O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Paraíba esteve presente no XXI Simpósio Paraibano de Medicina Veterinária, realizado em Patos. O presidente José Cecílio e o conselheiro Wilson Wouflan participaram da abertura.
José Cecilio ainda ministrou palestra sobre ‘A importância do exame radiográfico para o diagnóstico de afecções do sistema locomotor de equinos’. A conselheira Isabella Barros abordou o tema ‘Afinal, com manejar a dor de um equino com laminite?’. O secretário-geral Tarsys falou sobre ‘O reflexo da humanização sobre o comportamento e bem-estar de cães domésticos’.
O evento é organizado e desenvolvido por professores e alunos da Unidade Acadêmica de Medicina Veterinária (UAMV-UFCG) e do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Saúde Animal.
A iniciativa tem como finalidade promover a troca de experiências e educação continuada dos profissionais acadêmicos de medicina veterinária, permitindo o intercâmbio entre instituições de ensino, pesquisa e mercado de trabalho. O evento contou com palestras, minicursos, mesas-redondas, workshops e submissão de trabalhos científicos.
O que você vai ser quando crescer? Essa é uma pergunta comumente feita para os pequeninos. Eles respondem as mais variadas atividades e médico-veterinário está entre as profissões dos sonhos das crianças. Os dados são de pesquisa realizada pelo LinkedIn em 15 países, entre eles o Brasil.
No Dia das Crianças, o Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB) destaca que os pequenos têm encanto pela profissão de médico-veterinário e isso é importante para a formação de futuros profissionais e também para construção de cidadãos que respeitam e cuidam dos animais.
Na lista das carreiras queridinhas dos pequenos estão engenheiro (7.7%), piloto de avião ou de helicóptero (7%), médico ou enfermeiro (6.7%), cientista (6.2%), professor (5.8%), advogado (3.9%), escritor ou jornalista (3.7%), astronauta (3.2%), veterinário (3%), atleta olímpico ou profissional e ator (empatados com 2.7% cada).
O presidente do CRMV-PB, José Cecílio, afirmou que existe um encanto das crianças com a profissão de médico-veterinário pelo amor que os pequenos têm com os animais. “Toda vez que tenho contato com crianças em eventos, como palestras, existe uma curiosidade grande sobre a minha atuação profissional, ainda mais quando descobrem que cuido de animais de grande porte”, afirmou.
José Cecílio afirma que a medicina veterinária é desafiadora, pois além dos cuidados com os animais das mais variadas espécies, esse profissional também é responsável por cuidar da saúde humana, no controle de doenças e na inspeção de produtos que fazem parte da alimentação da população.
A pesquisa do LinkedIn ainda aponta que 8,9% dos entrevistados seguiram a carreira que almejavam quando crianças e que 21% dos 8 mil profissionais do levantamento conseguiram trabalhar em uma área relacionada.
Novos médicos-veterinários participaram, nesta quarta-feira (11), da entrega de carteira profissional promovida pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB). A solenidade foi conduzida pelo vice-presidente do Conselho paraibano, o médico-veterinário Adriano Fernandes, que falou da importância da atuação dos profissionais de medicina veterinária, essencial para a saúde humana, ambiental e animal.
Conhecer o sistema CFMV/CRMV, segundo Adriano, é de extrema importância, pois ele que rege o exercício da profissão, fiscalizando a atuação profissional com o intuito de proteger a sociedade. Adriano falou ainda sobre o código de ética e que ao conhecer bem o documento, o profissional corre menos risco de responder a processos éticos, pois conhece as regras.
“O Código de Ética acompanha a evolução da sociedade e vai mudando para se adequar aos novos tempos. O documento encontra-se em sua quarta edição. Recomendo que o Código de Ética seja o livro de cabeceira”, explicou.
Outros assuntos abordados foram a Lei 5517/68 que protege o exercício da profissão e estabelece funções privativas do médico-veterinário e as possibilidades de atuação profissional. “Vocês podem ser responsáveis técnicos (RT) das suas empresas e de empresas de terceiros. Esse é um campo de empregabilidade muito grande, mas tenham cuidado ao assumir responsabilidade técnica. Tem que cumprir o que se comprometeu a fazer e conhecer bem a área”, orientou.
A publicidade na Medicina Veterinária foi outro tema abordado durante a solenidade. Ela é regida pela Resolução CFMV 780/04, além do Código de Ética e o Código de Defesa do Consumidor. O vice-presidente destacou que não pode colocar o valor da consulta, nem a forma de pagamento, anunciar consulta gratuita, entre outras vedações. “Não podemos mercantilizar a profissão”, afirmou.
Adriano informou também que o Conselho é contra os cursos de educação à distância (EAD) de Medicina Veterinária e a favor do exame para exercer a profissão, pois são mecanismos para proteger a sociedade e os profissionais. Pediu para que os novos profissionais analisassem o Projeto de Lei nº 4.262/2023, que institui exame de habilitação profissional na Medicina Veterinária, e se posicionassem de forma favorável à consulta pública feita pela Câmara dos Deputados: https://www.camara.leg.br/enquetes/2384894.
O Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB) deve apoiar, a partir de 2024, os eventos realizados pelos cursos de medicina veterinária e zootecnia das faculdades particulares. A decisão foi tomada pelo presidente da entidade, José Cecílio, que já apresentou consulta ao setor jurídico e contábil sobre como proceder diante dessas colaborações.
Atualmente, o Conselho Regional apóia apenas eventos de universidades públicas, conforme definido por todos os membros em plenárias anteriores. Observando a atual situação e condições de apoio, José Cecílio vai apresentar a proposta de expandir os apoios às instituições privadas.
“Estamos apenas aguardando os pareceres dos setores jurídico e contábil para estabelecermos as regras para o apoio às faculdades privadas também. Acreditamos que o Conselho também pode colaborar com a formação dos alunos das universidades privadas e por isso vamos apresentar essa proposta na nossa próxima plenária”, afirmou o presidente do CRMV-PB.
O Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB) realizou, nesta sexta-feira (6), a 284ª Sessão Plenária Ordinária para debater assuntos de interesse da classe e da sociedade. Entre os processos analisados esteve o projeto de Castração de animais em Campina Grande, que foi aprovado.
Foi realizada a análise, apreciação, discussão e votação pelo plenário dos processos de inscrições de pessoas físicas e jurídicas no âmbito do CRMV-PB. Também foram aprovados dez processos de solicitação de registro para a realização de eventos agropecuários, entre eles vaquejadas.
O Conselho ainda analisou e deferiu o Projeto de Castração de animais em Campina Grande, cujo relator foi o conselheiro Altamir José Chaves Da Costa. A iniciativa será mantida pelo Fundo Municipal de Saúde. Ele também é relator dos projetos de Programa de Controle Populacional de Cães e Gatos em Monteiro, Mari e Umbuzeiro, que foram retirados de pauta por ausência de documentação.
Na Paraíba, 12 projetos desenvolvem ações para garantir o controle populacional e evitar o aumento do abandono nas cidades. Eles funcionam em municípios como João Pessoa, São José da Lagoa Tapada, São Bento, Guarabira, Alhandra, Sumé, Cabedelo, Boa Vista, Campina Grande, Congo e Bonito de Santa Fé, através da castração, da prática de esterilização cirúrgica e ações educativas divulgando o conceito de posse responsável.
O CRMV-PB vem incentivando a implementação destas iniciativas de controle populacional de animais, pois diminuem a população de cachorros e gatos abandonados, combatem os maus-tratos e a proliferação de zoonoses, sendo mecanismo importante para o cuidado e preservação da saúde humana.
O Brasil ocupa o 3º lugar no ranking mundial de países com mais pets com um total de 149,6 milhões de animais de estimação, ficando atrás apenas da Argentina e do México. Os dados são do Censo Pet do IPB (Instituto Pet Brasil). Os cães lideram o ranking, com 58,1 milhões de indivíduos, seguidos das aves canoras (41 milhões) e dos gatos (27,1 milhões). Depois estão os peixes (20,8 milhões) e os pequenos répteis e mamíferos (2,5 milhões).
Nesta quarta-feira (4), Dia Mundial dos Animais, o Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-PB) destaca a classificação dos animais e fala sobre cuidados antes de escolher um bicho de estimação.
A procura por pets não convencionais, que são animais da fauna silvestre ou exótica, vem crescendo. A Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação indica que esses bichinhos representam 39% dos animais que estão nos lares brasileiros.
Mas para ter pet não convencional não é tarefa muito fácil. O médico-veterinário Artur Carreiro, que atende animais exóticos e silvestres com medicina de conservação de animais de vida livre, destacou que é preciso saber as necessidades fisiológicas, comportamentais, ambientais e alimentares destes animais.
“Existe um vasto grupo entre os pets não convencionais, como peixes, aves, répteis, anfíbios e mamíferos. Dentro dessas ordens existe uma variedade imensa e por ter essa variedade imensa, as necessidades fisiológicas desses animais são também muito peculiares para cada um desses grupos”, explicou.
Artur Carreiro ressalta que esses animais também precisam de cuidados especiais e de visitas periódicas ao médico-veterinário. “É importante procurar um médico-veterinário que se especializou nesta área para que ele possa explicar o manejo e a dieta de cada um desses animais, bem como prestar o atendimento e fornecer os cuidados necessários”, disse, acrescentando que esses animais possuem manejo completamente diferente de qualquer outro convencional.
Divisão dos animais – Os animais são classificados em silvestres (espécies nativas, migratórias e quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que tenham a sua vida ou parte dela ocorrendo naturalmente no território brasileiro e suas águas jurisdicionais. Exemplos: tamanduá-bandeira, papagaio-verdadeiro, arara-canindé e canário-da-terra); exóticos (Animais que não são originários, não vivem ou não têm parte do seu ciclo de vida em território brasileiro. Exemplos: píton, tartaruga-mordedora e cacatua); e os domésticos (aqueles que não vivem mais em ambientes naturais e tiveram seu comportamento alterado pelo convívio com o homem. Exemplos: gato, cachorro, cavalo e vaca). Vale destacar a Portaria Ibama apresenta uma lista de “animais domésticos para fins operacionais”, na qual constam animais exóticos sem exigência de autorização para criação doméstica, como calopsita, coelho, chinchila e canário-belga. Os dados são de Dalton A. Antunes, Karolina Vitorino, Lei nº 9.605/2008 e Portaria Ibama nº 93/1998.
Cuidados – Antes de adquirir um animal não convencional, segundo orientou o médico-veterinário, é preciso avaliar se a estrutura é adequada, se enquadra na rotina da família; se terá tempo e recursos financeiros e onde adquirir o animal desejado de forma legalizada.
No Brasil, existem diversas espécies de animais que podem ser comercializadas legalmente, com toda a documentação necessária exigida pelos órgãos ambientais. Alguns bichos como calopsitas são considerados domésticos e, por isso, não exigem documentação para sua manutenção em cativeiro.
Crime – O CRMV-PB destaca que manter bichos silvestres e exóticos em casa, sem a devida autorização e documentação, é considerado crime. O art. 29 da Lei nº 9.605/1998 estabelece que “matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida”, entre outras infrações. A pena para esse e outros crimes listados é de seis meses a um ano de detenção e multa.
O Curso de Medicina Veterinária do Centro de Ciências Agrárias (CCA) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em Areia, completou 15 anos de atividades. O Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB) parabeniza a instituição de ensino pela data simbólica e pelo trabalho que vem sendo realizado na formação de profissionais que atuam pelo bem-estar dos animais e pela saúde da população.
“Queremos parabenizar o corpo docente e os alunos do curso de Medicina Veterinária de Areia. É um marco chegar a 15 anos com tanta história e um legado de serviços prestados à sociedade. A Paraíba muito se orgulha de ter um curso que forma com excelência profissionais e que não esquece do seu papel perante a comunidade”, disse o presidente do CRMV-PB, José Cecílio.
O Curso de Medicina Veterinária de Areia é um dos 32 implantados na UFPB através do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais, criado através da Resolução do CONSEPE Nº 64/2007, tendo seu Projeto Político Pedagógico sido aprovado pela Resolução do CONSEPE Nº 65/2007.
O Curso tem por objetivo formar profissionais com conhecimentos sólidos em Medicina Veterinária, generalistas, humanistas, críticos e reflexivos, aptos para o exercício no âmbito de seus campos específicos de atuação.
O presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB), José Cecílio, participou da 3ª Câmara Nacional de Presidentes (CNP) do Sistema CFMV/CRMVs, realizada em São Paulo. Ele defendeu a importância da manutenção do exame do mormo e destacou a conquista da Paraíba em relação a continuidade da exigência.
Após recomendação do CRMV-PB, o Governo do Estado da Paraíba manteve a obrigatoriedade do teste de mormo. O presidente paraibano foi convidado pelo Conselho Federal de Medicina Veterinário (CFMV) para participar de reunião no Ministério da Agricultura (Mapa) para tratar a temática. “Tivemos uma vitória importante na Paraíba e vamos defender junto ao Mapa a manutenção da obrigatoriedade desse exame em todo o país”, disse.
A Resolução 593 do Mapa desobriga a realização de exame de mormo em equídeos. O mormo, popularmente conhecido como lamparão ou farcinose, é uma doença fatal e contagiosa que atinge os equídeos (cavalos, mulas, burros e jumentos), causada por bactéria. É considerado uma zoonose, ou seja, pode ser transmitido ao ser humano.
Os sintomas incluem febre, tosse e corrimento nasal, além de prostração e dispnéia. Na fase final da doença, a broncopneumonia leva o animal à morte por insuficiência respiratória. A transmissão acontece pelo contato entre animais, ingestão de água e alimentos contaminados, inalação ou contato com materiais contaminados, como freio, bebedouro, comedouro, entre outros.
Câmara Nacional – Entre os temas abordados durante a 3ª Câmara Nacional de Presidentes (CNP) estiveram os Projetos de Lei nº 4.262/2023, que institui o exame de habilitação profissional na Medicina Veterinária; e o de nº 5.414/2016, que trata do ensino a distância para cursos da área da saúde.
Plenária – Durante o evento, também foi realizada a 374ª Sessão Plenária Ordinária (SPO) do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) que discutiu, entre outros temas, o método de depopulação de aves domésticas para o controle dos focos de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) do Mapa.
Voz e viola deram o tom da abertura da 3ª Câmara Nacional de Presidentes (CNP) do Sistema CFMV/CRMVs, realizada no dia 28/9, na sede do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP), na capital paulista.
Os presidentes e representantes do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) e dos 26 Conselhos Regionais de Medicina Veterinária (CRMVs) foram recepcionados pela viola do médico-veterinário Silvio Arruda Vasconcellos, conselheiro do CRMV-SP, que mostrou um dos seus dons ao entoar canções clássicas que contam um pouco da história de São Paulo, entre elas, Trem das Onze, de Adoniran Barbosa.
Em seu discurso de abertura, o presidente do CFMV, Francisco Cavalcanti de Almeida, falou brevemente sobre as atividades da Diretoria Executiva e reforçou a importância de os médicos-veterinários votarem a favor do Projeto de Lei nº 4.262/2023, que institui o exame de habilitação profissional na Medicina Veterinária. Uma enquete está aberta no site da Câmara dos Deputados. “Somos a favor de se retornar o exame nacional de proficiência e contamos com a colaboração de todos para que possamos assegurar a qualidade do ensino”, disse.
Outro projeto de lei mencionado por Almeida foi o de nº 5.414/2016, a respeito do ensino a distância para cursos da área da saúde. “Lutamos pela aprovação do PL na íntegra, que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação e exclui os cursos de formação da saúde da matriz curricular dos cursos de graduação EaD. Essa é nossa batalha, preservar a qualidade do ensino, a vida humana, animal e o meio ambiente”, reforçou.
Almeida também falou sobre as ações que estão sendo realizadas pelo Sistema, como revisão de algumas portarias, participação em congressos internacionais e a parceria com o Conselho Nacional de Controle e Experimentação Animal (Concea-MCTI), que resultou na realização de cursos sobre a atuação do médico-veterinário Responsável Técnico (RT) em pesquisa com animais. “Por meio da capacitação é possível devolver aos profissionais um pouco do que eles investem quando pagam as suas anuidades”, enfatizou.
Conselho itinerante
O presidente do CRMV-SP, Odemilson Donizete Mossero, apresentou o projeto itinerante do regional, o CRMV-SP Escuta, projeto criado pela atual gestão para aproximar e promover mais diálogo com os profissionais das cidades do interior paulista. A ação itinerante já visitou 20 municípios e interagiu com mais de 700 profissionais. “Além de ouvir os anseios e as necessidades locais dos médicos-veterinários e zootecnistas, também visitamos clínicas e hospitais, órgãos públicos, conselhos municipais de saúde e meio ambiente, prefeituras e instituições estaduais”, explicou.
A passagem por algumas cidades também permite estabelecer parcerias, por exemplo, com o Departamento de Polícia Judiciária do Interior Paulista (Deinter 7), na qual o regional contribuirá na identificação de casos relacionados a maus-tratos contra animais.
Responsabilidade Técnica
No período da tarde, o diretor do Departamento Jurídico do CFMV, Cyrlston Martins Valentino, apresentou o diagnóstico sobre a realidade dos Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) no âmbito do Sistema, sobretudo, acerca do registro e da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) desse tipo de estabelecimento.
Além disso, mencionou a necessidade da criação de vagas para médico-veterinário no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), dentre outros assuntos relacionados a projetos ambientais. A demanda partiu do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado do Amazonas (CRMV-AM), durante o XVI Encontro dos Advogados e Assessores Jurídicos do Sistema, realizado em Manaus (AM), em junho.
“Todas essas discussões visam assegurar a sanidade e o bem-estar dos animais nos centros de triagem. Para isso, a atuação do médico-veterinário Responsável Técnico é obrigatória e fundamental”, reforçou Valentino, que sugeriu aos conselhos regionais que se reúnam com esses órgãos para tratar do registro da ART.
Ações conjuntas
O presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Mato Grosso do Sul (CRMV-MS), Thiago Leite Fraga, acompanhado do delegado da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo (Decon), Reginaldo Salomão, apresentou resultados de uma força-tarefa de fiscalização conjunta entre os órgãos. Fraga destacou, ainda, outras iniciativas realizadas com o Serviço de Inspeção Municipal (SIM), a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) e o Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon).
“Encontramos condições precárias de higiene, indícios de maus-tratos aos animais, venda de medicamentos vencidos e até mesmo clínica veterinária clandestina e exercício ilegal da profissão”, relatou o presidente do CRMV-MS sobre as principais regularidades observadas.
Já o delegado lembrou que há situações que podem causar danos irreversíveis à saúde da população. “Quando realizamos trabalhos conjuntos, conseguimos ser mais rápidos em nossas ações. Nesse contexto, ressalto a importância da atuação do médico-veterinário perito, que aplicará seus conhecimentos em procedimentos judiciais e em pareceres em relação a animais e produtos de origem animal, visando ao estabelecimento da justiça”, destacou Salomão.
Ajustes e melhorias em sistemas
O diretor do Departamento de Tecnologia da Informação (Detin/CFMV), Marcos Paulo Del Fiaco, e o diretor do Núcleo de Apoio aos Regionais (NAR/CFMV), Igor Pinto de Andrade, apresentaram os aprimoramentos realizados nos sistemas utilizados pelos conselhos regionais. Em relação ao Sistema Unificado de Administração Pública (Suap), demonstraram melhorias efetuadas nas funcionalidades, além do processo digital e automatizado de transferência e de inscrição secundária, cuja previsão de entrega é em outubro.
O Inofisc, módulo digital de fiscalização do Sistema CFMV/CRMVs, desenvolvido em parceria com o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Paraná (CRMV-PR), também ganhou novas funcionalidades sincronizadas com o Siscad. A atual versão permite a inclusão de fotos e funções off-line para ajudar na atividade.
Outro ponto abordado pelos diretores foi a Gestão de Riscos no Inofisc, possibilitando a abertura de processo de fiscalização no Suap de forma automatizada e a inserção de QR Code no Auto de Infração. O Plano Nacional de Fiscalização, que visa padronizar as ações de fiscalização no âmbito do Sistema CFMV/CRMVs, está em fase de conclusão e prevê a autofiscalização, com métricas e parâmetros mínimos.
O presidente do CFMV, Francisco Cavalcanti de Almeida, destacou os investimentos em inovação e tecnologia. “Estamos inovando em todas as áreas, não somente na fiscalização, para facilitar no dia a dia do regional e, sobretudo, para o profissional. Tudo regulamentado por resolução específica”, afirmou.
Ainda, durante o primeiro dia da 3ª CNP/2023, foi a vez dos presidentes dos CRMVs receberem a versão física da nova cédula de identidade profissional, em cartão policarbonato. As novas cédulas estão disponíveis aos médicos-veterinários e zootecnistas que realizaram o recadastramento profissional no Sistema CFMV/CRMVs.
Profissão que vai além
Para encerrar as atividades do primeiro dia, a diretora do Departamento de Comunicação, Marketing e Planejamento (Decomp/CFMV), Laura Snitovsky, apresentou a Campanha do Dia do Médico-Veterinário de 2023, que aborda a diversidade de áreas de atuação do profissional e cria conexões com a saúde única: ambiental, animal e humana.
“Para mostrar esse valor à população e reconhecer o desempenho dos médicos-veterinários, as peças publicitárias reforçaram as mais de 80 áreas de atuação. Fizemos inserções em grandes veículos de mídia e comunicação on-line e off-line, levamos a campanha aos dois maiores aeroportos do Brasil, Guarulhos e Congonhas, em São Paulo. O lançamento da campanha foi realizado no programa ‘É de casa’, da TV Globo”, contou Laura.
Os resultados da campanha são expressivos. A transmissão em TV aberta chegou a mais de 477 mil de domicílios e 1,2 milhão de telespectadores foram alcançados somente em São Paulo. Além disso, 109 mil pessoas acessaram o vídeo oficial da campanha. O perfil do CFMV no Instagram chegou aos 100 mil seguidores no Dia do Médico-Veterinário, celebrado em 9 de setembro.
Assessoria de Comunicação do CFMV, com contribuição da Ascom do CRMV-SP
Na manhã de quarta-feira (27), o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP) recebeu o I Encontro de Secretários-Gerais e Vice-Presidentes do Sistema CFMV/CRMVs. Com a participação de integrantes de 26 regionais, o evento teve um início emocionante: o presidente do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), Francisco Cavalcanti de Almeida, foi surpreendido com a quebra de protocolo na cerimônia, quando sua família entrou no auditório, ao lado do deputado estadual Itamar Borges, que lhe entregou o Colar de Honra ao Mérito Legislativo, outorgado pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). A comenda é considerada a maior honraria concedida pelo legislativo a um cidadão que contribuiu com o desenvolvimento da sociedade.
“O senhor deixou sua marca e transformou a Medicina Veterinária e a Zootecnia do nosso país. Apesar de não ser nascido no estado de São Paulo, é como se fosse, pois contribuiu imensamente, por meio do seu trabalho, quando esteve à frente do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), e durante as três gestões no regional de São Paulo e no CFMV. É um prazer fazer a entrega desta honraria, que ainda é pouco, pelo tamanho da contribuição e do amor que tem pela Medicina Veterinária e a Zootecnia”, afirmou o deputado.
Com a voz embargada pela emoção, o presidente do CFMV agradeceu, sem conter as lágrimas. “Estou muito feliz e realizado em viver este momento e receber uma honraria tão significativa. Mesmo não sendo natural de São Paulo, dediquei a minha carreira profissional ao estado, e todo o meu trabalho, os anos de esforço e até mesmo de sacrifício, foi em prol da minha profissão e em nome da minha família, que é a minha base para tudo.”
Em seguida, após um breve intervalo, nova surpresa. Almeida recebeu, do coordenador do Núcleo de Apoio aos Regionais (NAR), Igor Andrade, e do diretor de Tecnologia do CFMV, Marcos Paulo Del Fiaco, sua nova cédula de identidade profissional em formato físico. “A cédula digital era um sonho da minha gestão e é resultado do trabalho em equipe. Por isso, agradeço à Diretoria e aos conselheiros, e a todos os funcionários que embarcaram nessa empreitada comigo. Modernizar a identidade da Medicina Veterinária e da Zootecnia era meu objetivo”, assinalou.
O presidente do CRMV-SP, Odemilson Donizete Mossero, enalteceu o trabalho realizado por Almeida durante suas gestões no regional de São Paulo e agradeceu o empenho para que o I Encontro de Secretários-Gerais e Vice-Presidentes, bem como a Câmara Nacional de Presidentes (CNP), realizada entre os dias 27 a 29/9, ocorresse na sede da autarquia.
“Dr. Francisco é peça fundamental na luta pela qualidade do ensino na Medicina Veterinária, pelo processo de informatização e modernização do Sistema, pelos investimentos e melhorias em fiscalização, por criar mecanismos de apoio aos regionais, além de estreitar o relacionamento político nas esferas federal, estadual e municipal, visando sempre ao aprimoramento e crescimento das nossas profissões”, reforçou Mossero.
Após as homenagens, a programação do encontro de secretários-gerais e vice-presidentes foi oficialmente iniciada, com a palestra on-line da médica-veterinária portuguesa Filipa Bernardino, criadora e CEO da VetExperience. Ela abordou as novas tecnologias que podem beneficiar a Medicina Veterinária, como a telemedicina e as consultorias digitais. “Ainda há muita resistência de profissionais, mas se a ferramenta for utilizada de forma ética e de acordo a legislação, é possível atuar de forma positiva e ajudar muitos animais”, afirmou.
Entrega de novas cédulas profissionais
Da mesma forma que ocorre nos Conselhos Regionais de Medicina Veterinária (CRMVs), os vice-presidentes e secretários-gerais dos CRMVs participaram da cerimônia de entrega de cédula profissional. A diferença é que os profissionais receberam a nova cédula física, em cartão policarbonato, das mãos do presidente do CFMV.
Almeida enfatizou para que a Campanha de Recadastramento Profissional seja intensificada nos conselhos regionais com os médicos-veterinários e zootecnistas inscritos. Ao atualizar seus dados, os profissionais terão direito às novas cédulas em cartão policarbonato e com dispositivos de segurança; e em formato digital, disponível no aplicativo do CFMV.
Atribuições do vice-presidente e do secretário-geral
À frente da vice-presidência do CFMV, Ana Elisa Almeida falou sobre as atribuições do cargo, que vão além de substituir o presidente em suas ausências, mas colaborar ativamente por meio das sessões plenárias e votando a matéria em pauta.
A médica-veterinária apresentou sugestões para alterações no regimento interno padrão, de forma a explorar ainda mais as competências dos vice-presidentes, por meio da atuação em ações de transparência ativa, governança, fiscalização, plano anual de contratações, Sistema Unificado de Administração Pública (Suap), entre outros.
“Em alguns regionais, os vice-presidentes já assumem alguns destes trabalhos e é possível expandir para outros estados também, de forma a contribuir cada vez mais para o crescimento do Sistema”, assinalou.
Na sequência, foram apresentadas as atribuições do secretário-geral, que passa pela coordenação e direção dos serviços administrativos do regional. “É ele quem examina os requerimentos e processos de registros em geral, que institui e aprova o Regimento Interno Padrão (RIP), que participa, junto com o tesoureiro, da elaboração da proposta e de eventuais reformulações orçamentárias do conselho, zela pela conservação dos bens móveis e imóveis, e propõe medidas necessárias à execução dos serviços administrativos, dentre outros”, explicou Helio Blume, secretário-geral do CFMV.
Diálogo entre os regionais
Quando o assunto é aproximação e diálogo entre os regionais, é impossível não mencionar o Núcleo de Apoio aos Regionais (NAR). “Nossa missão é identificar gargalos e levar soluções imediatas aos regionais. Esse trabalho necessita da participação de todos e a sintonia só é possível por meio da participação ativa. Dessa forma, é possível entregar os melhores resultados para as classes e a sociedade”, destacou o coordenador do NAR.
A diretora do Departamento de Comunicação, Marketing e Planejamento (Decomp/CFMV), Laura Snitovsky, falou sobre comunicação estratégica, a criação de um manual de marca do Sistema e as ações de endomarketing que estão sendo desenvolvidas para gerar ainda mais conexão entre os funcionários dos conselhos regionais.
“Desenvolvemos campanhas de grande circulação nacional, treinamos porta-vozes e levamos a mensagem da Medicina Veterinária e da Zootecnia a um maior número de pessoas. Essas conquistas só foram possíveis por meio da colaboração e do trabalho de todos os regionais”, enfatizou Laura.
Durante o evento, também foram discutidas questões sobre regimentos e legislações, apresentadas pelo advogado Cyrlston Martins Valentino, diretor do Departamento Jurídico do CFMV, bem como pontos críticos das atividades de vice-presidentes e secretários-gerais.
Valentino esclareceu também as principais dúvidas dos participantes em relação à fiscalização, à responsabilidade técnica, dentre outras; e ressaltou que as normativas emanadas pelos conselhos regionais devem ser de ordem administrativa e financeira, somente, com o objetivo de orientar as atividades praticadas no próprio CRMV, competindo ao CFMV as resoluções de interesse da Medicina Veterinária e da Zootecnia.
Assessoria de Comunicação do CFMV, com contribuição da Ascom do CRMV-SP