O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) irá promover uma palestra on-line sobre a emissão de Certificado Veterinário Internacional para cães e gatos, na próxima quarta-feira(29), que será ministrada pela professora Márcia Martins Lopes.
Com apoio do Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB), a palestra terá como objetivo esclarecer dúvidas frequentes acerca do certificado e debater a sua importância para a segurança animal e humana.
O Certificado Veterinário Internacional (CVI) é um documento emitido pelo MAPA que atesta a saúde dos animais e sua conformidade com os requisitos veterinários exigidos pelo país de destino. Esse certificado é reconhecido internacionalmente e serve para garantir que os animais possam ser recebidos no território sem oferecer riscos à saúde local.
Cada país tem sua própria legislação para receber animais em suas regiões, visto que os animais que não são levados ao médico-veterinário para manter a rotina de vacinas e exames atualizados, podem ser vetores de doenças e zoonoses que já são controladas ou até erradicadas de outros países.
O Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-PB) iniciou, na segunda-feira (27), um programa de treinamentos para os fiscais, visando o melhor desenvolvimento do setor e a implantação da nova ferramenta de trabalho, o Sistema de Fiscalização (Inofisc). A capacitação será finalizado na próxima sexta-feira (31) e vem sendo ministrada pela médica-veterinária Raquel de Sousa Braga.
Neste primeiro dia, o treinamento foi direcionado ao coordenador do setor, Andrei Felipe, com aplicação de questionários e bate-papo sobre as legislações e resoluções do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV). Na terça-feira (28), será realizado um planejamento e estratégias da fiscalização, bem como fiscalização do profissional.
Nos últimos dias, o treinamento será com os demais fiscais do setor. Serão aplicados questionários acerca da função desempenhada por eles, assim como registros da atividade fiscalizatória, razão de existir do CRMV e postura assertiva do fiscal.
Além disso, será discutida a implantação da nova ferramenta de trabalho, o Inofisc, um novo procedimento de fiscalização que irá substituir a utilização de papéis por tablets. Essa nova ferramenta promete agilizar e modernizar as práticas do trabalho no dia a dia, além de promover uma maior sustentabilidade ambiental.
O Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB) realizou, nesta sexta-feira (24), a entrega de carteiras para novos profissionais veterinários e zootecnistas. Antes da solenidade, foi realizada uma palestra sobre media training: comunicação assertiva para veterinários e zootecnistas, ministrada pela jornalista Marly Lúcio. Os debates contaram com a presença de alunos do curso de medicina veterinária do Unipê.
A tarde de eventos foi iniciada com a palestra sobre de comunicação assertiva para veterinários e zootecnistas, conduzida pela jornalista e sócia da Múltipla Comunicação Integrada, Marly Lúcio. “É necessário que como profissionais, saibamos nos posicionar. Dessa forma, abordamos esse tema com os novos profissionais e estudantes”, destacou a jornalista.
Marly explicou que a comunicação assertiva é de grande importância em todas as áreas que prestam serviços ou não, e na medicina veterinária e zootecnia este comportamento também é essencial para assegurar uma melhor interação com clientes e população em geral.
Após a palestra, o presidente do CRMV-PB, José Cecílio, juntamente com o vice-presidente, Adriano Fernandes, conduziram a solenidade de entrega de carteiras profissionais aos novos médicos-veterinários e zootecnistas.
Visita – Durante a solenidade da entrega das carteiras, José Cecílio destacou a importância da visita dos alunos do Unipê ao Conselho. “Estamos trabalhando para ampliar as relações entre o CRMV-PB e as academias, na busca de estreitar as relações na expectativa de fortalecer os cursos e garantir novas experiências na carreira acadêmica e profissional dos alunos”, afirmou.
O Conselho Regional de Medicina Veterinaria da Paraíba (CRMV-PB) promoveu a Palestra ‘Selo Arte: Noções Básicas’, que foi ministrada, nesta terça-feira (21), pela médica-veterinária Fernanda da Silva Rocco.
A palestra foi aberta pelo presidente do CRMV-PB, José Cecílio, e contou com a mediação do secretário-geral do Conselho, Tarsys Noan.
A palestrante falou sobre o Selo Arte, qual a sua importância, as etapas e as dificuldades para conseguir a certificação. Ela destacou que atualmente, 508 produtos artesanais tem o Selo Arte, divididos em quatro categorias: lácteos, cárneos, pescados e produtos oriundos de abelhas. Mais de 80% dos produtos certificados são lácteos.
Doze estados e o Distrito Federal possuem o selo. A Paraíba ainda não conta com a certificação. A palestrante destacou que seria um mecanismo importante para produtos paraibanos como o queijo de cabra, por exemplo.
Conforme explicou Fernanda, o certificado garante que alimentos de origem animal foram elaborados de forma artesanal e que possuem características tradicionais, regionais e culturais.
Para o produtor artesanal, ter o Selo Arte é a oportunidade de expandir a comercialização para outros estados e a agregação de valor aos seus produtos. Para os consumidores, é uma garantia de qualidade, com a segurança de que a produção é artesanal e respeita as Boas Práticas Agropecuárias e de Fabricação.
Como conseguir o Selo Arte? – Para garantir o Selo Arte, é necessário que o produtor tenha um registo junto ao Serviço de Inspeção Oficial do município, estado ou Distrito Federal. Depois, ele deve entrar no sistema eletrônico de Cadastro Nacional de Produtos Artesanais e registrar seu pedido e anexar as informações necessárias.
Sobre a palestrante – A palestrante é Fernanda da Silva Rocco, veterinária com mestrado em higiene veterinária e processamento tecnológico de produtos de origem animal.
Publicada no Diário Oficial da União de hoje (16), a Resolução CFMV nº 1.509/2023 é uma iniciativa do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) visando orientar médicos-veterinários em caso de ocorrência de casos da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP), no Brasil.
O texto da normativa “dispõe sobre medida excepcional para prevenção e enfrentamento do vírus”. A normativa assinala que, em caso de uma emergência sanitária no país, não constitui infração ética a utilização de métodos e procedimentos indicados pela Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa, ainda que não se encontrem relacionados no Anexo I da Resolução CFMV nº 1.000/2012.
“A Resolução nº 1.000 especifica os procedimentos normais de eutanásia para cada espécie, porém a ocorrência de uma emergência sanitária, como a IAAP, pode demandar o uso de métodos que não estão listados ali”, pondera o presidente do CFMV, Francisco Cavalcanti de Almeida.
O atual surto mundial de influenza aviária tem demandado iniciativas diversas dos entes públicos e privados para evitar a entrada da doença no Brasil. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e os órgãos estaduais de defesa sanitária estão reforçando as medidas de vigilância, prevenção e planejam possíveis medidas de controle.
Por isso, a resolução especifica que suas disposições estão condicionadas à observância dos programas e das demais ações de defesa sanitária instituídas pelo ministério, desde que inseridos no âmbito da respectiva implementação e execução. Além disso, a Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa fica obrigada a comunicar ao CFMV os métodos e procedimentos oficialmente definidos.
Apresentações de artistas populares do Mato Grosso do Sul, Trindade e Vitor Lima tocando o Hino Nacional ao som de violino e acordeon; e do poeta, ator performático e repentista, Ruberval Cunha, deram o tom da abertura da 1ª Câmara Nacional de Presidentes (CNP) de 2023, do Sistema CFMV/CRMVs, nessa quarta-feira (15). A reunião é sediada pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária de Mato Grosso do Sul (CRMV-MS), no Wetiga Hotel, no município de Bonito.
O presidente do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), Francisco Cavalcanti de Almeida, e o presidente do CRMV-MS, Thiago Leite Fraga, iniciaram o evento. Na oportunidade, o anfitrião agradeceu a presença dos 22 presidentes dos conselhos regionais e de seus representantes, e ao diretor-presidente da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal de Mato Grosso do Sul (Iagro-MS), Daniel Ingold, que compareceu representando o governador Eduardo Riedel e o secretário de estado, Jaime Verruck.
“Para nós, do CRMV-MS, é uma alegria sediar essa edição da Câmara Nacional de Presidentes do Sistema CFMV/CRMVs. Preparamos cada detalhe do encontro com muito carinho para que vocês se sentissem em casa”, ressaltou Fraga, que também agradeceu aos servidores do regional, aos parceiros e ao CFMV.
“A Iagro cresceu muito nos últimos anos e estreitar os diálogos com o CRMV-MS é muito importante para aprimorar ainda mais os nossos trabalhos. Estamos ampliando a relação com o regional para que possamos levar conhecimento à sociedade e fazer o alinhamento técnico junto com o novo governo”, emendou o diretor-presidente da Iagro-MS.
Panorama da influenza aviária de alta patogenicidade
Durante a manhã, o auditor fiscal federal agropecuário Carlos Henrique Pizarro Borges, da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), fez uma apresentação sobre o ‘Avanço da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) na América do Sul: ações para prevenção, vigilância e resposta’. O médico-veterinário abordou a atual situação da IAAP no mundo e na América do Sul, bem como o plano de vigilância, a estrutura do sistema de defesa sanitária animal e as fases de atuação no sistema, no âmbito do ministério.
“O Brasil é hoje o maior produtor agropecuário do mundo, especialmente da carne de frango, com valores de produção que ultrapassam R$ 1,265 trilhão. A ocorrência da doença no país traria impacto sanitário, social e econômico significativo, inclusive para a fauna nacional”, destacou.
Relatórios e panorama geral do CRMV-MS
No decorrer do evento, foi apresentado o relatório das atividades da Presidência, Vice-Presidência, Secretaria-Geral e Tesouraria do CFMV, além do panorama geral das ações desenvolvidas pelo CRMV-MS.
“É um privilégio poder apresentar esse relatório aos presidentes, mostrando o esforço e a dedicação diária da fiscalização e de todo o departamento técnico do conselho, visando à proteção da sociedade e à valorização da Medicina Veterinária e da Zootecnia, por meio de um trabalho organizado, ético, comprometido e responsável”, declarou a médica-veterinária fiscal Ana Carolina Gonçalves, diretora técnica do CRMV-MS.
Durante a apresentação, o presidente do CRMV-MS, Thiago Leite Fraga, destacou também as fiscalizações conjuntas entre o conselho regional e os demais órgãos competentes, como o Serviço de Inspeção Municipal da Secretaria Municipal de Inovação e Desenvolvimento Econômico do Mato Grosso do Sul (SIM/ Sedesc-MS), o Procon e a Iagro, que tornaram as ações mais efetivas.
Resultados do recadastramento
Como última parte da programação do dia, o chefe do Núcleo de Apoio aos Regionais (NAR) do CFMV, Igor Pinto de Andrade, apresentou o ‘Diagnóstico sobre a implantação da Resolução CFMV nº 1.475/2022’ e os números atualizados da campanha nacional de recadastramento profissional, bem como assuntos administrativos de interesse do Sistema.
A programação da CNP segue até sábado (18), quando serão consolidados os resultados dos grupos de trabalho.
Departamento de Comunicação do CFMV, com informações das Assessorias de Comunicação do CRMV-MS, CRMV-SP e CRMV-RJ
Na quinta-feira (16), os presidentes e representantes dos Conselhos Regionais de Medicina Veterinária (CRMVs) tiveram a oportunidade de expor as ações desenvolvidas em seus estados e debater questões importantes para as profissões, como a qualidade do ensino da Medicina Veterinária. As atividades ocorreram no segundo dia da 1ª Câmara Nacional de Presidentes de 2023 do Sistema CFMV/CRMVs, que está sendo realizada em Bonito, no Mato Grosso do Sul.
Os participantes acompanharam a apresentação da Comissão de Ensino da Medicina Veterinária do regional de Mato Grosso, que abordou o perfil socioeconômico dos egressos de Medicina Veterinária das Instituições de Ensino Superior (IES) daquele estado. Na ocasião, foi elaborado um manifesto em defesa do ensino da Medicina Veterinária, que será assinado por todos os presidentes.
“O manifesto visa dar embasamento e sustentação para dialogar com os órgãos políticos, o Congresso e o Ministério da Educação (MEC). É urgente que haja fiscalização e qualidade dos cursos de graduação, de forma a assegurar a formação adequada dos futuros profissionais”, enfatizou o presidente do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), Francisco Cavalcanti de Almeida.
Perfil socioeconômico dos egressos do MT
De acordo com o médico-veterinário José Ricardo de Souza, professor da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) e membro da comissão, os dados coletados podem contribuir para as ações de valorização profissional no estado.
“Esperamos que o relatório possa sensibilizar os colegas e subsidiar as instituições de ensino a trabalhar pontos estratégicos em seus Projetos Pedagógicos de Cursos (PPCs). Os dados também visam promover discussões que possam, tanto a nível regional quanto nacional, trabalhar questões comuns a outros estados”, disse Souza.
O documento exibiu alguns dos motivos que levam os médicos-veterinários matogrossenses a desistir da profissão. A presidente da Comissão Regional de Educação em Medicina Veterinária do CRMV-MT, Izilda Souza de Figueiredo, diz que é importante compreender todo o ciclo do egresso, desde a formação acadêmica até o exercício profissional.
“Esperamos que o relatório sirva como base de pesquisa para as IES do estado e promova reflexões, mudanças e transformações nos projetos pedagógicos, bem como na qualificação profissional e em melhorias das condições de trabalho. É importante que haja uma periodicidade na realização desses estudos, ou mesmo um censo nacional do médico-veterinário, a fim de conhecermos mais detalhadamente as perspectivas da profissão”, afirma Sandra.
A vice-presidente do CFMV, Ana Elisa Almeida, parabenizou o trabalho da comissão e afirmou que os dados são importantes balizadores para as ações do Sistema CFMV/CRMVs. “É necessário conhecermos a percepção e os anseios dos colegas sobre a profissão. Os dados do relatório poderão ser utilizados por outros regionais e contribuir para que possamos melhorar a nossa fiscalização e traçar ações de trabalho”, disse.
Transição da nova Lei de Licitações
Durante a CNP, representantes do Setor de Compras e Licitações (SECLC) do CFMV apresentaram informações preliminares sobre a implementação da Lei nº 14.133/2021, que estabelece as novas normas de licitação e contratação de serviços para as administrações públicas e autarquias e entra em vigor, definitivamente, no dia 1º de abril.
“A lei traz alguns desafios, pois apresenta uma série de itens sobre processos de compras eletrônicas que passam a ser obrigatórias a partir de abril de 2023. A legislação visa promover maior transparência, segurança jurídica, celeridade e desburocratização nos serviços. Também irá oferecer maior competição entre fornecedores, trazendo economia para os pregões eletrônicos do Sistema”, explicou o agente de compras Michel de Lima.
Foi criada uma Comissão de Transição (Portaria CFMV nº 91/2022) com a finalidade de efetuar as ações necessárias para a migração dos processos de contratação previstos na antiga Lei Geral de Licitações (Lei nº 8.666/93) para a nova norma, e dar suporte aos conselhos regionais.
“Estamos trabalhando com a Diretoria Executiva para aprimorar cada vez mais os atendimentos e apoiar os regionais em seus procedimentos eletrônicos e planos de contratações anuais”, informou o agente Francisco Alves Lopes Junior.
Outras atividades
Idealizador do Projeto Jiboia, em Bonito (MS), Henrique Naufal apresentou aos presidentes o trabalho de educação ambiental que realiza com serpentes não peçonhentas, que abrange o comportamento e a vida reprodutiva destes animais.
“Falar com médicos-veterinários de diferentes regiões do país é ter a oportunidade de levar o nosso projeto a um número maior de pessoas e, consequentemente, de contribuir cada vez mais para o conhecimento da sociedade sobre esses animais”, disse Naufal.
Departamento de Comunicação do CFMV, com informações das Assessorias de Comunicação do CRMV-MS, CRMV-RJ e CRMV-SP
A Diretoria Executiva e os conselheiros do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) discutiram e aprovaram a minuta da resolução que prevê a atuação de médicos-veterinários e zootecnistas em desastres em massa envolvendo animais domésticos e selvagens. A decisão foi tomada durante a realização da 368ª Sessão Plenária Ordinária (SPO), nos dias 13 e 14 de março, no Wetiga Hotel, em Bonito (MS), de forma presencial e on-line, via plataforma Zoom.
O documento, que estabelece aspectos técnicos e éticos, apresenta as diretrizes e orientações para a atuação profissional no atendimento clínico dos animais domésticos e selvagens no momento do desastre, bem como o encaminhamento para clínicas ou hospitais veterinários.
A resolução, que entrará em vigor em breve, foi um pedido da Comissão Nacional de Desastres em Massa Envolvendo Animais (CNDM/CFMV), e norteará as ações propostas pelo Plano Nacional de Contingência de Desastres em Massa Envolvendo Animais, além de servir como referência para diversos trabalhos e pesquisas nas áreas jurídica e de meio ambiente.
Inadimplência
O plenário também discutiu e aprovou a minuta de resolução que dispõe sobre a regulamentação do Artigo 7º da Lei nº 12.514, de 28 de outubro de 2011. A normativa estabelece orientações para a suspensão de débitos tidos como irrisórios ou, judicialmente, de valores considerados irrecuperáveis, bem como define esses tipos de dívidas no âmbito do Sistema CFMV/CRMVs.
A resolução visa otimizar o tempo de trabalho e os recursos empregados para a recuperação dos valores. Além disso, respalda a atuação dos regionais em relação ao encerramento dos registros de empresas e das inscrições de profissionais inadimplentes, ou, se for o caso à manutenção das cobranças devidas.
“A regulamentação contribui com o gestor no momento do acerto de contas e traz respaldo ao Sistema CFMV/CRMVs ao não cobrar débitos judicialmente, mas de forma administrativa. A discussão dessa resolução é importante para o Sistema e, por ser bastante específica, serve de base para outros conselhos de classe”, esclareceu a vice-presidente do CFMV, Ana Elisa Almeida.
Valorização e reconhecimento
O presidente do CFMV, Francisco Cavalcanti de Almeida, comunicou aos presentes sobre a Ação Civil Pública (ACP) que a autarquia ajuizou, nessa terça-feira (14), visando à suspensão dos processos relacionados à abertura de novos cursos e vagas na área da Medicina Veterinária por, no mínimo, 5 anos.
A iniciativa da entidade foi motivada após o Ministério da Educação (MEC) aprovar 40 Projetos Pedagógicos de Cursos (PPCs) de graduação em Medicina Veterinária, apresentados por instituições de ensino particulares. Segundo estudo realizado pela Comissão Nacional de Educação da Medicina Veterinária (CNEMV/CFMV), nenhum desses possíveis novos cursos possui condições mínimas de funcionamento.
“A nossa responsabilidade é com a sociedade e, impedindo a abertura desses novos cursos, estamos agindo social e economicamente, além de proteger a saúde pública”, afirmou Cavalcanti.
O reconhecimento do CFMV pelo Tribunal de Contas da União (TCU) como “um bom exemplo de Portal da Transparência”, durante a reunião técnica do tribunal com os conselhos de fiscalização profissional, realizada na semana passada, também foi ponto de destaque.
Outros assuntos
A pauta da 368ª Sessão Plenária Ordinária contemplou também assuntos administrativos pertinentes ao CFMV, à Medicina Veterinária e à Zootecnia. Além disso, o plenário aprovou as reformulações orçamentárias dos conselhos regionais de Rondônia e de Goiás para o exercício de 2023.
Além disso, a Diretoria Executiva nomeou o presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Minas Gerais (CRMV-MG), Bruno Rocha, para ser o delegado observador do processo eleitoral do regional do Rio de Janeiro, em substituição ao presidente do conselho regional da Bahia, Altair Oliveira, designado anteriormente.
Participação
Para a realização dessa SPO, participaram de forma presencial, além do presidente e da vice-presidente, o secretário-geral do CFMV, Helio Blume, e o tesoureiro, José Maria Filho.
Também formaram o quórum os conselheiros Marcelo Teixeira, Paulo Guerra, Marcílio Oliveira, Célio Garcia e Flávio Veloso; de forma on-line, estavam presentes os conselheiros Olízio Silva e Wirton Costa, que participou como relator de um processo administrativo.
A reunião contou com a presença dos seguintes presidentes de regionais: Maria Elisa Araújo (CRMV-PE), Márcia Fonseca (CRMV-TO), Nazaré Souza (CRMV-PA), Anilto Funez (CRMV-RO), Altair Oliveira (CRMV-BA), Bruno Rocha (CRMV-MG), Ednaldo Silva (CRMV-AM), Eduardo Caldas (CRMV-SE), Fábio Moraes (CRMV-AC), Francisco Atualpa Soares (CRMV-CE), Jadir Costa (CRMV-DF), Marcos Vinícius Neves (CRMV-SC), Mauro Moreira (CRMV-RS), Odemilson Mossero (CRMV-SP), Rafael Vieira (CRMV-GO), Raimundo Barrêto (CRMV-RN) e Thiago Fraga (CRMV-MS).
Programação
A plenária antecedeu a realização da 1ª Câmara Nacional dos Presidentes (CNP) de 2023 do Sistema CFMV/CRMVs, que será de 15 a 18 de março, no Wetiga Hotel, em Bonito (MS).
Departamento de Comunicação do CFMV, com informações das Assessorias de Comunicação do CRMV-MS, CRMV-SP e CRMV-RJ
O Brasil tem o 4ª maior rebanho equino do mundo, com aproximadamente 5,7 milhões de animais. Este setor, segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), movimenta R$ 30 bilhões, ocupando um espaço cada vez mais importante no agronegócio.
Nesta quinta-feira (16), Dia Internacional do Cavalo, o Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB) destaca a importância do animal para economia e reforça que ele precisa de cuidados especiais para manter a sua saúde e a saúde humana.
O médico-veterinário José Cecílio, presidente do CRMV-PB, atua com animais de grande porte. Ele destaca que assim como o ser humano, os cavalos precisam de rotinas e cuidados como a prática de exercícios físicos, alimentação balanceada, higiene e limpeza, além de vacinação e vermifugação.
Os cavalos precisam ter a vacinação sempre em dia, para evitar maior parte das enfermidades. “Sempre é bom lembrar que para realizar a vacinação, os cavalos devem estar livres de parasitas, por isso é preciso realizar a vermifugação”, destacou, lembrando que é fundamental manter visita periódica do veterinário para que ele possa estabelecer datas corretas para a vacinação e a aplicação do vermífugo.
José Cecílio afirma que a alimentação do cavalo deve conter feno, grãos e sais minerais. “É importante oferecer essa alimentação em pequenas porções várias vezes ao dia. Não se pode esquecer de deixar água limpa e fresca sempre à disposição”, disse, lembrando que a quantidade correta de alimento varia de acordo com o animal, idade e peso.
Outro cuidado que deve ser mantido é com os cascos do animal para evitar infecções que possam causar problemas sérios. O casco, assim como a unha dos humanos, cresce cerca de 8,5 milímetros por mês. Com isso, o ideal é realizar o casqueamento mensalmente.
Os dentes do cavalo merecem atenção especial. Animais com problemas nos dentes podem sofrer com perda de peso, descarga nasal, aumento da agressividade, acúmulo de alimentos na boca e dificuldades de mastigação. Segundo o veterinário, os dentes dos equinos não param de crescer e precisam de desgaste para se manter no tamanho ideal e quando eles estão confinados esse desgaste é menor, pois comem alimentos mais macios.
O Ministério da Educação (MEC) aprovou 40 Projetos Pedagógicos de Cursos de graduação de Medicina Veterinária entre 2018 e 2021. O fato vem causando preocupação, pois estudo realizado pela Comissão Nacional de Educação da Medicina Veterinária do Conselho Federal de Medicina Veterinária aponta que os possíveis novos cursos não possuem condições de funcionamento. Isso motivou uma Ação Civil Pública por parte do Conselho Federal de Medicina Veterinária, pedindo a suspensão da abertura de novos cursos e vagas por, no mínimo, cinco anos, ou até que seja possível verificar a qualidade deles.
Na Paraíba existem 12 cursos de Veterinária que juntos são responsáveis pela abertura de 2.010 novas vagas por ano. O Brasil conta com 536 cursos, 22 no modelo Ensino à Distância (EaD), que jutos oferecem 107.427 vagas todos os anos. No mundo, há 320 cursos superiores na área. Os Estados Unidos, por exemplo, possuem 32 escolas de Medicina Veterinária, enquanto a Europa inteira reúne 95 e a China, 22.
No Estado, a qualidade dos cursos vem sendo debatida pela Comissão de Educação do Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB), que realizou este mês o I Encontro de Coordenadores de Cursos de Medicina Veterinária do Estado da Paraíba. O presidente do Conselho, José Cecílio, afirmou que o Conselho tem preocupação e que colaborar com a formação do profissional que chega ao mercado, por isso, está trabalhando junto às faculdades, estreitando relações, para contribuir com a qualidade do ensino.
De acordo com o presidente da Comissão, o vice-presidente do Conselho Regional Adriano Fernandes Ferreira, o objetivo do trabalho é construir com gestão, docentes e discentes estratégias que auxiliem na qualidade do processo ensino-aprendizagem.
“Temos essa preocupação constante no Conselho já que a educação reflete diretamente na qualidade dos profissionais que chegam ao mercado. Estamos em contato com os coordenadores para entender as dificuldades vivenciadas e também auxiliar na implantação das novas diretrizes curriculares do curso”, destacou Adriano Fernandes.
O Encontro de Coordenadores de Cursos de Medicina Veterinária do Estado da Paraíba contou com a presença da professora doutora Maria José de Sena (ex-reitora da UFRPE e presidente Nacional de Educação de Medicina Veterinária do CFMV) que apresentou o Diagnóstico Situacional da Qualidade dos Cursos de Medicina Veterinária submetidos a Análises para Fins de Autorização no período de 2018 a 2021.
“Estão colocando no mundo do trabalho, jovens que, em sua maioria, não estão sendo formados adequadamente para lidar com vidas animais e humanas, considerando a importância da atuação médico-veterinário nas diversas áreas que impactam diretamente o bem-estar dos seres e do ambiente”, sinaliza a professora Maria José de Sena.
Estudo – A Comissão Nacional de Educação da Medicina Veterinária identificou vulnerabilidades no conteúdo programático e na qualificação do corpo docente, bem como verificou inconsistências de metodologia, gestão e infraestrutura. Os projetos pedagógicos foram considerados inexequíveis pela comissão por não atenderem as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) da Medicina Veterinária, atualizadas em 2019 pela Resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE/MEC) nº 3.
O estudo é o desdobramento do trabalho iniciado pela comissão em agosto de 2020, quando avaliou 215 IES que participaram do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2019. Ao observar os baixos conceitos aferidos pelo Enade, a comissão passou a acompanhar as solicitações encaminhadas ao MECentre 2018 e 2021. “É um crime o que essas instituições estão fazendo, enganando os estudantes e a sociedade”, conclui Maria José.