suas populações.
Além disso, o médico-veterinário fornece assistência na criação e implementação de programas de saúde e reprodução em cativeiro para espécies em extinção. Muitos profissionais utilizam da biotecnologia para fazer reprodução assistida, pesquisa científica e o controle de doenças. Esses programas são importantes para aumentar o número de certas espécies, bem como para prevenir a disseminação de doenças em populações mantidas em cativeiro.
O zootecnista, por sua vez, planeja e gerencia a criação e o manejo de animais, sejam eles domésticos ou selvagens. O profissional também ajuda a desenvolver programas de criação em cativeiro e reintrodução na natureza, bem como realiza pesquisas sobre aspectos comportamentais e ecológicos dos animais.
Ambos os profissionais podem atuar em projetos de educação e conscientização pública sobre a importância da preservação da fauna selvagem, bem como trabalhar em conjunto com ONGs, agências governamentais e outras instituições para desenvolver estratégias e proteger e conservar a biodiversidade e promover o bem-estar animal, humano e ambiental, a saúde única.
3 de março – Dia Mundial da Vida Selvagem
No dia 3 de março é comemorado o Dia Mundial da Vida Selvagem e a Comissão Nacional de Animais Selvagens (CNAS) do CFMV alerta para os impactos que o tráfico de animais silvestres pode causar ao planeta. “Essa atividade movimenta anualmente milhões de dólares no mundo todo e é considerado o terceiro maior comércio ilegal do mundo, perdendo somente para o tráfico de drogas e de armas. A remoção violenta desses animais do seu hábitat e o transporte ao qual são submetidos para chegar ao ponto de comercialização contribuem para alta mortalidade”, afirma o presidente da comissão, o médico-veterinário Francisco Edson Gomes.
Para cada dez animais retirados da natureza, nove não chegam ao destino (Renctas, 2001). Os esforços para minimizar esse impacto sobre a fauna silvestre envolvem vários atores, que atuam desde a fiscalização (policial, dos conselhos profissionais), diagnóstico, recuperação (Centros de Triagem, Centro de Recuperação de Animais Silvestre e Centros de Apoio à Fauna Silvestre) até a soltura destes animais em seu hábitat natural.
A Comissão de Educação do Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB) vai realizar, nesta sexta-feira (3), em João Pessoa, o I Encontro de Coordenadores de Cursos de Medicina Veterinária do Estado da Paraíba. A ideia é reunir os 12 representantes das instituições que possuem curso de medicina veterinária para discutir propostas educacionais, os anseios na área no pós-pandemia e a qualidade do ensino superior.
A abertura do evento será às 14 horas e logo em seguida haverá uma explanação sobre a Situação Acadêmica do Ensino da Medicina Veterinária no Pós-Pandemia – Debate com os coordenadores de cursos do Estado da Paraíba. Na programação está prevista a palestra Diagnóstico Situacional da Qualidade dos Cursos de Medicina Veterinária submetidos a Análises para Fins de Autorização no período de 2018 a 2021, que terá como facilitadora a professora doutora Maria José de Sena (Ex-reitora da UFRPE e Presidente Nacional de Educação de Medicina Veterinária do CFMV).
Para encerrar a atividade, será ministrada a palestra Curricularização da Extensão, ministrada pelo professor doutor Otávio Brilhante de Souza, que é integrante da Comissão Estadual de Ensino da Medicina Veterinária do CRMV-PB.
O presidente da Comissão de Educação, o vice-presidente do Conselho Regional Adriano Fernandes, destaca que o objetivo do evento é manter a qualidade dos cursos na Paraíba, além de garantir a proximidade do CRMV-PB com as instituições de ensino e os estudantes. “Temos essa preocupação na formação, uma vez que a educação reflete diretamente na qualidade dos profissionais que chegam ao mercado. Vamos escutar os coordenadores, além de saber dos anseios e também sobre a implantação das novas diretrizes curriculares do curso”, destacou.
Composição – A Comissão de Educação é formada pelos médicos-veterinários Adriano Fernandes, Otávio Brilhante, Malania Loureiro Marinho, Lisanka Angelo Maia, Atticcus Tanikawa e Paula Fernanda Barbosa de Araújo. O Brasil conta hoje com 536 cursos de Medicina Veterinária, sendo 452 cursos oferecidos por instituições de ensino privados. Os outros países do mundo, juntos, têm menos cursos que no Brasil, totalizando 320.
Serviço
I Encontro de Coordenadores de Cursos de Medicina
Data: 3 de março
Local: sede do CRMV-PB, em João Pessoa
Realização: Comissão Estadual de Ensino da Medicina Veterinária do CRMV-PB
O Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB) acionou o Ministério Público e também encaminhou ofício às prefeituras de Água Branca e Itapororoca , bem como as câmaras municipais solicitando a retificação do salário oferecido para médico-veterinário em concursos públicos que serão realizados nas duas cidades.
A Prefeitura Municipal de Água Branca lançou edital onde consta uma jornada de trabalho de 40 horas semanais e salário base de R$ 1,7 mil para médico-veterinário, sem adicional de insalubridade. No caso de Itapororoca, o salário oferecido foi de R$ 1,5 mil para uma carga horária semanal de 40 horas, também sem insalubridade.
O presidente do CRMV-PB, José Cecílio, destacou que a Medicina Veterinária vai muito além dos cuidados nas clínicas e na produção de proteína animal que chega à mesa das famílias. “Somos responsáveis pela prevenção de doenças transmissíveis de animais para pessoas, que são as zoonoses. Também trabalhamos na produção de remédios e vacinas, e ainda garantimos a qualidade do que a população come e bebe. São diversas áreas de atuação que promovem o bem-estar e o equilíbrio entre animais, pessoas e o meio ambiente”, disse.
O CRMV-PB afirma que o vencimento oferecido ao cargo de médico-veterinário está aquém do previsto no artigo 5º da ainda vigente Lei Federal nº 4950-A/1966, que fixa o piso salarial do referido profissional em seis vezes o maior salário mínimo comum vigente no país para uma jornada de até seis horas diárias. Esse valor deve ser acrescido de 25% pelas horas excedentes. Para jornadas maiores que seis horas deverá ser aplicado o adicional de 50% para o período que exceder a sexta hora de trabalho, além do pagamento de insalubridade.
O Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB) participou, nesta segunda-feira (27), de uma reunião com o Ministério Público da Paraíba para tratar da exigência da Guia de Transporte Animal (GTA) em eventos agropecuários, bem como de medidas para prevenção de zoonoses.
A GTA é o documento oficial e obrigatório para o transporte de animais no Brasil, exceto cães e gatos. “Esse documento garante segurança e colabora para manter a sanidade animal, especialmente em eventos agropecuários”, disse o presidente do CRMV-PB, José Cecílio.
A reunião ainda discutiu estratégias para evitar o surgimento da anemia, do mormo animal e da brucelose, além de outras doenças infecciosas, que podem ser transmitidas aos seres humanos e causar sintomas sérios e até levar à morte. O encontro buscou alinhar os temas e orientar sobre a importância da prevenção, vacinação e fiscalização para evitar ocorrências.
A Secretaria de Desenvolvimento da Agropecuária e Pesca, que também esteve na reunião, tem realizado fiscalizações para garantir a sanidade animal no Estado, principalmente em eventos agropecuários, como em exposições e vaquejadas.
Participaram também da reunião representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), da Associação Brasileira de Vaquejada (ABVAQ), e das Polícias Militar, Ambiental e Rodoviária Federal.
O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Paraíba (CRMV-PB) lançou uma campanha contra os práticos, que são pessoas que sem formação ou qualificação realizam atendimentos e procedimentos em animais. Intitulada ‘Não leve gato por lebre. Contratação de práticos? Fique de fora!’, a iniciativa fala dos riscos para a saúde humana e animal de tal prática e ainda alerta que esta é uma atividade irregular, que pode acarretar punições.
O presidente do CRMV-PB, José Cecílio, destaca que o exercício ilegal da Medicina Veterinária e da Zootecnia é tipificado como contravenção penal a organização do trabalho, que acarreta prisão de 15 dias a três meses, ou multa. Também pode ser enquadrada em crime de maus-tratos contra animais (lei nº 14.064/2020) com pena de 2 a 5 anos de reclusão, multa e perda da guarda do animal.
“Nós estamos lutando e nos mobilizando para a aprovação de uma legislação que criminaliza o exercício ilegal da medicina veterinária. Temos em tramitação na Câmara Federal várias iniciativas, entre elas o Projeto de Lei 7323/2014 que altera o Código Penal para incluir o exercício ilegal da profissão de médico-veterinário no mesmo tipo penal que define como crime o exercício ilegal das profissões de médico, dentista e farmacêutico. Neste caso, a pena é de detenção de 6 meses a 2 anos, com multa se praticada com o fim de lucro”, explicou José Cecílio.
O médico-veterinário, segundo destacou o presidente do CRMV-PB, tem grande importância para saúde animal e humana, pois atua no controle de zoonoses e na inspeção sanitária, zelando pela segurança na produção e no consumo de alimentos de origem animal. Ele lembrou que a atuação dos práticos é caso de polícia e justiça, pois o Conselho não pode punir pessoas físicas que não sejam médicos-veterinários ou zootecnistas.
“apesar de não ter poder de polícia e de justiça, nós atuamos nas representações contra o exercício ilegal da profissão junto às Delegacias de Polícia e ao Ministério Público. Por isso, orientamos que as denúncias sejam encaminhadas às autoridades policiais e também a nós, para que a gente faça esse acompanhamento”, disse.
Algumas situações que podem parecer corriqueiras, também configuram exercício ilegal da profissão, sendo elas: comerciantes ou balconistas que fazem atendimento clínico para animais, tais como: consultas, prescrição de medicamentos, aplicação de vacinas, procedimentos cirúrgicos; leigos exercendo as atividades privativas da Medicina Veterinária e/ou Zootecnia em propriedades rurais.
Saiba como denunciar essa prática ilegal:
Presenciou a prática ilegal – Vá até a Delegacia de Polícia e registre um boletim de ocorrência. Encaminhe para o CRMV-PB para tomar as medidas legais necessárias.
Tomou conhecimento sobre prática ilegal por terceiros – Faça uma declaração por escrito com nome, endereço, CPF e RG do informante; o nome e endereço da pessoa ou estabelecimento que está praticando o exercício ilegal da profissão e descreva o fato. Encaminhe o material para o CRMV-PB tomar as medidas legais necessárias.
Atendeu animais acometidos de problemas provocados por práticos – Solicite ao dono ou responsável pelo animal uma declaração; esclareça os malefícios do animal receber atendimento de alguém não qualificado; reúna provas: receitas, carteira de vacinação, recibos de pagamento, fotografias, filmagens, propagandas em veículos ou redes sociais, folder; encaminhe o material para o CRMV-PB tomar as medidas legais necessárias.
Presenciou um flagrante – Procure a Autoridade Policial no seu município, exponha o fato e solicite acompanhamento até o local.
Certamente você já deve ter ouvido falar que os gatos têm múltiplas vidas. Não se sabe precisar a origem exata da lenda, mas acredita-se que tenha vindo da Idade Média, quando se imaginava que as bruxas seassociavam a esses felinos. Em 1584, no livroBewaretheCat (Cuidado com o gato), o escritor inglês William Baldwindiziaque “é permitido às bruxas possuírem o corpo do seu gato por novevezes”. Já os árabes e turcos falavam em seus provérbios em sete vidas desses animais.
Mas as múltiplas vidas dos bichanos, sejam elas sete ou nove, não passam de lenda. Esses animais possuem uma única vida e precisam de cuidados, conforme destacou o Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB), nesta sexta-feira (17), Dia Mundial do Gato.
A médica-veterinária Fabiana Morais, destacou que esses animais vêm ocupando cada vez mais espaço dentro dos lares. De acordo com o Censo Pet IPB (2022), a população de gatos emdomicílios no Brasil subiu de 25,6 milhões (2020) para 27,1 milhões de indivíduos em 2021. Ela explicou também que existem cinco pilares para assegurar o bem-estar e a felicidade dos bichanos, que são ambiente agradável, disponibilizar recursos, estimular caça, promover interação e cuidar do olfato.
Além desses métodos, a veterinária ressalta que a visita periódica do animal à clinica veterinária é indispensável, bem como manter as vacinas e vermifugaçãoem dia, realizar os exames de rotina desde jovem até a idade mais avançada e também regular o acesso do gato à rua para que ele não sofra acidentes.
Cinco pilares para assegurar a qualidade de vida dos gatos:
1-Ambiente agradável: é importante que o ambiente em que o gato habita esteja limpo e que tenham locais em ele possa brincar, se esconder e ficar mais a vontade.
2-Disponibilizar recursos: caixas de areia, comida, água fresca e arranhadores são fatores essenciais para o bem-estar do animal.
3-Estímulo à caça: a caça faz parte do instinto felino e de grande importância que existe o incentivo dessas ações para mantê-lo saudável e alegre.
4-Interação: o tutor deve estar atento aos momentos de interação com o felino, afinal não é sempre que o gato está com disposição para brincar e forçar isso pode acabar o estressando.
5-Olfato: evitar o comportamento de deixar perfumes e produtos de limpeza espalhados pela casa, pois os gatos não gostam desses aromas e isso pode prejudicar seu olfato.
O Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB) promoveu, nesta quarta-feira (15), a palestra ‘Desafios da Esporotricose em Cães e Gatos’, ministrada pelo médico-veterinário e professor da UFRRJ, Julio Israel Fernandes. A atividade, realizada de forma on-line, teve recorde de procura e contou com 520 inscritos.
A esporotricose é uma doença que pode atingir tanto animais quanto humanos, se caracterizando como zoonose. O seu principal agente transmissor é um fungo (Sporothrix schenckii) que está presente no solo, palha, vegetais, espinhos e madeiras. Ele usa feridas como meio de entrada para o organismo.
O palestrante explicou a importância de fechar o diagnóstico correto e iniciar o tratamento. Falou das medicações que são usadas e benefícios e efeitos colaterais de cada substância. Destacou também que de 30% a 40% dos animais doentes são abandonados pelos tutores.
A palestra atendeu a uma demanda dos profissionais da área em decorrência do aumento do número de casos da doença. “Nós sempre estamos em contato com os profissionais para saber quais são as demandas. Teremos mais palestras. Vall no os realizar pelo menos uma por mês”, disse o presidente do CRMV-PB, José Cecílio.
Palestrante – Julio Israel Fernandes é médico-veterinário, professor Associado III da disciplina de Clínica Médica de Animais de Companhia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Também é professor efetivo dos Programa de Pós-graduação: (PPGMV-UFRRJ) – (PPGCV-UFRRJ). Atua como tutor e preceptor no Programa de Residência em Área Profissional da Saúde (PRM-UFRRJ) nas áreas de Clínica Médica, Dermatologia e Oncologia.
Bolsista de Produtividade do CNPq (PQ-2), coordenando projetos de pesquisa relacionados à Doenças Emergentes e Reemergentes (Doenças infecciosas – Doenças parasitárias – Dermatologia – Oncologia). É coordenador do Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (PPGMV-UFRRJ) e conselheiro suplente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do estado do Rio de Janeiro (CRMV-RJ), no período de 2020 a 2023.