O Brasil tem o 4ª maior rebanho equino do mundo, com aproximadamente 5,7 milhões de animais. Este setor, segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), movimenta R$ 30 bilhões, ocupando um espaço cada vez mais importante no agronegócio.
Nesta quinta-feira (16), Dia Internacional do Cavalo, o Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB) destaca a importância do animal para economia e reforça que ele precisa de cuidados especiais para manter a sua saúde e a saúde humana.
O médico-veterinário José Cecílio, presidente do CRMV-PB, atua com animais de grande porte. Ele destaca que assim como o ser humano, os cavalos precisam de rotinas e cuidados como a prática de exercícios físicos, alimentação balanceada, higiene e limpeza, além de vacinação e vermifugação.
Os cavalos precisam ter a vacinação sempre em dia, para evitar maior parte das enfermidades. “Sempre é bom lembrar que para realizar a vacinação, os cavalos devem estar livres de parasitas, por isso é preciso realizar a vermifugação”, destacou, lembrando que é fundamental manter visita periódica do veterinário para que ele possa estabelecer datas corretas para a vacinação e a aplicação do vermífugo.
José Cecílio afirma que a alimentação do cavalo deve conter feno, grãos e sais minerais. “É importante oferecer essa alimentação em pequenas porções várias vezes ao dia. Não se pode esquecer de deixar água limpa e fresca sempre à disposição”, disse, lembrando que a quantidade correta de alimento varia de acordo com o animal, idade e peso.
Outro cuidado que deve ser mantido é com os cascos do animal para evitar infecções que possam causar problemas sérios. O casco, assim como a unha dos humanos, cresce cerca de 8,5 milímetros por mês. Com isso, o ideal é realizar o casqueamento mensalmente.
Os dentes do cavalo merecem atenção especial. Animais com problemas nos dentes podem sofrer com perda de peso, descarga nasal, aumento da agressividade, acúmulo de alimentos na boca e dificuldades de mastigação. Segundo o veterinário, os dentes dos equinos não param de crescer e precisam de desgaste para se manter no tamanho ideal e quando eles estão confinados esse desgaste é menor, pois comem alimentos mais macios.
O Ministério da Educação (MEC) aprovou 40 Projetos Pedagógicos de Cursos de graduação de Medicina Veterinária entre 2018 e 2021. O fato vem causando preocupação, pois estudo realizado pela Comissão Nacional de Educação da Medicina Veterinária do Conselho Federal de Medicina Veterinária aponta que os possíveis novos cursos não possuem condições de funcionamento. Isso motivou uma Ação Civil Pública por parte do Conselho Federal de Medicina Veterinária, pedindo a suspensão da abertura de novos cursos e vagas por, no mínimo, cinco anos, ou até que seja possível verificar a qualidade deles.
Na Paraíba existem 12 cursos de Veterinária que juntos são responsáveis pela abertura de 2.010 novas vagas por ano. O Brasil conta com 536 cursos, 22 no modelo Ensino à Distância (EaD), que jutos oferecem 107.427 vagas todos os anos. No mundo, há 320 cursos superiores na área. Os Estados Unidos, por exemplo, possuem 32 escolas de Medicina Veterinária, enquanto a Europa inteira reúne 95 e a China, 22.
No Estado, a qualidade dos cursos vem sendo debatida pela Comissão de Educação do Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB), que realizou este mês o I Encontro de Coordenadores de Cursos de Medicina Veterinária do Estado da Paraíba. O presidente do Conselho, José Cecílio, afirmou que o Conselho tem preocupação e que colaborar com a formação do profissional que chega ao mercado, por isso, está trabalhando junto às faculdades, estreitando relações, para contribuir com a qualidade do ensino.
De acordo com o presidente da Comissão, o vice-presidente do Conselho Regional Adriano Fernandes Ferreira, o objetivo do trabalho é construir com gestão, docentes e discentes estratégias que auxiliem na qualidade do processo ensino-aprendizagem.
“Temos essa preocupação constante no Conselho já que a educação reflete diretamente na qualidade dos profissionais que chegam ao mercado. Estamos em contato com os coordenadores para entender as dificuldades vivenciadas e também auxiliar na implantação das novas diretrizes curriculares do curso”, destacou Adriano Fernandes.
O Encontro de Coordenadores de Cursos de Medicina Veterinária do Estado da Paraíba contou com a presença da professora doutora Maria José de Sena (ex-reitora da UFRPE e presidente Nacional de Educação de Medicina Veterinária do CFMV) que apresentou o Diagnóstico Situacional da Qualidade dos Cursos de Medicina Veterinária submetidos a Análises para Fins de Autorização no período de 2018 a 2021.
“Estão colocando no mundo do trabalho, jovens que, em sua maioria, não estão sendo formados adequadamente para lidar com vidas animais e humanas, considerando a importância da atuação médico-veterinário nas diversas áreas que impactam diretamente o bem-estar dos seres e do ambiente”, sinaliza a professora Maria José de Sena.
Estudo – A Comissão Nacional de Educação da Medicina Veterinária identificou vulnerabilidades no conteúdo programático e na qualificação do corpo docente, bem como verificou inconsistências de metodologia, gestão e infraestrutura. Os projetos pedagógicos foram considerados inexequíveis pela comissão por não atenderem as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) da Medicina Veterinária, atualizadas em 2019 pela Resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE/MEC) nº 3.
O estudo é o desdobramento do trabalho iniciado pela comissão em agosto de 2020, quando avaliou 215 IES que participaram do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2019. Ao observar os baixos conceitos aferidos pelo Enade, a comissão passou a acompanhar as solicitações encaminhadas ao MECentre 2018 e 2021. “É um crime o que essas instituições estão fazendo, enganando os estudantes e a sociedade”, conclui Maria José.
Entre 2018 e 2021, o Ministério da Educação (MEC) aprovou 40 Projetos Pedagógicos de Cursos (PPCs) de graduação de Medicina Veterinária. Porém, segundo estudo realizado pela Comissão Nacional de Educação da Medicina Veterinária do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CNEMV/CFMV), nenhum desses possíveis novos cursos, pertencentes a instituições privadas, possui condições mínimas de funcionamento. Os dados foram obtidos por meio do Sistema de Regulação do Ensino Superior (e-MEC), a partir de um termo de colaboração firmado entre o conselho e o próprio ministério.
O levantamento motivou o ajuizamento de Ação Civil Pública (ACP) pelo CFMVem face da União, visando à suspensão dos processos e atos autorizativos relacionados a novos cursos e vagas na área da Medicina Veterinária por, no mínimo, 5 anos, ou até que seja possível verificar a qualidade dos cursos existentes e reformular os marcos regulatórios em termos compatíveis com a garantia de qualidade do ensino superior.
Uma das justificativas para judicializar a questão é o crescimento caótico dos cursos de graduação em Medicina Veterinária e o aumento indiscriminado das vagas oferecidas. Atualmente, são 536 escolas com autorização de funcionamento, 22 no modelo Ensino a Distância (EaD). No mundo, há 320 cursos superiores na área.
Se todos os 40 projetos forem adiante, representarão 6.190 novas vagas para futuros médicos-veterinários. Para se ter uma ideia, os Estados Unidos possuem 32 escolas de Medicina Veterinária, enquanto a Europa inteira reúne 95 e a China, 22.O crescimento vertiginoso fica ainda mais exposto quando, pelo próprio e-Mec é possível conferir que no Brasil, em 1980, havia 32 cursos de Medicina Veterinária. Em 2015, eles eram cerca de 200.
Outro fator pontuado na ACP menciona relatórios recentes do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), apontando que o sistema de regulação e avaliação da educação brasileira constantes no Decreto nº 9.235/2017 e na Portaria nº 20/2017 são falhos, quer quanto à instituição das ferramentas e métodos de avaliação, quer quanto à avaliação propriamente dita, quer quanto à supervisão dos cursos e instituições.
Levantamento aponta fragilidades
“Estão colocando no mundo do trabalho jovens que, em sua maioria, não estão sendo formados adequadamente para lidar com vidas animais e humanas, considerando a importância da atuação médico-veterinária nas diversas áreas que impactam diretamente o bem-estar dos seres e do ambiente”, sinaliza a professora Maria José de Sena, presidente da CNEMV e ex-reitora da Universidade Federal de Pernambuco.
A comissão identificou vulnerabilidades no conteúdo programático e na qualificação do corpo docente, bem como verificou inconsistências de metodologia, gestão e infraestrutura. Os projetos pedagógicos foram considerados inexequíveis pela comissão por não atenderem as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs)da Medicina Veterinária, atualizadas em 2019 pela Resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE/MEC) nº 3.
O estudo é o desdobramento do trabalho iniciado pela comissão em agosto de 2020, quando avaliou 215 IES que participaram do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2019. O Enade avalia as instituições e os estudantes em conclusão de curso com conceitos mínimo e máximo, numa escala de 1 a 5. Na ocasião, a CNEMV aferiu que 144 IES avaliadasobtiveram notas entre 1 e 3.
Ao observar os baixos conceitos aferidos pelo Enade, a comissão passou a acompanhar as solicitações encaminhadas ao MECentre 2018 e 2021. A CNEMV analisou os 40 processos disponíveis usando os mesmos instrumentos do Enade, em seis dimensões: pertinência, gestão do curso, metodologia e inovação, formação profissional, corpo docente e infraestrutura.
Pertinência: analisa a necessidade de se abrir o curso na região indicada no projeto, considerando o mercado a ser atendido. No caso, em todo o Brasil, são quase 54 mil profissionais inscritos e não atuantes. Só não se sabe se isso ocorre por saturação do mercado, má-formação profissional ou ambos.
Gestão: refere-se à atuação da coordenação, composição e funcionamento dos colegiados, bem como à organização do Núcleo Docente Estruturante (NDE), unidade responsável por formular o projeto pedagógico do curso e estabelecer as vivências acadêmicas. Nenhuma das 40 propostas analisadas fez referência à estrutura e ao funcionamento, contrariando a Resolução nº 1/2010, da Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (Conaes/MEC). Além disso, apesar de 38 propostas preverem a atuação de médicos-veterinários como coordenadores, em 33 deles a carga horária dividia-se com a docência em mais de uma disciplina, devido ao quadro reduzido de profissionais para ministrar aulas.
Metodologia e inovação: identifica competências e habilidades relacionadas, especialmente, às novas tecnologias, exigidas pelas novas DCNs. Os alunos de EaD, além de sofrerem com as mesmas dificuldades dos cursos noturnos, ainda são negativamente impactados por não estarem diariamente no ambiente de uma escola veterinária. “O contato com o animal, os laboratórios, o campo é o que vai realmente formar com qualidade o futuro profissional”, defende a presidente da CNEMV.
Formação profissional: mostra como os estudantes estão sendo preparados, a qualificação do corpo docente e técnico e o perfil dos responsáveis pela formação dos novos profissionais. Segundo a comissão, nenhum dos 40 cursos avaliados teve avaliação satisfatória nessa dimensão nem atendeu às novas DCNs. Trata-se de cursos majoritariamente focados em clínica e cirurgia de pequenos animais, basicamente formando médicos-veterinários de pets, sem densidade em outros conteúdos obrigatórios, como saúde pública, bem-estar, Medicina Veterinária Legal, animais de produção e animais silvestres.
Os três cursos em horário integral preveem, por semestre, 467 horas de atividades práticas. Já os 36 cursos que funcionam em apenas um turno ministram uma média de 398 horas. Ou seja, mesmo com aulas corridas, percebe-se que não é possível entregar o conteúdo prometido.
Corpo docente: dentre os 40 cursos, 12 funcionam sob a condução de apenas cinco docentes. Apenas dois deles possuem 21 professores. E o número médio de docentes por curso foi de 10,1. A maior parte (52,5%) apresentou dez ou menos professores. A título de comparação, a Universidade Federal de Goiás, na qual uma das integrantes da comissão atua, possui 65 professores nos cursos de Medicina Veterinária e Zootecnia.
Infraestrutura: as propostas foram omissas, sem descrever as exigências para atender às DCNs em relação ao espaço físico e às instalações voltadas à contextualização dos conteúdos aos alunos nas salas de aula, tampouco mencionaram o acervo bibliotecário.
Mesmo após o olhar técnico da comissão e os pareceres insatisfatórios, os projetos foram aprovados pela Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres/MEC) e os cursos encontram-se ativos ou em vias de serem autorizados.
Vale lembrar que o CFMV não tem poder de veto sobre a abertura dos novos cursos, porém se comprometeu a tomar providências sobre a situação identificada pela CNEMV, que põe em xeque os critérios de liberação de novos cursos de graduação em Medicina Veterinária.
Além da ACP, o presidente do CFMV, Francisco Cavalcanti, assegurou a articulação com os ministérios da Educação, Saúde, Casa Civil e o Poder Legislativo para apresentar a Carta de Mato Grosso, em defesa da qualidade do ensino 100% presencial para a Medicina Veterinária. “Meu grande sonho é que qualquer curso da nossa área tenha o aval definitivo do CFMV, após análise aprofundada, banindo irremediavelmente o EaD na graduação.”
“É um crime o que essas instituições estão fazendo, enganando os estudantes e a sociedade”, conclui Maria José.
No Dia Nacional dos Animais de Estimação, comemorado nesta terça-feira (14), o Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB) destaca pesquisas que apontam os benefícios dos pets para a saúde humana. Segundo os estudos, os bichos ajudam a reduzir estresse, diminuir depressão, fazem bem para o coração, ajudam na perda de peso e podem detectar hipoglicemia e até câncer.
O médico-veterinário José Cecílio, presidente do CRMV-PB, reforça que os bichinhos trazem inúmeros benefícios para o ser humano, mas precisam de cuidados especiais. “Os animais trazem inúmeros benefícios para o ser humano e, cada vez mais, estão sendo usados para terapias e até mesmo para visita a tutores que estão internados. Mas sempre é bom lembrar que os pets precisam de uma rotina de cuidados, além de uma alimentação balanceada e hidratação. Recomendamos manter o cartão de vacinação e vermifugação em dia e também fazer visitas periódicas ao veterinário”, destacou
As pesquisas comprovam que os animais são ótimos companheiros e fazem bem à saúde. Atualmente, são utilizados em ações dentro de hospitais e até em terapias externas. Essa prática é chamada de zooterapia ou Terapia Assistida por Animais que consiste na utilização de animais como instrumentos facilitadores de abordagem e que oferece um potencial terapêutico para ajudar e antecipar a recuperação da saúde dos humanos.
Um estudo feito pela Universidade Estadual de Nova York mostrou que os bichos de estimação são ótimas companhias para combater o estresse. A convivência reduz a sensação de solidão, a ansiedade e a depressão, pois em contato com os animais, o ser humano passa a produzir mais hormônios como a ocitocina, prolactina e a serotonina, que melhoram o humor.
Outro benefício do contato com os bichinhos é reduzir o risco de alergias em crianças. Estudos da Universidade de Wisconsin-Madison mostraram que as chances de uma criança ter esse tipo de problema são 33% menores com um bicho de estimação, pois com a convivência os pequenos desenvolvem um sistema imunológico mais forte.
Coração – O contato com animais também faz bem ao coração. Segundo pesquisas dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças e do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, criar um bicho em casa ajuda a reduzir a pressão sanguínea, o colesterol e o nível de triglicérides, ajudando na prevenção contra ataques do coração e outras doenças cardiovasculares. Já um estudo da Universidade de Minnesota afirma que gatos podem ser benéficos para prevenir acidente vascular cerebral, infarto e outras doenças cardiovasculares.
Além de todos esses benefícios, os cachorros ajudam no emagrecimento, de acordo com levantamento do Instituto Wellness, no Hospital Northwest Memorial. As caminhadas com o pet são boas para manter e perder peso, e, segundo outro estudo do Instituto Nacional de Saúde (NHI), dos Estados Unidos, os responsáveis pela saída diária são menos propensos à obesidade, se comparados com quem não possui animal de estimação.
Câncer e hipoglicemia – Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos aponta que cães são capazes de “farejar” o câncer em amostras de sangue e saliva com 95% de precisão. Outro estudo (Universidade Belfast do Queens, na Irlanda, e pela Universidade de Lincoln, na Inglaterra) revelou que diabéticos ou outras pessoas que têm bruscas quedas de níveis de açúcar no sangue podem treinar seus cães para ajudar a evitar crises de hipoglicemia.
O Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB) emitiu nota parabenizando o zootecnista Tiago Gonçalves Pereira Araujo por nomeação para cargo no Governo Federal.
Tiago Araújo já foi conselheiro do CRMV-PB e irá exercer a função de coordenador geral de Sistemas Produtivos Inovadores da Secretaria Nacional de Políticas de Desenvolvimento Regional e Territorial do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.
“É motivo de orgulho para a nossa categoria, para a nossa entidade de classe e para o nosso Estado ter a nomeação de um paraibano para este cargo. Tiago Araújo é um grande técnico, que vai colaborar muito à frente deste cargo tão estratégico”, disse o presidente do CRMV-PB, José Cecílio.
Perfil – Tiago Araujo é graduado em Zootecnia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), realizou mestrado também pela UFPB e doutorado em Engenharia Agrícola pela UFCG na Área de Concentração em Construções Rurais e Ambiência.
Atualmente é professor adjunto da UFCG, lotado na Unidade Acadêmica de Tecnologia do Desenvolvimento do CDSA, desenvolvendo trabalhos na área de Construções Rurais e Ambiência, Produção Animal e Zootecnia de Precisão.
O Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB) realizou, nesta sexta-feira (3), a 277ª Sessão Plenária Ordinária para tratar de assuntos de ordem administrativa.
Foi decidida a realização de palestras sobre comunicação assertiva (media training) para o dia 24 de março e Selo Arte para o dia 21 de março. O Selo Arte é o certificado que assegura que os produtos alimentícios de origem animal foram elaborados de forma artesanal, com receita e processo que apresentem características tradicionais, regionais, culturais, vinculação ou valorização territorial.
Durante o encontro, foi realizada pelo setor contábil a prestação de contas do Conselho Regional. Também foi feita a análise, apreciação, discussão e votação pelo plenário dos processos de inscrições de pessoas físicas e jurídicas no âmbito do CRMV-PB.
Os conselheiros também relataram e levaram para aprovação e homologação do plenário cinco processos sobre auto de infração e isenção de anuidade.
Dados do Sistema Conselhos Federal e Regionais de Medicina Veterinária (CFMV/CRMVs) mostram que há 168 mil médicos-veterinários e zootecnistas atuantes. Desse total, 90 mil são mulheres. Elas correspondem a 54% dos profissionais. Na Paraíba, as mulheres veterinárias chegam a 699 (44,4%) e as zootecnistas a 44 (25,6%).
Nesta quarta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, o Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB) destaca o trabalho das profissionais para o crescimento dos mais diversos segmentos de atuação das profissões, especialmente do agronegócio e do mercado pet, tão importantes para a economia brasileira.
Para o presidente do CRMV-PB, José Cecílio, o número de mulheres na Paraíba ainda é menor que o dos homens, mas que essa realidade pode mudar nos próximos anos. “Temos uma nova realidade acontecendo em todo o Brasil. Essa mudança de paradigma pode ser atribuída à forte representação feminina nas universidades, onde é perceptível a crescente quantidade de mulheres que desejam seguir carreira na Medicina Veterinária. No nosso estado, temos a grata satisfação de termos excelentes profissionais que honram toda a nossa categoria”, destacou.
De acordo com o Sistema de Cadastro do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), as mulheres já são maioria em cinco estados brasileiros. A predominância feminina pode ser observada no Amazonas, com 52% das profissionais mulheres, no Distrito Federal (57%), no Espírito Santo (50,1%), em São Paulo (59%) e no Rio de Janeiro, onde a proporção de mulheres é mais notável – em território fluminense, 60% dos 10 mil médicos-veterinários em atuação são mulheres.
Embora não haja dados sobre as áreas de maior atuação das mulheres na Medicina Veterinária, representantes do ensino estimam que a grande maioria ingresse no curso em busca de uma carreira na clínica de pequenos animais. Mas há profissionais do sexo feminino em todas as áreas da Medicina Veterinária.
Trabalhando em uma área majoritariamente masculina, Isabella Barros atua na clínica médica de equídeos desde que se formou em 2009. “Maior dificuldade que temos é o fato de nos subestimarem como mulher! Meu conselho pras meninas é seguir firme não se deixar abater e trabalhar e estudar bastante”, disse a veterinária que é professora de clínica médica de equídeos da UFPB.
Segurança Alimentar – A veterinária Nina Toralles, conselheira do CRMV-PB, já atuou em várias áreas, mas agora trabalha com segurança alimentar, como responsável técnica em um entreposto de ovos, além de prestar consultoria. Esta é uma área de atuação que muitas pessoas desconhecem que seja de competência da medicina veterinária.
Nina relatou que enfrenta dificuldade na sua atuação por as pessoas não entenderem o papel do Médico Veterinário na área de segurança alimentar, acham que seria papel de outros profissionais. “Também passei por momentos de dificuldade por ser mulher e nova. As pessoas dentro das empresas não acreditarem no meu potencial”, contou.
Trabalho – Os dados dos Conselhos mostram ainda que as mulheres da Veterinária e da Zootecnia estão no ápice do vigor da sua força de trabalho: 91% delas estão entre os 20 e os 50 anos. As profissionais mais experientes, entre 31 e 50 anos, ocupam a maior fatia, com 55% do mercado. Já as recém-formadas, com até 30 anos, são 36% da força de trabalho. Isso representa um percentual considerável para a renovação do campo de trabalho.
A Comissão de Educação do Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB) promoveu, nesta sexta-feira (3), o I Encontro de Coordenadores de Cursos de Medicina Veterinária do Estado da Paraíba. Além de abordar as dificuldades enfrentadas, foi debatido a Curricularização da Extensão e apresentado o Diagnóstico Situacional da Qualidade dos Cursos de Medicina Veterinária. O estado conta com 12 cursos na área e por ano 2.010 novas vagas são abertas por eles.
A atividade contou com a presença de coordenadores de cursos de veterinária da Paraíba, sendo eles: Paula Fernanda (Uniesp), João Paulo (Unipê), José Matias (Rebouças de Campina Grande), Tereza Rotondano (FIP Campina Grande), Atticcus Tanikawa (Facene/Famene), Silvano dos Santos Higino (UFCG) e Lisanka Ângelo Maia (IFPB Campus Sousa).
José Matias falou da dificuldade para implantar as novas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Medicina Veterinária. Já Atticcus Tanikawa afirmou que um grande problema enfrentado é a relação desrespeitosa dos alunos, além das constantes crises de ansiedade e depressão apresentadas pelos estudantes.Silvano destacou que os alunos não têm noção de hierarquia e desrespeitam os professores, há uma dificuldade de aprendizado, além do aperto orçamentário: pouco recurso para fazer muita coisa.
O presidente da Comissão de Educação, o vice-presidente do Conselho Regional Adriano Fernandes, falou do trabalho que vem sendo realizado para auxiliar na formação dos futuros profissionais. Destacou as mudanças nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Medicina Veterinária e afirmou que elas são importantes e vão colaborar para melhor preparação dos futuros veterinários. Informou ainda que a Comissão fará visita aos cursos de veterinária do Estado.
A professora doutora Maria José de Sena (ex-reitora da UFRPE e presidente Nacional de Educação de Medicina Veterinária do CFMV) ministrou a palestra Diagnóstico Situacional da Qualidade dos Cursos de Medicina Veterinária submetidos a Análises para Fins de Autorização no período de 2018 a 2021. Ela falou do crescimento do número de cursos de veterinária e que hoje são 536 cursos oferecidos, sendo 514 presenciais e 22 ensino a distância, que jutos oferecem 107.427 vagas todos os anos.
Maria José de Sena afirmou que a grande preocupação dos coordenadores é em relação ao programa de extensão e afirmou que esse é um gargalo encontrado em todo o Brasil. Orientou tentar ajustar o que se tem dentro das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Medicina Veterinária e recomendou sempre passar para os alunos o que é ser médico-veterinário e falar da importância dessa profissão.
Composição – A Comissão de Educação é formada pelos médicos-veterinários Adriano Fernandes, Otávio Brilhante, Malania Loureiro Marinho, Lisanka Angelo Maia, Atticcus Tanikawa e Paula Fernanda Barbosa de Araújo e todos participaram do evento. O Brasil conta hoje com 536 cursos de Medicina Veterinária, sendo 452 cursos oferecidos por instituições de ensino privados. Os outros países do mundo, juntos, têm menos cursos que no Brasil, totalizando 320.
A preservação e conservação da fauna selvagem é uma inquietação mundial, mas muitas pessoas desconhecem os sérios motivos de tanta preocupação e esforços de governos nacionais, internacionais e Organizações Não Governamentais (ONGs) sobre a questão. Para se ter uma ideia, a extinção ou diminuição da população de uma determinada espécie, por exemplo, pode levar a consequências graves à saúde humana, ambiental e animal, como pandemias, surtos zoonóticos, falta de alimentos e medicamentos.
A onça-pintada é um desses animais que chamam a atenção pelo seu importante papel na manutenção do ecossistema e da biodiversidade. Se a onça pintada fosse extinta, haveria um efeito cascata em todo o ecossistema em que ela vive. A falta de um predador de topo da cadeia, como a onça-pintada, pode levar ao aumento da população de outras espécies, como cervos e capivaras, que podem, por sua vez, consumir mais plantas, impactando a vegetação e o equilíbrio do ecossistema.
Esses episódios também podem levar a uma série de problemas de saúde pública, como a propagação de doenças transmitidas por animais silvestres, desequilíbrio na cadeia alimentar, desflorestamento e redução da qualidade do ar e da água. Além disso, a perda da biodiversidade pode resultar na perda de plantas e animais que poderiam ser usados para fins medicinais, alimentícios e outros usos importantes para a população.
O papel do médico-veterinário e do zootecnista
A atuação do médico-veterinário e do zootecnista é fundamental para garantir a proteção desses animais topo da cadeia e de seus hábitats naturais. O médico-veterinário possui conhecimento técnico e científico para prevenir doenças e tratar animais selvagens em situações de emergência; quando eles são resgatados de áreas afetadas por desastres naturais ou de ambientes ameaçados pela ação humana, por exemplo. A intervenção desses profissionais pode salvar a vida de animais e garantir a sobrevivência de suas populações.
Além disso, o médico-veterinário fornece assistência na criação e implementação de programas de saúde e reprodução em cativeiro para espécies em extinção. Muitos profissionais utilizam da biotecnologia para fazer reprodução assistida, pesquisa científica e o controle de doenças. Esses programas são importantes para aumentar o número de certas espécies, bem como para prevenir a disseminação de doenças em populações mantidas em cativeiro.
O zootecnista, por sua vez, planeja e gerencia a criação e o manejo de animais, sejam eles domésticos ou selvagens. O profissional também ajuda a desenvolver programas de criação em cativeiro e reintrodução na natureza, bem como realiza pesquisas sobre aspectos comportamentais e ecológicos dos animais.
Ambos os profissionais podem atuar em projetos de educação e conscientização pública sobre a importância da preservação da fauna selvagem, bem como trabalhar em conjunto com ONGs, agências governamentais e outras instituições para desenvolver estratégias e proteger e conservar a biodiversidade e promover o bem-estar animal, humano e ambiental, a saúde única.
3 de março – Dia Mundial da Vida Selvagem
No dia 3 de março é comemorado o Dia Mundial da Vida Selvagem e a Comissão Nacional de Animais Selvagens (CNAS) do CFMV alerta para os impactos que o tráfico de animais silvestres pode causar ao planeta. “Essa atividade movimenta anualmente milhões de dólares no mundo todo e é considerado o terceiro maior comércio ilegal do mundo, perdendo somente para o tráfico de drogas e de armas. A remoção violenta desses animais do seu hábitat e o transporte ao qual são submetidos para chegar ao ponto de comercialização contribuem para alta mortalidade”, afirma o presidente da comissão, o médico-veterinário Francisco Edson Gomes.
Para cada dez animais retirados da natureza, nove não chegam ao destino (Renctas, 2001). Os esforços para minimizar esse impacto sobre a fauna silvestre envolvem vários atores, que atuam desde a fiscalização (policial, dos conselhos profissionais), diagnóstico, recuperação (Centros de Triagem, Centro de Recuperação de Animais Silvestre e Centros de Apoio à Fauna Silvestre) até a soltura destes animais em seu hábitat natural.
A Comissão de Educação do Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB) vai realizar, nesta sexta-feira (3), em João Pessoa, o I Encontro de Coordenadores de Cursos de Medicina Veterinária do Estado da Paraíba. A ideia é reunir os 12 representantes das instituições que possuem curso de medicina veterinária para discutir propostas educacionais, os anseios na área no pós-pandemia e a qualidade do ensino superior.
A abertura do evento será às 14 horas e logo em seguida haverá uma explanação sobre a Situação Acadêmica do Ensino da Medicina Veterinária no Pós-Pandemia – Debate com os coordenadores de cursos do Estado da Paraíba. Na programação está prevista a palestra Diagnóstico Situacional da Qualidade dos Cursos de Medicina Veterinária submetidos a Análises para Fins de Autorização no período de 2018 a 2021, que terá como facilitadora a professora doutora Maria José de Sena (Ex-reitora da UFRPE e Presidente Nacional de Educação de Medicina Veterinária do CFMV).
Para encerrar a atividade, será ministrada a palestra Curricularização da Extensão, ministrada pelo professor doutor Otávio Brilhante de Souza, que é integrante da Comissão Estadual de Ensino da Medicina Veterinária do CRMV-PB.
O presidente da Comissão de Educação, o vice-presidente do Conselho Regional Adriano Fernandes, destaca que o objetivo do evento é manter a qualidade dos cursos na Paraíba, além de garantir a proximidade do CRMV-PB com as instituições de ensino e os estudantes. “Temos essa preocupação na formação, uma vez que a educação reflete diretamente na qualidade dos profissionais que chegam ao mercado. Vamos escutar os coordenadores, além de saber dos anseios e também sobre a implantação das novas diretrizes curriculares do curso”, destacou.
Composição – A Comissão de Educação é formada pelos médicos-veterinários Adriano Fernandes, Otávio Brilhante, Malania Loureiro Marinho, Lisanka Angelo Maia, Atticcus Tanikawa e Paula Fernanda Barbosa de Araújo. O Brasil conta hoje com 536 cursos de Medicina Veterinária, sendo 452 cursos oferecidos por instituições de ensino privados. Os outros países do mundo, juntos, têm menos cursos que no Brasil, totalizando 320.
Serviço
I Encontro de Coordenadores de Cursos de Medicina
Data: 3 de março
Local: sede do CRMV-PB, em João Pessoa
Realização: Comissão Estadual de Ensino da Medicina Veterinária do CRMV-PB