No dia 15 de Junho, Dia do Patologista Veterinário, os Conselhos Regionais de Medicina Veterinária dos Estados do CE (CRMV-CE), Maranhã (CRMV-MA), Mato Grosso do Sul (CRMV-MS) e Paraíba (CRMV-PB) parabenizam estes profissionais que atuam incansavelmente pelo bem-estar de animais.
Os médicos-veterinários patologistas são especializados no diagnóstico de doenças de animais domésticos e silvestres, através do exame dos tecidos e fluidos do corpo. Fazem o diagnóstico de enfermidades em animais produtores de alimentos e inferem se há risco para os humanos durante o manuseio ou consumo.
“A patologia é o elo central dentro da medicina veterinária, pois ela reúne todos os conhecimentos básicos e avançados da área, em torno do diagnóstico. Ela é a ponte necessária para que o profissional aplique seu conhecimento na clínica, cirurgia, inspeção, diagnóstico por imagem, entre outros, promovendo o bem-estar animal”, declarou o médico patologista e vice-presidente do CRMV-CE, Dr. Daniel Viana.
A data é celebrada nesse dia, pois a Associação Brasileira de Patologia Veterinária adotou o dia 15 de junho de 1983, durante o I Encontro Nacional de Patologia Veterinária/ENAPAVE, realizado na cidade de Campo Grande/MS, como data para comemorar esse marco tão importante.
Baseado em pesquisa com numerosas fontes, o livro História da Veterinária do Exército Brasileiro, de Luiz Octávio Pires Leal, é um compêndio histórico. Em 25 capítulos, o leitor poderá conhecer dos primórdios da profissão até os dias atuais nos exércitos mais avançados do mundo.
A narração aborda o animal símbolo da Veterinária Militar, o cavalo, sua história, e demonstra as minúcias da produção do plasma hiperimune para fabricação de soros contra veneno de serpente, aranhas e escorpiões e atividades de guerra na selva. O prefácio é do centenário médico-veterinário Milton Thiago de Mello.
O autor, de 86 anos, é médico-veterinário formado, em 1958, pela antiga Escola Nacional de Veterinária (ENV) da Universidade Rural do Brasil. Também atua como jornalista profissional, desde a década de 1960.
Em resposta ao Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Paraíba (CRMV-PB) sobre a vacinação da Covid-19 para os médicos veterinários, o Ministério Público Federal (MP) respondeu os motivos pelo qual arquivará a solicitação:
1 – diante da escassez de imunizantes, os Ministérios Público Federal e do Estado da Paraíba ajuizaram, em fevereiro do ano corrente, a Tutela Antecipada Antecedente n. 0801065-24.2021.4.05.8200, com o objetivo de garantir a priorização dos idosos na campanha de imunização contra a COVID-19, haja vista ser esse o grupo etário com a maior probabilidade de adoecer gravemente, requisitando tratamento hospitalar e com maior probabilidade de morrer em decorrência da enfermidade (conforme se extrai das diretrizes do próprio Plano Nacional de Imunização);
2 – quanto à vacinação do trabalhadores da saúde, foi firmado acordo entre os Ministérios Públicos e o Município de João Pessoa, segundo o qual dentre esses trabalhadores, naquele momento, seriam atendidos apenas os “envolvidos no combate à pandemia”;
3 – cumpre esclarecer que o próprio Ministério da Saúde, ao publicar o Ofício Circular nº 57/20217SVS/MS, que estabelece as orientações técnicas de vacinação do grupo prioritário “Trabalhadores da Saúde”, corroborou interpretação mais restritiva do conceito de trabalhador de saúde contido no PNI, ao consignar que “os trabalhadores dos demais estabelecimentos de serviços de interesse à saúde (exemplos: academias de ginástica, clubes, salão de beleza, clínica de estética, óticas, estúdios de tatuagem e estabelecimentos de saúde animal) não serão contemplados nos grupos prioritários elencados inicialmente para a vacinação.”
O CRMV-PB continuará fazendo o que for necessário para que os médicos veterinários do estado da Paraíba sejam vacinados.
Cinco médicos-veterinários, todos ex-presidentes de Conselhos Regionais de Medicina Veterinária (CRMVs), passarão a contribuir para a profissão com suas experiências e conhecimentos na Câmara Técnica de Medicina Veterinária do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CTMV/CFMV). A cerimônia de posse dos integrantes ocorreu na sede do CFMV, em Brasília, hoje (9/6), e teve a participação dos diretores do Federal e de integrantes da Câmara Técnica de Zootecnia.
Fórum qualificado de assessoramento técnico-consultivo e político-institucional do CFMV relativo à Veterinária, a recém-empossada câmara é composta por Mário Eduardo Pulga (CRMV-SP); Cícero Araújo Pitombo (CRMV-RJ); João Vieira de Almeida Neto (CRMV-MS); Domingos Fernandes Lugo Neto (CRMV-PB); e José Renato Ribeiro (CRMV-AP). O grupo poderá propor políticas de atuação profissional e de regulamentação do ensino, formação e exercício da profissão, bem como recomendar trabalhos que compreendam a relação formação/perfil profissionais e mercado de trabalho, entre outras atribuições.
O presidente do CFMV, Francisco Cavalcanti de Almeida, conduziu o evento e agradeceu aos empossados pela parceria. “Com as Câmaras Técnicas, vamos dar sequência às resoluções, normas e manuais, cumprindo o nosso papel de normatizar, fiscalizar, orientar, valorizar o profissional, assim como promover a organização das classes. Estamos sendo consultados por órgãos governamentais e instituições sobre assuntos que envolvem as profissões. Foco na valorização e ensino em benefício da sociedade ”, disse.
Com a palavra, os diretores:
Ana Elisa Fernandes de Souza Almeida, vice-presidente do CFMV
“Precisamos avançar em questões vitais para o fortalecimento das profissões, ter nossos profissionais valorizados e reconhecidos. Nosso país hoje depende do agro. Vamos discutir e chegar a um consenso de forma equilibrada.”
José Maria dos Santos Filho, tesoureiro do CFMV
“O trabalho da Câmara é muito importante para o Sistema, pela excelência dos trabalhos técnicos que seus membros têm a desempenhar, atender às demandas da sociedade e elevar o nome do CFMV e da classe.”
Com a palavra, a Câmara Técnica de Medicina Veterinária
Mário Eduardo Pulga, presidente
“Em 55 dias, deixarei a presidência do CRMV de São Paulo, agora irei colaborar com o engrandecimento do Sistema e das classes. Há temas relevantes a serem debatidos, que trataremos de forma honesta e transparente. São assuntos importantes, que afetam a vida do colega que está na ponta. Vamos trabalhar e cooperar no que for preciso.”
Cícero Araújo Pitombo
“Vivemos um momento difícil no país. Temos de ser cuidadosos sobre como nos posicionamos, pois pode haver consequências, entender a realidade do profissional e focar no futuro. Vamos buscar soluções, pacificar alguns temas e dar dinâmica ao Sistema; como também melhorar a percepção da sociedade sobre os profissionais. ”
João Vieira de Almeida Neto
“O maior desafio da Medicina Veterinária no Brasil é o ensino. Vamos evitar que o lobby das empresas de ensino possa tomar conta das profissões e da formação. Investir em publicidade também é importante, mostrar o que o profissional faz. Mas há outro desafio: hoje, há várias outras profissões querendo tomar espaço da Medicina Veterinária e atuar no que somente os médicos-veterinários têm competência e conhecimento.”
Domingos Fernandes Lugo Neto
“Hoje, acho importante a questão da saúde mental do profissional. Vamos recuperar o tempo perdido com a pandemia. Muitos médicos-veterinários não pararam e colocaram suas vidas em risco.”
José Renato Ribeiro
“A Câmara entende que o ensino é uma grande preocupação. Vamos reorganizar normas que envolvem a profissão. Neste momento, lembro de colegas próximos que se foram nesta pandemia e estavam exercendo suas atividades. Isso me emociona.”
A Presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Paraíba (CRMV-PB), Méd. Vet. Valéria Cavalcanti, realizou na tarde de ontem (08) visita técnica as futuras instalações do Hospital Público Veterinário de João Pessoa. Além do Regional estavam presentes representantes do Centro de Vigilância Ambiental e Zoonoses (Cvaz), da Secretaria do Meio Ambiente (Semam) e da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedurb).
Cavalcanti foi convidada para participar da Comissão Técnica de Análise de Instalação do Hospital Veterinário do Município de João Pessoa que tem por finalidade discutir assuntos técnicos do projeto a respeito da implantação do hospital, bem como analisar o cumprimento das normas para o funcionamento de médicos-veterinários, assegurando a integridade dos colaboradores do hospital público veterinário e o bem-estar do animal.
“Não há dúvidas de que se trata de um empreendimento que traz benefícios reais à população de João Pessoa, especialmente no que tange aspectos relacionados à saúde animal, mas é importante que sejam seguidas as normas legais para o funcionamento do mesmo” finaliza Cavalcanti.
A cidade de Foz do Iguaçu, no Paraná, receberá a 17ª edição do Congresso Brasileiro de Oftalmologia Veterinária, entre os dias 17 e 19 de novembro de 2021. “Com todas as medidas de segurança e restrições que este momento [pandêmico] nos impõe, o evento será um ambiente leve, descontraído e com muita informação técnica”, garante a médica-veterinária Paula Galera, presidente do Colégio Brasileiro de Oftalmologistas Veterinários (CBOV).
A entidade é responsável pela organização do congresso e conta com o apoio institucional do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) e do regional do Paraná (CRMV-PR). Além das palestras nacionais e internacionais, haverá apresentações de trabalhos científicos e uma feira de produtos voltados à oftalmologia veterinária.
O congresso será realizado no Bourbon Cataratas do Iguaçu Resort, que disponibilizou para o evento uma área de mais de 2 mil metros quadrados. “Em respeito ao momento de cuidado coletivo e recíproco, embora o espaço tenha capacidade para 1,4 mil pessoas, o evento receberá presencialmente até 400 participantes, sendo 350 congressistas e 50 expositores”, reforça Paula.
São três lotes de inscrições com preços diferenciados e as vagas são limitadas. Há descontos para alunos de graduação e pós-graduação, membros do CBOV e candidatos à prova de título de especialista em Oftalmologia Veterinária.
Prova de especialista
O CBOV aproveitará a oportunidade e, nos dias que antecedem o congresso (15 e 16 de novembro), realizará as provas de conhecimentos específicos (teórico-práticos) para a concessão de título de especialista em oftalmologia veterinária, conforme Edital nº 1/2021 do CBOV.
As inscrições estão abertas, até 20 de junho, e o candidato, além de ser médico-veterinário com inscrição ativa no CRMV de atuação, deverá ter publicado, como autor ou co-autor, dois artigos científicos na área de oftalmologia em revista indexada em bases eletrônicas de qualidade científica (Qualis Capes A1, A2, B1, B2).
O edital, seguindo a Resolução CFMV nº 935, de 10 de dezembro de 2009, exige que o candidato com doutorado ou pós-doutorado comprove a atuação de cinco anos na área. Para os que possuem os demais títulos, como residência e mestrado, são exigidos oito anos de comprovação de atividades em oftalmologia.
A primeira fase envolve avaliação documental e de títulos. O candidato aprovado segue para a segunda etapa, que avalia os conhecimentos específicos por meio de três provas: a teórica, a de casos clínicos e a prática. Todas são de caráter classificatório e eliminatório.
Para participar e verificar todo os detalhes, o candidato deve ler atentamente o edital e ficar de olho nos prazos e no cronograma:
Período de solicitação de inscrição: 1 a 20/6/ 2021
Divulgação das inscrições homologadas: até 28/6/2021
Período de interposição de recursos das inscrições: 29 e 30/6/2021
Período de inscrição para a prova de conhecimentos específicos: 1 a 11/7/2021
Período de provas de conhecimentos específicos: 15 e 16/11/2021
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) disponibiliza o e-mail ccr.sda@agricultura.gov.br para sugestão de pautas e para divulgação de serviços no Informe SDA, que traz notícias da Defesa Agropecuária.
Todas as sugestões devem ser referentes ao mês de publicação do Informe.
O Dia Mundial da Segurança dos Alimentos é celebrado no dia 7 de junho. Neste ano, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) quer chamar a atenção e inspirar ações que ajudem a prevenir, detectar e gerenciar os riscos de origem alimentar, contribuindo para a segurança alimentar, saúde, direitos humanos, prosperidade econômica, agricultura, acesso a mercados, turismo e desenvolvimento sustentável.
Para lembrar a importância dessa data e reconhecer o trabalho dos profissionais envolvidos na produção de alimentos de origem animal, o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) publica texto escrito pelo tesoureiro, José Maria dos Santos Filho, que é referência na área de Inspeção e Vigilância Sanitária dos Produtos de Origem Animal. Boa leitura!
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Alimentos são complexos emaranhados de componentes químicos com potencial para suprir, parcial ou totalmente, as necessidades da produção de energia e construção de tecidos dos animais, inclusive humanos.
Ocorre que, além da capacidade de nutrir, para cumprir seu papel no pleno desenvolvimento do organismo, os alimentos também devem ser seguros, ou seja, estar totalmente inócuos (bastante difícil) ou muito próximos dessa inocuidade. Para tanto, muitas ferramentas de controle sanitário foram desenvolvidas, ao longo do tempo.
Não obstante as práticas de controle de qualidade em alimentos já fossem empregadas desde épocas remotas, como, por exemplo, nas sociedades assírias, gregas e romanas, com o passar do tempo, o avanço da ciência e da tecnologia possibilitaram o melhor conhecimento das matérias-primas e seus processos de obtenção, manipulação e conservação, os quais, de maneira positiva, possibilitaram mais garantias sanitárias para os consumidores.
A mais acurada caracterização de substâncias físicas, químicas e biológicas com potenciais riscos contaminantes para os alimentos, hoje já bem definidas, possibilitou a criação de estratégias de controle sanitário mais rígidas. Aqui, cabe ressaltar o eficiente trabalho dos médicos-veterinários nos Serviços de Inspeção e Controle de Qualidade dos Produtos de Origem Animal, atestando a qualidade sanitária desses produtos. Esse modelo passou a contar com inúmeras possibilidades, das quais, mais recentemente, ganharam destaque as ferramentas de controle de qualidade, tais como Boa Práticas de Fabricação, Análise de Perigos e Pontos Críticos e Controle, Procedimentos Padrão de Higiene Operacional, Organização Internacional de Normatização (ISO) e outros.
A proteína de origem animal é um dos pilares da alimentação humana, promove grande movimentação econômica entre países, dentre os quais o Brasil de destaca. O mercado internacional é exigente e preocupa-se, também, com a sustentabilidade e o bem-estar dos animais. Para garantir o alimento de qualidade, contamos com a contribuição do zootecnista, profissional que atua com as técnicas de manejo alimentar, levando os rebanhos a produzirem mais, com mais qualidade e em menos tempo.
Os organismos internacionais, como FAO/ONU, criaram programas de segurança em alimentos que têm possibilitado acesso a produtos cada vez mais seguros pelas populações. Esse trabalho é de extrema importância, pois o alimento é considerado uma necessidade fundamental do homem. Seu consumo deve ser exclusivamente para suprir necessidades nutricionais, nunca para aportar substâncias que promovam desequilíbrios orgânicos, sob qualquer aspecto.
A alimentação segura depende, diretamente, da produção de alimentos seguros, que constroem os sustentáculos do desenvolvimento humano. Tudo isso valida o necessário reconhecimento a essa data comemorativa pelo Dia Mundial do Alimento Seguro.
Em comemoração ao Dia da Medicina Veterinária Militar, celebrado em 17 de junho, o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio de Janeiro (CRMV-RJ), e os CRMVs dos estados de São Paulo e Minas Gerais realizam o II Seminário Muniz de Aragão. O evento será transmitido, ao vivo, pelo canal do YouTube do CFMV, das 8h30 às 18h.
Durante o evento, os vencedores da Comenda Muniz de Aragão do CFMV (2020 e 2021) receberão as premiações nas mãos do presidente do Conselho Federal, Francisco Cavalcanti de Almeida. A outorga é dada anualmente aos médicos-veterinários militares que tenham prestado relevantes serviços à Medicina Veterinária Militar Brasileira e ao fortalecimento da Veterinária Militar.
O seminário terá palestras que vão abordar as ações do médico-veterinário militar nas seguintes áreas de atuação: defesa alimentar, defesa biológica (Exército Brasileiro), no combate à covid-19, no sistema de gestão ambiental do Exército; na inspeção e segurança dos alimentos na Marinha do Brasil e, na Força Aérea Brasileira, na Fazenda de Aeronáutica de Pirassununga. Na ocasião, haverá ainda o lançamento da Revista da Medicina Veterinária Militar.
Palestrantes
Estão confirmados nomes que são referência na Medicina Veterinária Militar. São eles: a Coronel Veterinária Beatriz Helena Felicio Fuck Telles Ferreira, do Ministério da Defesa; a Major Veterinária Jacqueline Roberta Soares Salgado, do Instituto de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear (IDQBRN); o Coronel Veterinário Francisco Augusto Pereira dos Santos, do Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB); o Tenente-Coronel Veterinário Leonardo Rodrigo Fonseca Tigre Maia, do 4º Depósito de Suprimento (4º D Sup); o 1º Tenente Veterinário Marco Antonio Andrade Rodrigues, do Depósito de Suprimentos de Intendência da Marinha no Rio de Janeiro (DepSIMRJ); e o 2º Tenente Veterinário Thiago Santin, do Quadro de Oficiais da Reserva de 2ª Classe Convocados (QOCon).
As inscrições para o seminário estão abertas na plataforma Sympla. A participação é gratuita e haverá emissão de certificados.
No Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado em 5 de junho, o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) publica texto do integrante da Câmara Técnica de Medicina Veterinária (CTMV), João Vieira de Almeida Neto, médico-veterinário, mestre em Meio Ambiente e com pós-graduação em Saúde Pública pela Fiocruz/SES/UFMS. Boa leitura!
O Meio Ambiente e a Saúde Única no Exercício da Medicina Veterinária
Sabe-se que 75% das doenças emergentes e reemergentes nos últimos anos têm origem zoonótica. As mudanças que ocorrem nos ecossistemas têm os primeiros efeitos negativos observados nos animais, sejam eles domésticos ou silvestres. A poluição do ar e da água compromete a disponibilidade de alimentos, plantas, frutos e outras fontes nutricionais, provocando doenças respiratórias e carências metabólicas nos animais e nos Humanos.
É obrigação dos profissionais da Medicina Veterinária manter os padrões sanitários, a qualidade de vida e bem-estar dos animais. O conceito de Saúde Única (humana, animal e ambiental) consolida de vez a percepção de Saúde Ambiental. São três eixos interdependentes e indissociáveis. Somos profissionais atores na garantia do futuro do nosso planeta, tanto na lida racional com os animais, como no uso correto de pesticidas e antimicrobianos, garantindo alimentos de origem animal saudáveis alimentando a Humanidade, e na luta cada vez mais atual no combate às zoonoses.
O Brasil ocupa o posto de maior exportador de carne bovina e de frango in natura do mundo, além do quarto lugar nas exportações de carne suína. Produzir com sustentabilidade representa uma necessidade também econômica, qu é uma exigência da maioria dos países importadores. Com a conscientização dos profissionais envolvidos na produção animal e avanços tecnológicos, essa guerra contra a degradação ambiental está sendo vencida, sempre adotando sistemas produtivos e adequados, que resultem numa produção animal ecologicamente correta, introduzindo conceitos de sustentabilidade nas fazendas, granjas e todos os outros estabelecimentos envolvidos.
A contribuição do médico-veterinário também é evidente na Biomedicina, na saúde pública e na biossegurança alimentar, com o objetivo de aumentar a oferta e a qualidade dos alimentos de origem animal.
Nesta data, o CFMV reforça a importância do exercício profissional dos médicos-veterinários e zootecnistas na redução do impacto ambiental, contribuindo para a saúde e o bem estar único dos animais e da sociedade.