As Equipes Multiprofissionais na Atenção Primária à Saúde (eMulti) poderão contar com médico-veterinário. O novo modelo foi lançado através Portaria GM/MS 635/2023 e assegura que as unidades terão profissionais de diferentes áreas, podendo o responsável pela saúde do animal ser incluído em uma equipe.
A eMulti surge em substituição ao Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (Nasf) e deve fortalecer o cuidado multiprofissional na Atenção Primária. A expectativa é que quatro mil equipes voltem a se organizar para o atendimento em todo o país.
Para o presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba, José Cecílio, a iniciativa marca um avanço para a saúde pública e também no reconhecimento do médico-veterinário como profissional necessário no sistema público.
“Já há o entendimento que a saúde animal é sinônimo de saúde pública, e agora poder contar com esses profissionais na porta de entrada do sistema público de saúde vai facilitar o acesso aos médicos-veterinários e consequentemente fortalecer medidas de controle de doenças, bem-estar animal e educação e conscientização da população”, pontuou.
Saúde única- As Ações de Saúde Única pelo médico-veterinário são exercidas desde o início da Medicina Veterinária, prevenindo, controlando ou erradicando doenças garantindo a saúde animal e a qualidade e inocuidade dos alimentos de origem animal para a população. É importante lembrar que a saúde dos animais e o meio ambiente dependem em grande parte das atividades humanas e que ambos também determinam a saúde humana.
Equipe – Além do médico-veterinário, as equipes poderão contar com arte educador, assistente social, farmacêutico clínico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, médico acupunturista, cardiologista, dermatologista, endocrinologista, geriatra, ginecologista, hansenologista, homeopata, infectologista, pediatra, psiquiatra, nutricionista, profissional de Educação Física na Saúde, psicólogo, sanitarista e terapeuta ocupacional.
O cachorro mais velho do mundo completou 31 anos este mês. Bobi é um cão da raça portuguesa Rafeiro do Alentejo e foi reconhecido pelo Guinness World Records como o mais longínquo. A expectativa de vida de um cão varia de 10 a 13 anos. O pet impressionou a todos pela sua boa condição de saúde e o fato viralizou na imprensa e nas redes sociais, com muitos tutores externando o desejo de ter um animal de estimação muitos anos ao seu lado.
O médico-veterinário Altamir Costa, conselheiro do Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB), destacou que o segredo da longevidade em animais está ligado a um conjunto de fatores, entre eles: vacinação, proteção antiparasitária, visitas periódicas ao veterinário, alimentação adequada e carinho e proteção.
“O número de animais idosos tem crescido bastante nas casas dos brasileiros e isso se deve a diversos fatores, entre eles um crescimento da associação de ciência e tecnologia que se volta para preservação de doenças, tratamento e cura de patologias”, destacou.
Altamir Costa afirma que um animal bem vacinado, com proteção antiparasitária tende a ser mais longevo, porque tem menos doenças. “A criação desses animais também mudou. Há alguns anos era comum a gente vê animais criados nos quintais presos em correntes, soltos nas ruas. Hoje com a adoção de um bem-estar animal mais voltado para o tratamento e o cuidado desse pet como um membro da família, ele passou a habitar mais os lares das pessoas”, disse.
Além desse cuidado mais intenso, com o convívio diário com o pet se consegue perceber mais rapidamente diferença de comportamento, feridas e problemas que podem ser tratados e que antigamente não era devido a essa falta de contato diário. “Outro fator importante é uma alimentação apropriação feita com rações de qualidade e alimentação natural, sempre com a indicação de veterinário”, afirmou.
Festa para Bobi – Para festejar os seus 31 anos, Bobi ganhou uma festa de aniversário com mais de 100 pessoas na sua casa em Conqueiros, zona rural de Portugal. No cardápio, carnes e peixes locais com direito a um extra para o aniversariante, que se alimenta de comida humana. A comemoração ainda contou com a apresentação de um grupo de dança, compondo uma tradicional festa portuguesa. Ele tem problemas de visão e mobilidade, passa bastante tempo no quintal ou dormindo.
Gato mais velho – Já o título de gato mais velho do mundo está para mudar. Atualmente, pelo Guinness World Records, o gato mais velho do mundo tem 27 anos, mas uma gatinha britânica está pondo em questão o recorde. A gata Rosie está com sua tutora desde 1991, e seu aniversário de 32 anos será no dia 1° de junho. A rotina de Rosie se resume a comer, dormir, usar a caixa de areia.
Confira alguns cuidados para garantir o bem-estar e prolongar os anos de vida dos animais:
1 – Mantenha as vacinas sempre em dia;
2 – Mensalmente renove os medicamentos contra pulga e carrapato e dê a medicação contra vermes no tempo adequado;
3 – Mantenha uma rotina de exercícios;
4 – Respeite o tempo de descanso deles;
5 – Ofereça uma alimentação saudável e de qualidade;
6 – Leve seu bichinho para consultas veterinárias periódicas;
7 – Fique atento e cuide dos dentes;
8 – Ofereça carinho e atenção.
O Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB) participou da inauguração do Hospital Veterinário da FIP Campina Grande na última quinta-feira (18). Com uma ampla estrutura, o espaço vai oferecer diversos atendimentos para pequenos e grandes animais.
O presidente do Conselho, José Cecílio, destacou que a estrutura possibilitará uma formação mais completa para os alunos do curso e ainda prestará serviço à população e atendimento de excelência aos animais.
O Hospital conta com Centro Cirúrgico, Diagnóstico por Imagem, além de serviços nas especialidades de oncologia, oftalmologia, ortopedia e cardiologia.
“O nosso Hospital vai funcionar de 08h da manhã às 20h da noite, nós entraremos com os serviços de atendimento clínico geral e clínico de especialidades e, além disso, o animal vai poder realizar todos os exames de imagem dentro da própria instituição, com entrega rápida desses resultados. Toda população de Campina e região vão se beneficiar com esses atendimentos”, disse o coordenador do HVET, Tales Santos.
Para Tereza Rotondano, coordenadora do curso de Medicina Veterinária, a Clínica-Escola possibilitará uma formação mais completa para os alunos do curso de Medicina Veterinária.
“A disponibilidade da estrutura física do Hospital Veterinário vai nos proporcionar o exercício prático das disciplinas teóricas que têm sido ministradas dentro do curso de Medicina Veterinária. Com essa estrutura, o aluno FIP vai ter condições de colocar em prática tudo aquilo que tem aprendido em sala de aula”, comentou Tereza.
Todos os atendimentos e procedimentos realizados terão um custo mais acessível para os tutores dos pets, beneficiando a população campinense.
Campina Grande sediou, nesta quinta-feira (18), o curso de Responsabilidade Técnica promovido pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB). Além da atividade, foi realizada uma confraternização em comemoração ao Dia do Zootecnista, celebrado em 13 de maio. Na sexta-feira (19) haverá sessão plenária também na Rainha da Borborema.
O presidente do CRMV-PB, José Cecílio, fez a abertura do evento e afirmou que esta era mais uma ação para descentralizar as ações do Conselho. “Trouxemos no dia de hoje temas importantes e realizamos a transmissão on-line para que mais pessoas tenham a oportunidade de fazer o curso e se capacitar para atuar como responsável técnico”, disse.
A primeira palestra foi ministrada pelo fiscal federal agropecuário Márcio Ayon Cavalcanti. Ele falou sobre o Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI-POA), que faz parte do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (SUASA), padroniza e harmoniza os procedimentos de inspeção de produtos de origem animal para garantir a inocuidade e segurança alimentar.
Logo depois, o tema abordado foi Avicultura Caipira na Paraíba . O médico-veterinário com especialização em Avicultura Vicente de Assis Ferreira (Empaer/Sebrae-PB) explicou que na avicultura caipira as aves são criadas soltas, consomem verde e têm contato com raios solares. Ele também falou sobre os sistemas Cage-Free, quando ficam presas em galpão, e Free-Range, que estão descritas na Lei Estadual 11.854/2021.
O médico-veterinário do Empaer-PB e presidente da Associação Avícola Do Estado Da Paraíba (AVIEP), Hermano de Araújo, fez um panorama da avicultura paraibana e destacou que a Paraíba é uma referência na área.
O evento ainda contou com uma exposição sobre Registro e Fiscalização de Eventos Pecuários, feita pelo médico-veterinário da Defesa Agropecuária da Paraíba, Jorge Kleber.
A ação foi finalizada com a palestra de como obter a chancela da Associação Brasileira de Vaquejada (ABVAQ), ministrada pelo diretor de chancela da ABVAQ, Valter Papel. Ele explicou que chancela é o resumo do que a legislação estabelece em relação à vaquejada, que é classificada como um evento agropecuário. “São requisitos básicos para a realização de evento agropecuário”, disse.
Valter Papel falou da importância do responsável técnico em eventos como a vaquejada e destacou também o trabalho realizado por órgãos fiscalizadores, como é o caso do CRMV-PB. Ele afirmou ainda que é fundamental que estes eventos sejam realizados de maneira legal, seguindo a legislação vigente.
O Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB) irá promover o curso de Responsabilidade Técnica, em formato híbrido, na próxima quarta-feira (18). A programação acontece em homenagem ao Dia do Zootecnista, celebrado em 13 de maio.
A capacitação irá abordar temas como o sistema brasileiro de inspeção de produtos de origem animal; avicultura caipira na Paraíba e registro e fiscalização de Eventos Pecuários. Haverá ainda, na quinta-feira (19), uma plenária em homenagem ao Dia do Zootecnista. Atualmente, existem 170 zootecnistas ativos no estado da Paraíba.
Confira a programação:
8h – Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI-POA)
Fiscal federal agropecuário Márcio Ayon Cavalcanti
10h – Avicultura Caipira na Paraíba
Empaer
14h – Registro e Fiscalização de Eventos Pecuários
Médico-Veterinário da Defesa Agropecuária da Paraíba Jorge Kleber
15 h – Palestra Como obter a chancela da ABVAQ
Diretor de Chancela da ABVAQ, Walter Papel
Presidente do CRMV-PB, médico-veterinário José Cecílio
Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB) realizou, nesta quinta-feira (20), solenidade de entrega de carteira profissional para 18 médicos-veterinários. Antes da entrega, foi realizada a palestra ‘O que você diz quando não está falando?’ com a consultora de imagem Simone Morais.
A cerimônia de entrega de carteira foi conduzida pelo vice-presidente do CRMV-PB, Adriano Fernandes, que apresentou para os profissionais a lei que rege a profissão, além do código de ética da Medicina Veterinária. Ele destacou a importância da profissão para a saúde animal e humana.
De acordo com Adriano Fernandes, a entrega das carteiras é uma oportunidade para aproximar os profissionais do Conselho, além de informar sobre a legislação que rege a profissão.
Palestra – Durante a solenidade de entrega de carteira, o CRMV-PB sempre promove uma palestra para os profissionais. A do mês de abril foi com a consultora de imagem Simone Morais.
A profissional falou sobre a importância da imagem e como a comunicação não verbal fala muito sobre um profissional. “Cuidar da aparência e refletir nela nossos valores permite o fortalecimento da imagem e automaticamente, aumenta a autoridade no campo profissional”, destacou.
Com a chegada da Páscoa, muitas pessoas presenteiam familiares e amigos com chocolates, pelúcias e com coelhos de verdade. No entanto, essa prática pode ser extremamente prejudicial. Coelhos necessitam de cuidados especiais e 40% deles acabam sendo abandonados em parques, praças e terrenos. Por isso, o Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-PB) alerta que na hora de adotar ou adquirir um animal é necessário observar que trata-se de um ser vivo, que exige cuidados e que acarreta custos.
A ONG Adote um Orelhudo aponta que a partir de 60 a 70 dias após a Páscoa aumenta o número de coelhos abandonados e destaca que quatro em cada dez coelhos que são presenteados acabam sendo abandonados, o que equivale a 40%. A entidade relata que no início tudo é novidade, mas depois se torna responsabilidade cuidar do animal e tudo desaba. As pessoas acabam abandonando.
Os coelhos precisam de um ambiente adequado, uma dieta equilibrada e são necessárias visitas regulares ao veterinário. Durante este período, muitas pessoas acabam adquirindo coelhos sem saber o que fazer com eles após a Páscoa. Os animais acabam sendo negligenciados, abandonados ou soltos na natureza, o que pode causar sérios danos ao ecossistema local.
A médica-veterinária de pets não-convencionais, Lilian Eloy, reforça que coelhos são animais que precisam de cuidados diários, consultas veterinárias frequentes, bem como o manejo correto. “Se quiser dar um coelho de presente nesta Páscoa, que seja um coelho de chocolate ou de pelúcia”, orientou.
Lilian Eloy destaca que se ainda assim você estiver pensando em adotar um coelho, é importante lembrar que eles não são brinquedos ou objetos de decoração. Eles são seres vivos que exigem muito cuidado e responsabilidade. “É preciso estar disposto a cuidar do animal durante toda a sua vida, garantindo seu bem-estar e qualidade de vida”, ressaltou.
Símbolo da Páscoa – O Coelho é um dos símbolos pascais por representar a fertilidade, o nascimento e a esperança da vida. Essa figura se estabeleceu como símbolo da Páscoa (celebração cristã que comemora a ressurreição de Jesus Cristo) a partir do século XIX e, atualmente, é conhecida por trazer os ovos de chocolate para as crianças.
Alguns povos antigos relacionavam este animal com a chegada do fim do inverno e começo da primavera, como um simbolismo do “renascimento da vida”. Os coelhos eram os primeiros animais a abandonarem as suas tocas quando a primavera começava. Os coelhos só passaram a representar um símbolo da Páscoa no Brasil no final do século XVII, trazidos pelos imigrantes alemães.
As chuvas que assolaram o Litoral Norte do estado de São Paulo, em fevereiro; os incêndios no Pantanal matogrossense e sul-matogrossense, em 2020; os rompimentos das barragens de rejeitos nas cidades mineiras de Brumadinho, em 2019, e Mariana, em 2015; esses são alguns dos episódios de desastres em massa, de causas naturais ou gerados por ação humana, que exigiram planos de ação imediatos para o resgate da fauna naquelas localidades.
Foi pensando justamente na estruturação desses planos que o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) publicou, na quarta-feira (29), a Resolução CFMV nº 1.511/2023, que estabelece as diretrizes para a atuação de médicos-veterinários e zootecnistas em desastres em massa envolvendo animais domésticos e selvagens.
A normativa, que prevê os aspectos técnicos, operacionais e éticos desse tipo de atuação, apresenta as orientações para o profissional quanto à organização e ao atendimento clínico dos animais no momento do desastre, bem como o encaminhamento para clínicas ou hospitais veterinários, caso necessário.
A atuação de médicos-veterinários e zootecnistas nesses episódios deve ser realizada em sinergia com o Sistema de Comando de Incidentes (SCI), além de seguir os preceitos dos manuais expedidos e disponibilizados pelo conselho federal e dos atos e regulamentos emitidos pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), conforme a norma.
Para a médica-veterinária, Laiza Bonela Gomes, presidente da Comissão Nacional de Desastres em Massa Envolvendo Animais (CNDM/CFMV), a resolução traz um ponto fundamental para a atuação dos profissionais, que deve ser hierarquizada, disciplinada e coordenada.
“A atuação dos médicos-veterinários e dos zootecnistas não deve mais ocorrer de maneira isolada ou independente dos outros envolvidos na gestão do incidente. Temos a clareza de que esse modo de operação permitirá que a participação nos desastres seja cada vez mais técnica, ética, profissional e exitosa para todos os envolvidos: pessoas, meio ambiente e, sobretudo, os animais”, ressalta a presidente da comissão.
Médicos-veterinários e zootecnistas voluntários
Ainda de acordo com a normativa, os Conselhos Regionais de Medicina Veterinária (CRMVs) poderão criar um banco de cadastro para médicos-veterinários e zootecnistas que desejarem se voluntariar para atuar nas ações de resgate de animais, o qual será compartilhado com as autoridades, os órgãos e as entidades responsáveis pelo comando do incidente.
No entanto, Laiza destaca que é recomendado que esses profissionais conheçam as normativas ambientais federais e estaduais, no que se refere ao manejo de animais domésticos e silvestres, e busquem treinamento específico, como o curso básico do SCI.
“Trabalhar em incidentes de desastres é sempre desafiador e complexo, em virtude dos inúmeros fatores envolvidos e da interação entre esses fatores. Dessa forma, um dos pontos mais relevantes da normativa é gerar responsabilidade profissional perante as ações, omissões e decisões nos cenários de desastres”, afirma a presidente da CNDM/CFMV.
A médica-veterinária chama atenção, ainda, para a tutela dos animais silvestres que compõem a fauna nativa, que é de responsabilidade do Estado (União, estados, Distrito Federal e municípios). “É importante que os profissionais tenham os órgãos ambientais como parceiros, inclusive saibam quais são os centros de triagem e reabilitação mais próximos do local do incidente”, esclarece.
A partir da publicação da normativa, a comissão nacional pretende promover capacitações teórico-práticas para as comissões regionais, com o intuito de munir e preparar os profissionais para que atuem frente aos desafios inerentes às situações de desastres.
A realização de reuniões periódicas com órgãos oficiais e a mobilização para que os regionais formem suas próprias comissões fazem parte das ações previstas pelo grupo, visando estabelecer uma relação intersetorial para viabilizar as ações em situação de desastres que envolverem animais.
“Acreditamos firmemente que a resolução, aliada ao Plano Nacional de Contingência, subsidiará as ações e tornará as intervenções mais céleres, assertivas, padronizadas, técnicas e alinhadas aos órgãos oficiais que atuam nos cenários de desastres”, pondera a presidente da CNDM/CFMV.
O Conselho Regional de Medicina Veterinaria da Paraíba (CRMV-PB) promoveu a Palestra ‘Selo Arte: Noções Básicas’, que foi ministrada, nesta terça-feira (21), pela médica-veterinária Fernanda da Silva Rocco.
A palestra foi aberta pelo presidente do CRMV-PB, José Cecílio, e contou com a mediação do secretário-geral do Conselho, Tarsys Noan.
A palestrante falou sobre o Selo Arte, qual a sua importância, as etapas e as dificuldades para conseguir a certificação. Ela destacou que atualmente, 508 produtos artesanais tem o Selo Arte, divididos em quatro categorias: lácteos, cárneos, pescados e produtos oriundos de abelhas. Mais de 80% dos produtos certificados são lácteos.
Doze estados e o Distrito Federal possuem o selo. A Paraíba ainda não conta com a certificação. A palestrante destacou que seria um mecanismo importante para produtos paraibanos como o queijo de cabra, por exemplo.
Conforme explicou Fernanda, o certificado garante que alimentos de origem animal foram elaborados de forma artesanal e que possuem características tradicionais, regionais e culturais.
Para o produtor artesanal, ter o Selo Arte é a oportunidade de expandir a comercialização para outros estados e a agregação de valor aos seus produtos. Para os consumidores, é uma garantia de qualidade, com a segurança de que a produção é artesanal e respeita as Boas Práticas Agropecuárias e de Fabricação.
Como conseguir o Selo Arte? – Para garantir o Selo Arte, é necessário que o produtor tenha um registo junto ao Serviço de Inspeção Oficial do município, estado ou Distrito Federal. Depois, ele deve entrar no sistema eletrônico de Cadastro Nacional de Produtos Artesanais e registrar seu pedido e anexar as informações necessárias.
Sobre a palestrante – A palestrante é Fernanda da Silva Rocco, veterinária com mestrado em higiene veterinária e processamento tecnológico de produtos de origem animal.
A Diretoria Executiva e os conselheiros do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) discutiram e aprovaram a minuta da resolução que prevê a atuação de médicos-veterinários e zootecnistas em desastres em massa envolvendo animais domésticos e selvagens. A decisão foi tomada durante a realização da 368ª Sessão Plenária Ordinária (SPO), nos dias 13 e 14 de março, no Wetiga Hotel, em Bonito (MS), de forma presencial e on-line, via plataforma Zoom.
O documento, que estabelece aspectos técnicos e éticos, apresenta as diretrizes e orientações para a atuação profissional no atendimento clínico dos animais domésticos e selvagens no momento do desastre, bem como o encaminhamento para clínicas ou hospitais veterinários.
A resolução, que entrará em vigor em breve, foi um pedido da Comissão Nacional de Desastres em Massa Envolvendo Animais (CNDM/CFMV), e norteará as ações propostas pelo Plano Nacional de Contingência de Desastres em Massa Envolvendo Animais, além de servir como referência para diversos trabalhos e pesquisas nas áreas jurídica e de meio ambiente.
Inadimplência
O plenário também discutiu e aprovou a minuta de resolução que dispõe sobre a regulamentação do Artigo 7º da Lei nº 12.514, de 28 de outubro de 2011. A normativa estabelece orientações para a suspensão de débitos tidos como irrisórios ou, judicialmente, de valores considerados irrecuperáveis, bem como define esses tipos de dívidas no âmbito do Sistema CFMV/CRMVs.
A resolução visa otimizar o tempo de trabalho e os recursos empregados para a recuperação dos valores. Além disso, respalda a atuação dos regionais em relação ao encerramento dos registros de empresas e das inscrições de profissionais inadimplentes, ou, se for o caso à manutenção das cobranças devidas.
“A regulamentação contribui com o gestor no momento do acerto de contas e traz respaldo ao Sistema CFMV/CRMVs ao não cobrar débitos judicialmente, mas de forma administrativa. A discussão dessa resolução é importante para o Sistema e, por ser bastante específica, serve de base para outros conselhos de classe”, esclareceu a vice-presidente do CFMV, Ana Elisa Almeida.
Valorização e reconhecimento
O presidente do CFMV, Francisco Cavalcanti de Almeida, comunicou aos presentes sobre a Ação Civil Pública (ACP) que a autarquia ajuizou, nessa terça-feira (14), visando à suspensão dos processos relacionados à abertura de novos cursos e vagas na área da Medicina Veterinária por, no mínimo, 5 anos.
A iniciativa da entidade foi motivada após o Ministério da Educação (MEC) aprovar 40 Projetos Pedagógicos de Cursos (PPCs) de graduação em Medicina Veterinária, apresentados por instituições de ensino particulares. Segundo estudo realizado pela Comissão Nacional de Educação da Medicina Veterinária (CNEMV/CFMV), nenhum desses possíveis novos cursos possui condições mínimas de funcionamento.
“A nossa responsabilidade é com a sociedade e, impedindo a abertura desses novos cursos, estamos agindo social e economicamente, além de proteger a saúde pública”, afirmou Cavalcanti.
O reconhecimento do CFMV pelo Tribunal de Contas da União (TCU) como “um bom exemplo de Portal da Transparência”, durante a reunião técnica do tribunal com os conselhos de fiscalização profissional, realizada na semana passada, também foi ponto de destaque.
Outros assuntos
A pauta da 368ª Sessão Plenária Ordinária contemplou também assuntos administrativos pertinentes ao CFMV, à Medicina Veterinária e à Zootecnia. Além disso, o plenário aprovou as reformulações orçamentárias dos conselhos regionais de Rondônia e de Goiás para o exercício de 2023.
Além disso, a Diretoria Executiva nomeou o presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Minas Gerais (CRMV-MG), Bruno Rocha, para ser o delegado observador do processo eleitoral do regional do Rio de Janeiro, em substituição ao presidente do conselho regional da Bahia, Altair Oliveira, designado anteriormente.
Participação
Para a realização dessa SPO, participaram de forma presencial, além do presidente e da vice-presidente, o secretário-geral do CFMV, Helio Blume, e o tesoureiro, José Maria Filho.
Também formaram o quórum os conselheiros Marcelo Teixeira, Paulo Guerra, Marcílio Oliveira, Célio Garcia e Flávio Veloso; de forma on-line, estavam presentes os conselheiros Olízio Silva e Wirton Costa, que participou como relator de um processo administrativo.
A reunião contou com a presença dos seguintes presidentes de regionais: Maria Elisa Araújo (CRMV-PE), Márcia Fonseca (CRMV-TO), Nazaré Souza (CRMV-PA), Anilto Funez (CRMV-RO), Altair Oliveira (CRMV-BA), Bruno Rocha (CRMV-MG), Ednaldo Silva (CRMV-AM), Eduardo Caldas (CRMV-SE), Fábio Moraes (CRMV-AC), Francisco Atualpa Soares (CRMV-CE), Jadir Costa (CRMV-DF), Marcos Vinícius Neves (CRMV-SC), Mauro Moreira (CRMV-RS), Odemilson Mossero (CRMV-SP), Rafael Vieira (CRMV-GO), Raimundo Barrêto (CRMV-RN) e Thiago Fraga (CRMV-MS).
Programação
A plenária antecedeu a realização da 1ª Câmara Nacional dos Presidentes (CNP) de 2023 do Sistema CFMV/CRMVs, que será de 15 a 18 de março, no Wetiga Hotel, em Bonito (MS).
Departamento de Comunicação do CFMV, com informações das Assessorias de Comunicação do CRMV-MS, CRMV-SP e CRMV-RJ