A Comissão Regional de Educação da Medicina Veterinária do CRMV-PB, considerando que a Medicina Veterinária é Profissão da Área de Saúde e a urgente necessidade do retorno às atividades práticas presenciais, vem a públicocobrar dos gestores municipais das cidades de João Pessoa, Areia, Campina Grande, Patos e Sousa, celeridade na vacinação dos docentes e discentes dos cursos de Medicina Veterinária ofertados nos municípios citados, em especial, para os alunos e professores do Ciclo Profissional dos Cursos, uma vez que, a ausência de atividades práticas refletirá na formação dos futuros profissionais que estarão à serviço da Sociedade.
Comissão Regional de Educação da Medicina Veterinária do CRMV-PB
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou nesta quinta-feira (24), no Diário Oficial da União, a Portaria 176/2021 que estabelece os requisitos para que fabricantes de produtos alimentícios artesanais derivados do pescado tenham produtos certificados pelo Selo Arte.
A portaria traz definições específicas do pescado, estabelece formas de reconhecimento de produtos como artesanais, reforça as exigências de Boas Práticas Agrícolas e de Fabricação e determina a elaboração do manual de boas práticas.
A Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação realizou duas consultas públicas para colher sugestões da sociedade civil, estados e parceiros, que contribuíram para a construção do regulamento, resultando em um texto com maior clareza ao abordar aspectos de legislações específicas, em especial, sobre o exercício regular da atividade pesqueira.
Com a publicação, o Mapa busca estimular a formalização do pescado e seus produtos provenientes da aquicultura familiar e o acesso, pelos consumidores, a alimentos diferenciados.
Requisitos
A Portaria estabelece que os alimentos artesanais derivados do pescado devem ser identificados a partir de quatro requisitos. O primeiro é o uso de técnicas e utensílios que influenciem ou determinem a qualidade e a natureza do produto final, devem ser predominantemente manuais em qualquer fase do processo produtivo.
O produto final precisa ser individualizado, genuíno e manter a singularidade e as características tradicionais, culturais ou regionais. É permitida a variabilidade sensorial entre os lotes.
A utilização de ingredientes industrializados deve ser restrita ao mínimo necessário, sendo vedada a utilização de corante e aromatizante artificiais, assim como outros aditivos considerados cosméticos.
O quarto requisito define que o processamento tem que ser feito a partir de receita tradicional, que envolva técnicas e conhecimentos de domínio dos manipuladores.
Conforme o regulamento, atendidos os quatro requisitos, poderão ser considerados artesanais produtos derivados do pescado inteiro, ou de suas partes, desde que provenientes da pesca artesanal ou da aquicultura familiar, e comprovadamente reconhecidos como tradicionais no consumo regional ou na cultura da região onde se apresentam.
A comprovação pode ocorrer por meio de Registros de Bens Culturais de Natureza Imaterial ou registro de Indicação Geográfica, mas é necessário que a produção ocorra de forma artesanal e seja expressa em seu Caderno de Especificações Técnicas.
De acordo com a Portaria, é necessário que o enquadramento do pescado e produto alimentício derivado em artesanais observe o exercício regular da atividade pesqueira, em conformidade com a Lei nº 11.959/2009 , assim como atos normativos relacionados a proibições de captura de espécies protegidas.
Em sessão remota realizada nesta quarta-feira (23), o Senado Federal aprovou por unanimidade as mudanças da Câmara dos Deputados ao projeto que autoriza o uso de fábricas de imunizantes veterinários para a produção de vacinas contra a covid-19 (SCD ao PL 1.343/2021).
“São fábricas com tecnologia de ponta e biossegurança de primeiro mundo. Quando sancionada a lei, são previstas mais de 400 milhões de doses a serem produzidas em 90 dias. Isso significa milhões de vidas salvas com a vacinação. Os médicos-veterinários trabalhando pelo bem da humanidade”, comemorou o médico-veterinário Francisco Cavalcanti de Almeida, presidente do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV).
O autor do projeto é o médico-veterinário e senador Wellington Fagundes (PL-MT). Ele ressalta que o objetivo é facilitar e estimular a utilização dessas plantas industriais para ampliar a oferta de doses da vacina e acelerar o processo de imunização da população brasileira. “Agora, o projeto segue para sanção do presidente da República, que já sinalizou ser favorável a iniciativa. Vamos resolver o problema das vacinas no Brasil”, garantiu o parlamentar.
De acordo com o texto, os parques fabris de imunizantes animais a serem utilizados deverão cumprir todas as normas sanitárias e as exigências de biossegurança próprias dos estabelecimentos destinados à produção de vacinas para humanos.
O controle e a fiscalização da produção das vacinas contra covid-19 serão feitos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Todas as fases relacionadas à produção, ao envasamento, à etiquetagem e à embalagem de vacinas para uso humano deverão ser realizadas em ambientes fisicamente separados daqueles usados para vacinas veterinárias.
Assessoria de Comunicação do CFMV, com informações do Senado Federal
Sempre que há mudança de temperatura, seja para o frio ou o calor, vários animais mudam seu comportamento, com o objetivo de perder ou ganhar temperatura para se adaptarem às novas condições do meio ambiente. Aqueles que vivem em zoológicos não são diferentes. “Algumas espécies sentem mais frio do que outras, mas as de origem tropical e de regiões quentes são as que mais sofrem”, afirma o zootecnista Carlos Frederico Grubhofer, do zoológico de Curitiba (PR), integrante da Câmara Técnica de Zootecnia do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV).
“É comum que os mamíferos, por exemplo, acompanhem o deslocamento do sol ao longo do dia, permaneçam mais tempo próximos uns dos outros e que busquem abrigo do vento e da chuva. As aves abrem suas asas, expondo seu peito em direção ao sol, enquanto jacarés emergem nas horas de sol e submergem se o sol estiver encoberto e os lagartos procuram rochas e pedras banhadas pelo sol”, relata Grubhofer, que também é diretor tesoureiro do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Paraná (CRMV-PR)
Os animais têm formas diversas de produção, ganho e captação de energia e calor, bem como de adaptação às condições ambientais. Algumas espécies produzem calor internamente, por meio da transformação da alimentação em energia calórica, embora também captem energia do meio ambiente e do contato com os outros animais. Outras não produzem calor, somente o obtém a partir do meio ambiente.
Os animais homeotérmicos, incluindo os humanos, consomem maior quantidade de alimentos termogênicos – aqueles que geram maior quantidade de calor (carboidratos, gorduras) e procuram lugares quentes, se abrigam do vento e se agrupam, o que faz com que a temperatura corporal aumente e reduza a perda de calor.
“As dietas dos animais homeotérmicos, no inverno, são constituídas de alimentos mais calóricos, com maior eficiência na produção de calor pelo animal, como milho, castanhas, pinhões, carboidratos em geral, e até mesmo alimentos quentes, como acontece com alguns primatas”, explica o zootecnista.
O zootecnista revela que animais com pelos ficam mais peludos – seja pelo crescimento, espessamento ou incremento da quantidade de fios. Com isso, reduzem o contato do vento com a pele, melhorando o aquecimento do corpo. Já os animais de penas, normalmente, sentem menos o frio, pois elas geram uma camada protetora contra o vento e a perda de calor.
Em relação às espécies que não geram seu próprio calor (caso dos pecilotérmicos, como répteis e peixes), a tendência é que busquem se abrigar em locais quentes, como pedras, água quente, sol, terra, de onde retiram o calor que precisam. Outra forma que usam para se proteger nesse período é evitar se expor ao frio, vento e água fria, que fazem baixar sua temperatura corporal.
Como ficam manejo e ambiente no zoológico?
Os zoológicos possuem equipes técnicas que gerenciam as questões ligadas às mudanças de temperatura ambiental, planejando e organizando as atividades, os manejos, a ambientação e alimentação para o enfrentamento das variações térmicas.
“O planejamento inicial, na construção dos ambientes, é fundamental, daí, percebe-se nos zoológicos a preocupação na construção dos recintos de forma que sejam ventilados e frescos, no verão, e secos, quentes e sem correntes de vento, no inverno”, explica.
O manejo para o inverno deve prever ambientes quentes e secos nos locais para o descanso, com a colocação de “camas” de palha ou outro material que isole o frio que vem do solo, principalmente em recintos feitos de concreto, cimento ou lajotas. Pode haver colocação de anteparos e fechamentos que impeçam a passagem de correntes de ar e, principalmente, de umidade.
“Há dois ambientes diferentes, na maior parte dos recintos do zoológico: um indoor (área fechada, também chamado de cambiamento) e um solário, visando, inclusive, ao manejo no frio, quando os animais são recolhidos nas horas ou dias mais frios e soltos nos solários nas horas mais quentes. Para espécies muito sensíveis ao frio, os ambientes indoor podem ser aquecidos, para o manejo nos dias mais frios ou úmidos”, explica Grubhofer.
O zootecnista afirma que, “com toda a tecnologia disponível na aclimatação de ambientes, gestão de recursos alimentares e técnicas para a sua preparação e no conhecimento das espécies, o manejo dos animais selvagens nas diferentes estações e climas não é mais um problema e a sua manutenção em zoológicos tem sido possível com grande bem-estar e conforto, propiciando a conservação de espécies em praticamente qualquer lugar”, diz.
Fonte: Carlos Frederico Grubhofer é zootecnista, atua nas áreas de nutrição, manejo alimentar e geral, bem-estar e ambientação animal e gestão ambiental. Trabalha no zoológico de Curitiba, como chefe de nutrição. É diretor tesoureiro do CRMV-PR e integrante da Câmara Técnica de Zootecnia do CFMV.
Palestras, premiação e lançamento de uma revista sobre o tema marcaram o 17 de junho, Dia da Medicina Veterinária Militar. O principal evento da data foi o II Seminário Muniz de Aragão, em um hotel de Brasília, realizado pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), em parceria com os conselhos regionais de Rio de Janeiro (CRMV-RJ), Minas Gerais (CRMV-MG) e São Paulo (CRMV-SP).
O evento foi transmitido, ao vivo, pelo canal do YouTube do CFMV, a partir das 8h30. Congregou seis palestras proferidas por médicos-veterinários militares das Forças Armadas, o lançamento da Revista da Medicina Veterinária Militar e a solenidade de entrega das comendas Muniz de Aragão 2020 e 2021 – premiação concedida pelo CFMV, cuja proposta surgiu durante o primeiro seminário, realizado dois anos atrás, na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), em Resende (RJ). Os premiados foram, respectivamente, o coronel Francisco Augusto Pereira dos Santos e o tenente-coronel José Roberto Pinho de Andrade Lima, ambos do Exército Brasileiro.
Foi também entregue, ao médico-veterinário Cláudio Roberto Madruga, a medalha referente à edição 2019 do Prêmio Paulo Dacorso Filho. Outorgado ao profissional que tenha prestado relevantes serviços à ciência veterinária e ao desenvolvimento agropecuário do país, a premiação é anual, porém teve a solenidade adiada devido às restrições impostas pela pandemia da covid-19.
O presidente do CFMV, Francisco Cavalcanti de Almeida, fez a abertura do evento, durante a qual pediu um minuto de silêncio, em respeito às vítimas fatais da infecção causada pelo novo coronavírus, em especial, aos colegas de profissão. Lembrou a alegria de ter participado do I Seminário Muniz de Aragão, em 2019, do conhecimento adquirido na ocasião e da ideia da comenda direcionada a médicos-veterinários militares. “Percebi ali a importância da Medicina Veterinária no Exército Brasileiro”, afirmou.
Em seguida, convidou o presidente do CRMV-RJ, Rômulo Spinelli, a proferir algumas palavras. Spinelli lembrou que o evento deste ano seria no Rio de Janeiro e foi transferido para Brasília. Foi um pedido do presidente do CFMV, aproveitando a realização da Câmara Nacional de Presidentes do Sistema CFMV/CRMVs, para que as lideranças do Sistema pudessem participar do seminário. “Espero que o próximo volte a ocorrer na Aman, um lugar aconchegante, onde fomos muito bem recebidos”, comentou.
Lançamento da Revista da Medicina Veterinária Militar
Além das palestras, a manhã de evento teve o lançamento da Revista da Medicina Veterinária Militar, iniciativa do coronel Francisco Augusto Pereira dos Santos. A publicação, em edição única comemorativa, visa fazer um registro de todas as etapas da Medicina Veterinária Militar no Brasil. “Sempre tive vontade de mostrar a nossa história, sem ser no formato de livro. Precisamos sempre lembrar quem abriu caminho para que hoje estejamos aqui”, afirmou.
Defesa alimentar e biológica no II Seminário Muniz de Aragão
A primeira apresentação ficou a cargo da Coronel Beatriz Helena Felício Fuck Telles Ferreira, do Ministério da Defesa. Seu tema, “As ações do médico-veterinário militar na defesa alimentar”, envolve trabalho em ranchos nas unidades militares e operações, muitas vezes, em locais inóspitos.
Ela já havia palestrado no I Seminário Muniz de Aragão, dois anos atrás, e lembrou o histórico das doenças transmitidas por água e alimentos. Frequentemente, segundo gráficos que apresentou, oriundos de uma pesquisa feita nos Estados Unidos, as chamadas DTAs causam mais baixas do que as próprias batalhas. “Essas doenças são negligenciadas, pois, na maioria das vezes, não se procura o serviço de saúde. Até surtos passam despercebidos, na comunidade e em unidades militares”, afirmou.
Beatriz lembrou que a preocupação com o terrorismo alimentar aumentou no mundo após os ataques às Torres Gêmeas, em 2001, e aproveitou para falar sobre o Grupo de Trabalho de Defesa Alimentar do Ministério da Defesa, criado em 2019.
“A Veterinária Alimentar sensibilizou autoridades sobre a necessidade de evitar a contaminação intencional de água e alimentos. É preciso identificar riscos e adotar medidas de prevenção do campo à mesa e criar a cultura em defesa alimentar em todo o efetivo”, alertou, relatando que o GT está concluindo o regulamento de defesa alimentar das Forças Armadas.
No retorno às palestras, foi a vez de a major Jacqueline Roberta Soares Salgado, do Instituto de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear (IDQBRN) apresentar ações de defesa biológica. Ela apresentou como ocorre o treinamento e a atuação dos médicos-veterinários militares em diversos eventos e operações do Exército Brasileiro, lembrando que Marinha e Aeronáutica também possuem seções voltadas à Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear (DQBRN).
“A DQBRN atua em situações de guerra e não guerra, que englobam prevenção e combate ao terrorismo, controle de material tóxico e cooperação com organismos internacionais”, explicou a major, relatando que também atua com outros profissionais na assessoria científica do Itamaraty para a prevenção ao bioterrorismo. “As pesquisas vão além do viés militar”, concluiu, encerrando sua apresentação com uma frase de Ruy Barbosa: “O Exército pode passar 100 anos sem ser usado, mas não pode passar um minuto sem estar preparado”.
Ações contra a covid-19 no II Seminário Muniz de Aragão
A tarde começou com uma apresentação do coronel Francisco Augusto sobre as ações do médico-veterinário militar no combate à covid-19. Em sua palestra, brincou dizendo que a coronel Beatriz e a major Jacqueline abordaram muito do que ele iria falar, mas que isso é normal, pontuando: “No Exército, conseguimos atuar em quase todas as áreas da Medicina Veterinária”.
Destacou que todos os ranchos do Exército passam pelo Programa de Auditoria em Segurança Alimentar (Pasa), que orienta a higidez desses locais, citou o centro de reprodução de equinos, onde há também animais de produção, a Coudelaria de Rincão, em São Borja (RS), os centros de preservação de vida silvestre, que abrigam animais que não puderam ser reintroduzidos na natureza; além de ações de saúde pública no Brasil e no Haiti.
Fora das atividades de rotina, ele atuou na Operação Covid-19, na qual médicos-veterinários contribuíram diretamente para a execução de procedimentos de biossegurança, como no transporte de pacientes com covid-19 entre estados, bem como de usinas e cilindros de oxigênio para suprimento de unidades de saúde. As Forças Armadas também realizaram campanhas de prevenção, como a Marinha, em comunidades ribeirinhas; fizeram distribuição de cestas básicas e desinfecção de espaços públicos . No Rio de Janeiro, abriram postos de vacinação drive-thru para a população. Marinha, Exército e Aeronáutica uniram esforços, segundo Santos. “Toda a operação foi sempre conjunta das três forças”, pontuou o coronel veterinário.voltar ao índice
Entrega das comendas Muniz de Aragão e do Prêmio Paulo Dacorso 2019
Após a palestra, o seminário foi interrompido e o coronel voltou à frente da plateia para receber, das mãos do presidente do CFMV, a Comenda Muniz de Aragão. A outorga é dada anualmente aos médicos-veterinários militares que tenham prestado relevantes serviços à Medicina Veterinária Militar Brasileira e ao fortalecimento da Veterinária Militar. Em reportagem publicada no site do CFMV, em fevereiro, é possível conhecer um histórico de sua carreira como médico-veterinário do Exército Brasileiro, onde atua desde 1989. Atualmente, ele é acadêmico titular da Academia de Medicina Veterinária do Rio de Janeiro e membro da Comissão Estadual de Saúde Pública Veterinária do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio de Janeiro (CRMV/RJ).
Em seguimento à solenidade, todos conheceram o vencedor de 2021 da comenda do CFMV: o tenente-coronel baiano José Roberto Pinho de Andrade Lima, professor/pesquisador da Escola Superior de Guerra (ESG), campus Brasília (DF). Ele recebeu a comenda das mãos da vice-presidente do CFMV, Ana Elisa Fernandes de Souza Almeida, sua conterrânea, a convite de Francisco Cavalcanti.
Graduado em Medicina Veterinária, em 1995, pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), o tenente-coronel Lima cursou doutorado em Saúde Pública na mesma instituição, após ter concluído mestrado em Ciências Veterinárias na Universidade de Montreal, no Canadá. O pós-doutorado em Saúde Global e Ambiental, concentrado em Saúde Única, foi realizado na Universidade da Flórida.
Pelo Exército, o oficial participou da missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti, como chefe dos intérpretes e oficial de Gestão Ambiental/Vigilância Sanitária do Batalhão Brasileiro da Força de Paz, entre 2009 e 2010. Atuou em várias unidades militares e, desde 2019, integra o Grupo de Trabalho de Defesa Alimentar do Ministério da Defesa.
A solenidade ainda teve a entrega do Prêmio Paulo Dacorso 2019 ao pesquisador Claudio Madruga, cuja homenagem foi adiada, em virtude das restrições impostas pela pandemia da covid-19. Madruga é pesquisador da Embrapa Gado de Corte, no Mato Grosso do Sul, e foi indicado ao prêmio pelo CRMV-MS. Em janeiro deste ano, o site do CFMV fez uma reportagem com o médico-veterinário.
Em seu discurso de agradecimento, o agraciado de 2020 da comenda Muniz de Aragão manifestou sua satisfação e orgulho. O coronel mencionou, mais de uma vez, aqueles que o precederam, e fez deferência aos colegas indicados. “Qualquer um que estivesse aqui seria merecedor”.
Apesar do tom carregado de emoção, em que lembrou o esforço empreendido em missões que muitas vezes o mantiveram afastado da família, Santos usou o bom humor para contar que está cursando mestrado. “Quem sabe me tornarei o mais velho doutor em Medicina Veterinária?”
Na sequência, o tenente-coronel Lima, vencedor de 2021, manteve o tom leve, dizendo que não teve um ano para se preparar, portanto, não poderia fazer um discurso tão sentimental como o coronel. Com generosidade, agradeceu ao CRMV-BA e ao coronel Marcelo Maia Chiesa, da Escola Superior de Guerra, pela indicação, bem como ao próprio CFMV, por ter escolhido seu nome, entre tantos indicados.
Homenageou ainda Ana Elisa, que foi sua professora na UFBA e, desmentindo a promessa inicial, lembrou com emoção o esforço da mãe, Amélia, para sua criação como mãe solo e o terremoto no Haiti, em 2010, quando foi deslocado de última hora da missão na qual acompanharia a médica sanitarista Zilda Arns, vítima fatal da tragédia no país da América Central. “Muniz Aragão vive nos exemplos, no legado e é um farol para todos os médicos-veterinários militares”, concluiu.
Madruga, vencedor do Paulo Dacorso Filho, destacou que “receber uma distinção como o Prêmio Paulo Dacorso é um momento ímpar para um médico-veterinário”. Ressaltou o longo trajeto percorrido, agradeceu a indicação, feita pelo CRMV-MS, e recordou a vulnerabilidade econômica da infância. Ao citar a Embrapa Gado de Corte, na qual atua como pesquisador, emocionou-se ao lembrar colegas já falecidos, sem deixar de mencionar colegas da Universidade Federal da Bahia. Lá, cursou mestrado em Imunologia e foi professor visitante. “Sou gaúcho de nascimento, sul-mato-grossense por adoção e baiano de coração”, resumiu.
Após a entrega das outorgas, o presidente do CFMV parabenizou os agraciados e voltou a lembrar o evento de 2019, quando “teve a honra de almoçar com filho e neto de Muniz de Aragão e conhecer a importância e vasta atuação dos médicos-veterinários militares”. Cavalcanti anunciou a criação da Comissão Nacional de Medicina Veterinária Militar, convidando a coronel Beatriz a presidi-la e indicar os demais integrantes.
Lembrou a história e legado de Muniz de Aragão, inclusive no ensino, mas sinalizou que, nesse aspecto, a situação atual é preocupante para a Medicina Veterinária. Classificou como desastre a existência de 469 cursos de graduação autorizados pelo Ministério da Educação, além de 16 de ensino a distância.
Cavalcanti reforçou: “O que nos interessa é qualidade de cursos, não queremos a mercantilização”. O presidente aproveitou a oportunidade para relatar a atuação institucional pela aprovação e melhoria do Projeto de Lei nº 7036/2017, que em seu texto original determina apenas 10% de atividades a distância ao longo do curso de graduação de Medicina Veterinária.
“Ajudamos no parecer do relator, mantendo esse percentual e, em 2019, baixamos resolução rejeitando o registro de egressos de cursos 100% presenciais. Com isso, recebemos ações judiciais vindas dos mantenedores de ensino privado, que têm poder econômico pesado. Ainda estou respondendo a processos”, contou Cavalcanti.
Neste ano, segundo o presidente do CFMV, o relator fez nova proposta, passando para 30% o total permitido para ensino a distância no curso, o que o levou a procurar a presidente da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, Professora Dorinha, do Tocantins. “Pedi para retirar o substitutivo e manter o texto original, além de inserir a criação do exame nacional de proficiência dos cursos de Medicina Veterinária, a determinação de que o CFMV possa participar de forma decisiva da aprovação de novos cursos de graduação e a ampliação da carga horária para seis mil horas”, detalhou.
A deputada decidiu, então, solicitar que o PL entre em audiência pública, para a qual o presidente do CFMV será convidado. O conselho está também preparando proposta, ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), de assumir a avaliação dos formandos.
“Gostaria do apoio da sociedade para a aprovação do PL, em sua versão original. Há uma imensidão de processos éticos profissionais nos conselhos regionais e, nos que estão em segunda instância, vemos a falta de postura de muitos profissionais. Estou preparado, no limite das minhas forças, para defender o ensino da Medicina Veterinária. Para isso, preciso do apoio das nossas representações, associações e da sociedade para que se constitua uma frente ampla em defesa da veterinária”, conclamou Cavalcanti.
No início da tarde, o II Seminário Muniz de Aragão recebeu os médicos-veterinários Milton Thiago de Mello, mais antigo profissional em atividade no país; e Josélio de Andrade Moura, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Veterinária (SBMV). Ambos foram convidados a discursar.
Com o bom humor e sagacidade costumeiros, Mello já começou brincando com a própria idade. “Todos sabem e veem que tenho idade avançada e, no período em que tive a felicidade de ser adulto, tive contato com duas instituições a quem devo quase tudo: o Exército Brasileiro e a Veterinária, mas quem me apoiou sempre foi a família, aqui representada pela minha esposa, que digo ser minha médica particular, porque é psiquiatra”, afirmou, entre risos e aplausos da plateia.
“Essas palmas representam o que sempre digo e um filho dizia: é preciso ser meio maluco para fazer o que você faz – sair da trilha, da obrigação, e fazer algo mais”, recomendou o veterano profissional, que agradeceu a oportunidade ao conselho. Lembrou ter sido testemunha e participante de muitas conquistas da profissão, parabenizou os vencedores das premiações e deu aval às palavras do presidente do CFMV sobre o ensino da Medicina Veterinária.
Já o baiano Moura recordou o fato de ter conhecido Paulo Dacorso Filho, pessoalmente, e que pesquisou discursos dos vencedores da outorga do CFMV que sempre lembraram de Dacorso como sinônimo de competência e entusiasmo pela Medicina Veterinária. “Ele exaltava a necessidade de os colegas serem cada dia mais competentes”, comentou.
Além disso, o presidente da SBMV ressaltou a importância da Medicina Veterinária Militar para a segurança e o desenvolvimento do país, lembrando que Muniz de Aragão também teve papel significativo para os médicos-veterinários civis, pois foi o primeiro diretor do serviço veterinário do Ministério da Agricultura. Entregou um livro ao Coronel Chiesa e, em nome da sociedade, parabenizou a organização do evento.
Chefe da Divisão de Ensino da Escola Superior de Guerra, campus Brasília – que em breve passará a ser chamada de Escola Superior de Defesa – Chiesa ressaltou que a Medicina Veterinária no Exército Brasileiro tem papel fundamental, não só no que se refere aos cuidados com os animais, como também no controle das zoonoses. “A história de Muniz de Aragão deixou frutos promissores para que a Medicina Veterinária brasileira se coloque em situação bastante confortável em termos de controle de zoonoses e, em época de pandemia, vemos quanto é importante o papel da Medicina Veterinária”, comentou o oficial, que compareceu como representante do Ministério da Defesa.
Apresentações da tarde do II Seminário Muniz de Aragão
Três palestras concluíram a programação do II Seminário Muniz de Aragão. O tenente-coronel Leonardo Rodrigo Fonseca Tigre Maia, do 4º Depósito de Suprimento do Exército, abordou a atuação do médico-veterinário na gestão ambiental. Ele explicou a construção do Sistema de Gestão Ambiental do Exército Brasileiro (Sigaeb), iniciada em 2003, com a criação do Regulamento Interno dos Serviços Gerais e Controle Ambiental nas organizações militares. Foram marcos a criação da política de gestão ambiental no Exército Brasileiro, em 2010, e a aprovação da diretriz do programa de conformidade ambiental do Sigaeb, em 2018.
“Os médicos-veterinários, pela multidisciplinaridade da profissão, sempre acabam com o encargo da gestão ambiental, por atuar no guarda-chuva da saúde única”, comentou Tigre Maia, que depois apresentou uma série de ações de assessoria de saúde ambiental e preservação, realizadas em organizações da força.
Já a apresentação do primeiro-tenente Marco Antonio Andrade Rodrigues, do Depósito de Suprimentos de Intendência da Marinha no Rio de Janeiro, foi sobre a inspeção e segurança dos alimentos na Marinha do Brasil. Explicou a estrutura da Divisão Técnica, os regulamentos seguidos e números de análises realizadas em gêneros alimentícios pela unidade, inclusive casos de fraude, que são frequentes, demonstrando com imagens situações vivenciadas em sua rotina. “Somos os detetives, temos de buscar o erro e ser os mais minuciosos possível”, afirmou.
Para encerrar a intensa programação, o segundo-tenente Thiago Santin, do Quadro de Oficiais da Reserva de 2ª Classe Convocados, falou sobre o trabalho do médico-veterinário militar da Força Aérea Brasileira (FAB), mais especificamente, na Fazenda da Aeronáutica de Pirassununga (FAYS), estado de São Paulo. O local, com 6,3 mil hectares, existe desde o final da década de 1940, numa área adjacente à destinada para instrução de voo.
A FAYS tem criações de gado de leite, corte e suínos, cujas seções são comandadas por médicos-veterinários responsáveis técnicos, nas unidades de bovinocultura leite, de laticínios, laboratórios, suinocultura e do matadouro e frigorífico. Lá, são processados alimentos enviados às unidades da FAB.
“Atividade leiteira é holística e multifatorial, tem de saber de tudo um pouco”, disse, sobre a sua área de atuação, destacando: “O veterinário do presente tem de saber trabalhar com informação, números e tomar decisões a partir disso”, assinalou Santin. Ele ressaltou a preocupação com o bem-estar animal e o uso de tecnologias modernas de produção na FAYS, o que impressionou a plateia do II Seminário Muniz de Aragão e gerou várias promessas de futuras visitas ao lugar.
Revista CFMV terá edição dedicada à Medicina Veterinária Militar
No discurso de encerramento do II Seminário Muniz de Aragão, além dos agradecimentos aos palestrantes, participantes e à equipe do CFMV que organizou o evento, Cavalcanti arrancou aplausos ao anunciar uma edição da Revista CFMV totalmente dedicada à Medicina Veterinária Militar. “Este é um momento de alegria, de satisfação de tê-los aqui conosco, neste dia em que, tenho certeza, todos nós aprendemos”, afirmou o presidente, que ainda revelou o desejo de chegar aos 105 anos, como o Dr. Milton Thiago de Mello. “Falta pouco, só 22 anos”, calculou, em tom de brincadeira.
O presidente, nascido em Goianinha, interior do Rio Grande do Norte, lembrou suas andanças pelo país e emitiu um último desejo: “Em meu segundo mandato, quero ir para casa com a consciência tranquila de que ajudei, pelo menos um pouquinho, a minha profissão”, encerrou.
Membros do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Paraíba (CRMV-PB), o Secretário-Geral Méd. Vet. Adriano Fernandes e o Coordenador de Fiscalização Méd. Vet. Andreey Teles, participaram na manhã de hoje (17), da reunião com o Secretário Executivo da Secretaria do Meio Ambiente (Semam) da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), Djalma Pereira de Castro Filho, para tratar sobre o projeto do Hospital Público Veterinário de João Pessoa.
Na ocasião, o Secretário Geral do CRMV-PB entregou uma relação de documentos a serem observados para o registro e funcionamento do Hospital Veterinário.
Nos dias 15 e 16 de junho, presidentes e representantes de 26 Conselhos Regionais de Medicina Veterinária (CRMVs), integrantes da diretoria e conselheiros do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) se uniram durante dois dias para a 2º Câmara Nacional de Presidentes (CNP), em Brasília (DF). Eles discutiram ações para unificar e fortalecer o Sistema CFMV/CRMVs e debater ações em benefício da Medicina Veterinária e Zootecnia.
“Excelente. É importante pelas inúmeras informações apresentadas e discutidas que são importantes para a Medicina Veterinária e Zootecnia e outras ações que busca a unificação e o fortalecimento do sistema CFMV/CRMVs”.
“A CNP é um importante fórum de discussão das atividades do Sistema que o CFMV e os presidentes dos regionais celebram e que impactam nas decisões e no aperfeiçoamento das Resoluções elaboraras pelo CFMV ou nas tomadas de decisão da Diretoria. Portanto, na minha opinião, a CNP é uma celebração Técnica, Administrativa, Jurídica, Científica sobre as atividades institucionais do Sistema para a regular fiscalização do exercício profissional, em proteção à sociedade”.
“A CNP congrega o Sistema e aproxima os regionais, possibilitando o avanço das discussões e regulamentação de temas críticos que precisam de normatização para que as profissões possam ser exercidas de forma plena e segura” .
“A interação com os regionais, bem como o conhecimento das distintas realidades aliadas as experiências exitosas que cada um trazem com suas contribuições, é extremamente salutar para oxigenação do sistema e o despertar de novas formas de fazer!”
“A CNP é uma excelente oportunidade para conhecer as particularidades e os anseios de cada região do país, sendo essencial para harmonizar as ações do sistema CFMV/CRMVs e propor estratégias. Na CNP, nós, conselhos regionais, juntamente com o CFMV, trocamos experiências, compartilhamos dores e conquistas, possibilitando ligar um alerta sobre as ações que devemos tomar para implementar um trabalho que resultará em prestação de serviço de qualidade à sociedade”.
“A segunda CNP, que pra mim foi a primeira presencial, me trouxe muito ganho de conhecimento dos CRMVs. Os grupos de trabalho como um todo, contribuíram de forma importante para o andamento dos assuntos de alta relevância ao sistema, bem como os anseios e trocas de experiência entre os Presidentes dos Regionais. A Câmara foi de extrema importância pela troca de experiência e aprendizado”.
“As câmaras nos dão oportunidades de discutimos assuntos das profissões da Medicina Veterinária e Zooctecnia, uniformizar demandas e trocar experiências entre os regionais e fortalecer o sistema CFMV/CRMVs”.
“A coisa mais gratificante dessa Câmara de Presidentes é ver todo o Sistema CFMV/CRMVs buscando melhorar suas ações para os profissionais (Médicos Veterinários e Zootecnistas) e para sociedade”.
“Rondônia participa da Câmara Nacional de Presidentes, onde foram dois dias muito gratificante, saber o tão grande está o comprometimento do CFMV com diversos assuntos que estão sendo tramitando nos GTs”.
“Foram três dias onde todos os presidentes puderam tratar de assuntos inerentes à realidade de cada Regional, buscando melhorias e unificação do Sistema”.
“A CNP é fundamental para a padronização do sistema. A troca de informações entre os 27 conselhos regionais auxilia o Conselho Federal a atender os anseios dos presidentes e a disponibilizar condições de trabalho semelhantes para cada Estado”.
“A retomada da CNP de forma híbrida favoreceu o aprofundamento no debate dos principais temas relacionados ao sistema e também a participação daqueles presidentes e convidados que não puderam estar presentes. O acompanhamento do trabalho das Câmaras técnicas, Grupos de trabalho e os setores administrativos do CFMV é fundamental para direcionar o trabalho dos regionais e atender aos anseios de todos os profissionais médicos veterinários e zootecnistas. Dessa forma, a diretoria do CFMV mostra disposição em cumprir os compromissos firmados com os regionais na busca do fortalecimento da medicina veterinária e zootecnia do nosso país”.
” Winds of change : Ventos de mudança. Estou muito satisfeito com os caminhos que o Conselho Federal está tomando, com as mudanças propostas, rumo a modernidade”.
“Com certeza a Câmara Nacional de Presidentes nos traz um alinhamento das ações a serem traçadas para uma melhor execução no cumprimento da missão do Sistema”.
Presidentes e representantes de 26 Conselhos Regionais de Medicina Veterinária (CRMVs), integrantes da diretoria e conselheiros do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) se uniram durante dois dias para a 2º Câmara Nacional de Presidentes (CNP), em Brasília (DF). Durante dois dias, 15 e 16 de junho, o grupo discutiu ações para unificar e fortalecer o Sistema CFMV/CRMVs e debater ações em benefício da Medicina Veterinária e Zootecnia.
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“A reunião integra o CFMV e os CRMVs, debate assuntos importantes e oferece instrumentos aos gestores para conduzir os CRMVs com efetividade. O Sistema presta contas à sociedade. Nossa maior missão é fiscalizar e retornar à população com resultados, esse é o foco desta gestão. Temos que também garantir a boa formação do profissional e a qualidade dos serviços prestados. “, afirmou o presidente do CFMV, Francisco Cavalcanti de Almeida, na abertura do evento.
A vice-presidente, Ana Elisa Almeida, reconheceu a importância desse tipo de encontro, antes de apresentar os resultados dos trabalhos do Núcleo de Apoio aos Regionais (NAR), criado no início do ano. “Estamos aqui para dialogar com as diretorias, funcionários e atender as demandas levantadas pelos Regionais”, assegurou. O NAR realiza ações de assessoramento aos CRMVs, como atendimentos, treinamentos e projetos digitais, entre outros.
Já o secretário-geral, Helio Blume, resumiu assim a CNP: “Crescimento da integração do Sistema, com maior participação de todos e discussão de ideias”. E a parceria para buscar soluções foi abordada pelo tesoureiro do CFMV, José Maria Filho. “Unificar discurso, somar esforços, fortalecer nossas profissões para que elas tenham o destaque que merecem no cenário nacional”, pontuou.
Primeiro dia
Apresentações
Com o tema “Cenários e perspectivas da Covid-19 no Brasil e no Mundo”, o presidente da Comissão Nacional de Saúde Pública Veterinária do CFMV, Nélio Morais, iniciou as palestras do primeiro dia do evento. Os presidentes das Câmaras Técnicas de Medicina Veterinária (CTMV), Mário Pulga (presidente do CRMV-SP), e de Zootecnia, Wendell José de Lima Melo, prenderam a atenção dos participantes ao abordarem as perspectivas e temas que serão foco do trabalho nas câmaras nos próximos meses.
Grupos de Trabalho
Com o objetivo de entregar resultados e aplicar com efetividade recursos públicos, o CFMV criou Grupos de Trabalho (GTs) para estudar e propor soluções sobre temas de interesse da Medicina Veterinária e Zootecnia. As análises e sugestões desses grupos foram apresentados aos participantes durante a CNP.
O primeiro debate abordou “levantamento de interface entre Vigilância Sanitária e a atuação dos profissionais em estabelecimentos veterinários”. O tema foi apresentado pela presidente do GT, Valéria Rocha Cavalcanti, presidente do CRMV da Paraíba, e pela integrante GT Virginia Emerich, presidente do CRMV do Espírito Santo. “O GT nos dá a oportunidade de contribuir e somar forças em demandas que diz respeito à Medicina Veterinária, áreas de atuações e seus serviços que são voltados à saúde única e bem estar animal”, diz Valeria. “É importante que o médico-veterinário se manifeste nas consultas públicas de legislações do MS que impactam diretamente no seu exercício profissional”, alertou Virgínia, ao concluir a palestra.
Um tema sensível e emergente debatido na CNP foi o atendimento médico-veterinário em domicilio, exposto por Francisco Atualpa Soares Júnior, presidente do CRMV do Ceará e do GT criado para analisar e discutir propostas de normatização sobre o assunto. “É importante o Sistema discutir e propor ações sobre essa regulamentação e tentar minimizar os problemas e denúncias relativas ao atendimento domiciliar”, concluiu Soares.
A atuação dos médicos-veterinários e zootecnistas que são responsáveis técnicos em projetos de crédito rural instituídos pelo poder público ou privado em atividades econômicas foi assunto abordado pelo presidente do CRMV de Mato Grosso do Sul e do GT que estudou o tema, Rodrigo Piva. “Vamos estabelecer critérios norteadores para a fiscalização pelo Sistema CFMV/CRMVs”, afirmou Piva.
Outros assuntos discutidos no primeiro dia da CNP foram a competência regulamentar dos CRMVs e atividades da Controladoria do Federal.
Segundo dia
O tema Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD, inaugurou o segundo dia do evento. A norma federal estabelece regras para o uso, coleta, armazenamento e compartilhamento de dados dos usuários por empresas públicas e privadas. “O principal objetivo da lei é garantir mais segurança, privacidade e transparência no uso de informações pessoais” disse Lucas de Souza Dias, presidente do GT que estuda a norma, que vai afetar diretamente o Sistema.
O presidente do Grupo de Trabalho de Fiscalização, Igor Andrade, apresentou cronograma de treinamentos dos fiscais nos CRMVs e sugeriu ações de padronização de procedimentos. “Propomos estratégias para otimizar a atuação fiscal. O GT vai auxiliar no que for necessário, além de dar todo o suporte para que processo fiscalização possa ser monitorado, com correções e melhorias”, destacou Andrade, na sua apresentação.
O diretor do Departamento da Tecnologia da Informação (TI) do CFMV, Marcos Paulo Paranhos Del Fiaco, finalizou o dia de palestras e mostrou os avanços dos projetos de TI no Sistema CFMV/CRMVs e as metas em curto e longo prazo.
Na tarde do segundo dia de evento, os presidentes dos CRMVs reuniram-se com a diretoria do CFMV para debater temas gerais e expor suas dúvidas e perspectivas na condução da gestão dos regionais.
Hoje, 17 de junho, é Dia da Medicina Veterinária Militar, uma homenagem à data de nascimento do Tenente-Coronel João Muniz Barreto de Aragão. Esse pioneiro, médico de formação, desenvolveu relevante trabalho no combate a zoonoses, em especial, ao mormo. Além disso, criou e dirigiu o Serviço de Defesa Sanitária Animal, embrião do que viria a ser o Serviço de Inspeção Federal do Ministério da Agricultura.
O médico-veterinário que, atualmente, compõe o efetivo das Forças Armadas, das Polícias Militares e do Corpo de Bombeiros nos estados tem atribuições diversas, que vão além de zelar pela saúde e bem-estar dos animais que participam das missões. Em quartéis, unidades militares e operações, esse profissional atua pela qualidade dos alimentos servidos e na defesa biológica, tendo papel decisivo na biossegurança.
O controle de pragas e vetores, das zoonoses e a gestão ambiental, na atuação com espécies silvestres, são outras atribuições dos médicos-veterinários militares. Isso inclui, ao longo da atual pandemia, ações de saúde para a população na prevenção à covid-19.
As missões são árduas, mas Muniz de Aragão foi exemplo e inspiração de integração entre saúde humana e saúde animal. Junto ao cuidado com o meio ambiente, o tripé da saúde única já estava presente nas ações do tenente-coronel, no início do século XX.
Hoje, comemoramos suas realizações como patrono da Medicina Veterinária Militar. Que seu legado permaneça e subsidie muitas gerações de médicos-veterinários de todo o Brasil. Meus parabéns a todos os médicos-veterinários militares e muito obrigado pela oportunidade de convivência e aprendizado.
Francisco Cavalcanti de Almeida, presidente do Conselho Federal de Medicina Veterinária
Devido à implementação de novos recursos, o Sistema de Cadastro de Profissionais e Empresas (Siscad) ficará fora do ar a partir das 17h de sexta-feira, 18 de junho. O sistema do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) seguirá temporariamente indisponível até domingo (20), com previsão de retorno à normalidade na manhã de segunda-feira, dia 21.
Ou seja, quem estiver planejando acessar algum serviço deve se planejar para fazê-lo até sexta-feira, à tarde, ou aguardar até a próxima segunda-feira. Durante a interrupção dos serviços do Siscad, as seguintes ações estarão indisponíveis:
– Consulta ao cadastro de médicos-veterinários e zootecnistas;
– Emissão de Anotação de Responsabilidade Técnica Eletrônica (e-ART);
– Emissão de boletos por profissionais e empresas;
– Consulta ao SiscadWeb, versão do cadastro para dispositivos móveis.
“O sistema vai receber melhorias que vão beneficiar a todos. Agradecemos a compreensão”, afirma o diretor de Tecnologia da Informação do CFMV, Marcos Paulo del Fiaco.