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PRODUÇÃO ANIMAL E GESTÃO DE RESÍDUOS: Tem sempre um médico-veterinário cuidando do meio ambiente
A produção animal, principalmente em tempos de pandemia, enfrenta o permanente desafio de equilibrar sua relação com a preservação do meio ambiente. A médica-veterinária Paula Helena Santa Rita, professora e doutora em Ciências Ambientais e Sustentabilidade Agropecuária, explica que o essencial é reduzir os impactos ambientais gerados pela pecuária.
“Deus perdoa sempre, o homem às vezes e a natureza nunca. Toda ação contra o meio ambiente gera uma reação por parte da natureza. A produção sustentável é uma conduta, como um todo, é uma postura que o produtor deve assumir, pois não é possível produzir sem causar impacto no ambiente. O que precisamos é diminuí-lo”, resume.
O Brasil encara esse desafio enquanto ocupa o posto de maior exportador de carne bovina e de frango in natura do mundo, além do quarto lugar nas exportações de carne suína. No primeiro semestre de 2020, esses três itens geraram um total de US$ 7,5 bilhões em vendas para o exterior, tendo grande peso na pauta exportadora brasileira. Produzir com sustentabilidade representa uma necessidade também econômica, pois trata-se de uma exigência da maioria dos países compradores.
Entretanto, uma publicação da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), que aborda a produção animal e seus impactos ao meio ambiente, aponta muitos problemas ocasionados pelo setor agropecuário. De certa forma ignorados até algum tempo atrás, nos dias atuais eles fazem parte dos principais temas relacionados à produção de alimentos de origem animal. Tornou-se imperativo o manejo adequado em cada uma de suas etapas, pois qualquer negligência, em qualquer fase, pode resultar em problemas sanitários e/ou ambientais. Portanto, ao avaliar esse contexto, há uma necessidade de sistemas produtivos e adequados, que resultem numa produção animal ecologicamente correta, introduzindo conceitos de sustentabilidade nas fazendas, granjas e todos os outros estabelecimentos envolvidos.
Paula explica que cabe ao médico-veterinário auxiliar e promover a melhora das condutas em toda a cadeia produtiva. Ela afirma que não somente os dejetos da produção animal são um problema, pelo contrário, pois hoje podem ser convertidos em energia.
Para a doutora em meio ambiente, é obrigação do médico-veterinário na produção animal é manter os padrões sanitários, a qualidade de vida e bem-estar dos animais de produção. “A preocupação com a sanidade e com a qualidade de vida destes animais, têm que ser tão intensa quanto a preocupação com o lucro no final. Pois, hoje o mundo cobra que este produto final esteja dentro deste padrão de sanidade e bem-estar dos animais”.
Esse profissional tem que ser presente em todas as atividades, tem que repassar para o produtor os cuidados que precisam ser realizados e acompanhados nos mínimos detalhes da recomendação na lida dos animais. “O médico-veterinário tem que se fazer entender, ou seja, explicar as técnicas que domina, não só para o produtor rural, mas para o peão que é o primeiro no clico de manejo dos cuidados com os animais. Não se esquecendo do consumidor, pois ele tem que saber dos cuidados que foram tomados para que os produtos de origem animais que ele consome estão dentro dos protocolos de segurança alimentar”, pontuou.
O médico-veterinário tem o compromisso com o meio ambiente, condutas na prática da medicina veterinária que vão contra o meio ambiente, como por exemplo, como o uso indiscriminado de antibióticos, é um grande risco. O profissional é o responsável não só pela prescrição, mas também da aplicação dos antibióticos no animal.
Outro fato que tem chamado atenção é a falta de preocupação com a manutenção das matas e das grandes árvores, é comprovado atualmente que as áreas de sombreamento são muito benéficas para a criação de gado de corte, porém, muitos profissionais, ainda adotam o desmatamento como cultural, fazendo vista grossa para o meio ambiente.
“Não adianta tratar os dejetos e abater a onça que preda dois animais no meu rebanho. Não adianta tratar dejetos e colocar veneno em cupinzeiro, matando tamanduás e outros animais silvestres que utilizam cupins como recurso alimentar, nem esperar chegar de madrugada para promover incêndios nas minhas áreas de pastagens e falar que foi acidental”, enumera.
Segundo a médica-veterinária, o tratamento de dejetos é uma das situações inseridas no universo da produção sustentável. “A sustentabilidade está sendo imposta à humanidade. Muitos países, como a própria China, vivenciam hoje o reflexo de muitos anos de agressão aos seus recursos naturais”, exemplifica.
Sendo assim, a intensidade da ação contra o meio ambiente gera uma resposta. “Está claro que não podemos contra a reação da Natureza. Existem vários estudos, nos quais muitos médicos-veterinários e zootecnistas estão envolvidos, na busca de uma produção animal mais sustentável, incluindo a conversão energética dos dejetos gerados por essas produções. Penso que o caminho é esse”, afirma Paula, que é doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Sustentabilidade Agropecuária da Universidade Católica Dom Bosco (MS) e mestre em Ciência Animal pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).
CFMV
NOTA DE ESCLARECIMENTO CRMV-MT – Animais de estimação não transmitem Coronavírus aos humanos
Dada a recente informação de que uma gata de Cuiabá testou positivo para o coronavírus SARS-CoV-2, causador da COVID-19, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Mato Grosso (CRMV-MT) destaca que não há evidências científicas de que animais de companhia são fonte de infecção para humanos.
A Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiram pareceres afirmando que não há evidências e estudos significativos comprovando que animais possam transmitir a Covid-19. Assim como não há evidência científica de que animais sejam vetores mecânicos ou possam carregar o vírus, ou que o vírus possa se replicar nos animais.
O que observa-se, desde o surgimento da pandemia, é que os poucos animais com a infecção podem ter sido infectados por humanos, por meio do contato direto, e não o inverso.
Em entrevista ao portal da Fiocruz, o médico-veterinário Paulo Abilio Varella Lisboa, pesquisador do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict), da Fiocruz, relata que “Há evidências de que as infecções nos animais são geralmente resultado de um contato próximo de pessoas, tutores ou tratadores, infectadas com Covid-19. Mas há pouca ou nenhuma evidência de que os animais domésticos sejam facilmente infectados com SARS-CoV-2. E, considerando que a população mundial de cães e gatos está em torno de 2 bilhões, o número de animais infectados representa menos de 0,001% do total e, por isso, não representa nenhum risco potencial de transmissão para outros animais ou pessoas.”
O Conselho entende que, neste momento, não há nenhuma necessidade de alteração nos cuidados em relação à saúde dos animais de estimação (cães e gatos). A orientação é que os tutores mantenham a alimentação balanceada, água fresca abundante, os calendários de vacinação e a higiene (banho e tosa). Sendo assim, não existe necessidade de medo ou pânico com relação aos gatos e cães desenvolverem ou transmitirem o coronavírus que infecta os humanos. E em caso de emergência médica procurar um profissional médico-veterinário.
O CRMV-MT reforça que em vez de perigo, os animais domésticos podem ser muito benéficos para a saúde, existem evidências científicas de que gatos e cães melhoram e enriquecem a vida e a saúde das pessoas. Além disso, eles podem ser de grande apoio psicológico para as famílias, reduzindo os níveis de estresse, algo de grande apoio em momentos de distanciamento social.
Pesquisa – A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) faz parte de um estudo multicêntrico para a vigilância de SARS-CoV-2, financiada pelo CNPq, liderada pelo professor doutor Alexander Biondo da Universidade Federal do Paraná (UFPR). O estudo em animais de companhia com interface a Saúde Única é intitulado Pet COVID19.
A professora doutora da UFMT médica-veterinária Valéria Dutra integra o grupo de pesquisa, ela explica que alguns pets de tutores com Covid-19 que estavam em contato próximo durante a infecção foram testados.
“Um gato foi testado positivo para SARS-CoV-2, o material deste animal será enviado para dois laboratórios, um no Paraná e outro em Minas Gerais, para confirmação do diagnóstico e possível detecção de anticorpos, por meio da sorologia. Considerando que já existem artigos publicados na literatura com infecções em animais e que precisamos de estudos aprofundados para melhor conhecimento da Covid-19 em cães e gatos, há um longo caminho ainda a percorrer com esses estudos”, relata a médica-veterinária.
CRMV-MT
CRMV-PB realiza entrega de carteira profissional
A entrega das carteiras para os novos profissionais inscritos no Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Paraíba (CRMV-PB) aconteceu na última sexta-feira (16) na sede do Conselho, respeitando as medidas de distanciamento.
Os novos profissionais de Medicina Veterinária e Zootecnia assistiram uma palestra ministrada pelo secretário-geral do Regional Méd. Vet. Adriano Fernandes sobre as funções do Sistema CFMV/CMRVs e deu orientações sobre o código de ética.
O Méd. Vet. Severino Lima, presidente do Sindicato dos Agrônomos, Veterinários e Zootecnistas (Sinavez) conversou sobre a atuação dos sindicatos, valorização profissional e falou sobre a modificação do estatuto para que a partir de janeiro haja uma abertura para profissionais que não sejam do serviço público.
O CRMV-PB parabeniza a todos os profissionais!
No Dia Mundial da Alimentação o CRMV-PB reforça a importância do trabalho do médico-veterinário e do zootecnista
Diariamente uma variedade de produtos como carnes, leite, ovos, peixe, mel, queijos são facilmente encontrados na mesa dos brasileiros e para garantir a qualidade desses alimentos contamos com o trabalho de médicos-veterinários e zootecnistas.
O médico-veterinário estuda os processos de obtenção de todos os produtos de origem animal, avaliando e controlando se a matéria-prima está adequada para a o consumo humano. Esse profissional deve estar presente em todas as etapas da produção animal para avaliar e controlar a qualidade do produto que chega à mesa do consumidor.
A Méd. Vet. Sanitarista Valéria Cavalcanti, presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Paraíba (CRMV-PB) explica que as pessoas precisam ter a consciência que as suas práticas alimentares impactam não somente a sua saúde, mas a do planeta e por isso é importante conhecer a origem dos alimentos, os processos de produção e os impactos ambientais causados por eles, “a fome atingi milhões de pessoas diariamente e para mudar esse cenário é preciso criar ações para evitar o desperdício alimentar, seja produzido ou desperdiçado, devido as práticas inadequadas do alimento”, enfatiza Cavalcanti.
Um bom alimento começa com uma boa produção. O zootecnista é o profissional habilitado para atuar na nutrição e alimentação dos animais de produção, atuando nas culturas, como bovinocultura, piscicultura, avicultura, caprinocultura e ovinocultura, entre outras, garantindo o bem-estar animal, a sustentabilidade ambiental e a segurança alimentar, é o que explica o Zoot. Tiago Araújo, professor e conselheiro suplente do CRMV-PB.
Sobre a data
O Dia Mundial da Alimentação é comemorado no 16 de outubro no mundo inteiro. Foi criado com o intuito de desenvolver uma reflexão a respeito do quadro atual da alimentação mundial. A data foi escolhida para lembrar a criação da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), em 1945.
16 de Outubro – Dia Mundial da Alimentação
O importante não é só o acesso ao alimento, mas também à qualidade do produto final oferecido ao consumidor, é a mensagem do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) neste 16 de outubro, Dia Mundial da Alimentação. O trabalho do médico-veterinário e do zootecnista é imprescindível para garantir a segurança do produto de origem animal e possibilitar maior acessibilidade à alimentação de qualidade.
A data dedicada à Alimentação foi implementada em 1981, com a criação da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO, sigla do inglês Food and Agriculture Organization). O intuito é de um apelo global pela erradicação da fome, por um mundo em que alimentos nutritivos estejam disponíveis e sejam acessíveis a todos, em qualquer lugar. O Brasil e todos os profissionais ligados à cadeia produtiva e ao agronegócio brasileiro têm um papel fundamental em alimentar a população mundial.
Dados do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) mostram que, em 2019, o Brasil exportou quase 7 bilhões de dólares de carne de frango, um aumento de 9% em relação ao ano anterior. A carne bovina in natura (fresca ou refrigerada e congelada) gerou em torno de 6,5 bilhões de dólares. E o produto de origem animal com maior crescimento nas exportações nesse período foi o leite fluido, com resultado total de 1,5 bilhão de dólares, 262% a mais do que em 2018.
Relatórios recentes da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) apontam que a proteína animal (bovinos, suínos, frango, ovos, leite) teve crescimento médio da produção superior a 10% nos últimos cinco anos. O país é o quarto maior produtor de tilápia e de suínos do mundo. O país é o segundo maior produtor de carne de frango e bovina, enquanto na produção de leite e ovos consta entre os cinco maiores do mundo.
Médico-veterinário e zootecnista
Os dois profissionais possuem papel fundamental na segurança alimentar, já que atuam diretamente nos aspectos nutricionais e na alimentação de animais, sejam os de grande porte ou pets, contribuindo para o seu bem-estar.
O médico-veterinário, por exemplo, trabalha em todo o processo da cadeia produtiva, avaliando e controlando se a matéria-prima está adequada para o consumo humano. Ele trabalha de dentro da porteira até o alimento chegar à mesa do consumidor. Na agropecuária, eles podem atuar como consultores, responsáveis técnicos, docentes e peritos criminais, judiciais e administrativos, exercem também atividades em laboratórios para análise de solo, água e saneantes destinados ao uso domiciliar, realizam pesquisas em alimentos, participam da produção de vacinas e de medicamentos de uso animal.
O zootecnista também tem sua importância. Ele tem em sua formação uma ampla e diversificada diretriz curricular e um vasto campo de atuação, que vai muito além da nutrição animal, como zootecnia de precisão e bem-estar animal associado a melhoramento genético, com caminhos promissores e que irão trazer muitas novidades ao agronegócio.
A preservação da biodiversidade e de fontes de água e práticas sustentáveis voltadas ao produtor e ao consumidor também são outras ações que têm impacto direto sobre a alimentação e saude da população.
A Presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Paraíba (CRMV-PB) e mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos, médica-veterinária Valéria Rocha Cavalvanti, alerta que “a população mundial tem cerca de 7,7 milhões de pessoas, dentre elas, 820 milhões são afetadas pela fome. Esse número tem crescido nos últimos anos e é um dado preocupante. Estima-se que, no ano de 2050, a população mundial seja de cerca de 9 milhões de pessoas”.
Para ela, o importante é pensar em estratégias que garantam um aumento da produtividade, para que todas as populações sejam beneficiadas com uma alimentação de qualidade e que esta seja produzida de forma sustentável.
“Vale salientar o valor de termos mais consciência de práticas alimentares de forma a entender o impacto que elas trazem não somente à saúde, mas ao planeta. Para isso, é imprescindível conhecer a origem dos alimentos e os processos de produção e os impactos ambientais desse alimenta”, aponta a presidente.
ONU enfatiza passos para alcançar Fome Zero na Semana Mundial da Alimentação
Nações Unidas promovem a partir desta quinta-feira a Semana Mundial da Alimentação realçando ações necessárias para retomar a meta global do Fome Zero.
A agência da ONU destaca este ano que a situação global é marcada por conflitos, eventos climáticos extremos e um aumento da obesidade que revertem o progresso no combate à fome e a desnutrição.
A celebração de 2020 ocorre em meio a situações como a pandemia, que expôs a fragilidade da distribuição mundial de alimentos.
Assessoria de Comunicação do CFMV
CRMV-PB fiscaliza zoológico da Capital paraibana
Membros das comissões do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Paraíba (CRMV-PB) juntamente com o fiscal do Regional realizaram fiscalização ao Parque Zoobotânico Arruda Câmara, conhecido com Bica, no último dia 09 em João Pessoa.
Foram fiscalizadas todas as instalações do parque incluindo espaços de visitação do público, ambulatório e áreas de quarentena dos animais. Os membros do CRMV-PB foram acompanhados pelo Méd. Vet. Thiago Nery, Responsável Técnico da Bica, que ainda explicou sobre as medidas adotadas para a reabertura do parque, ocorrida no dia 15 de outubro.
Segundo a presidente da Comissão Regional de Fiscalização e Responsabilidade Técnica do CRMV-PB. Méd. Vet. Nina Toralles, o estabelecimento segue as normas estabelecidas pelo Sistema CFMV/CRMVs.
O Zoot. Tarsys Verissímo, presidente da Comissão Regional de Ética, Bioética e Bem-Estar Animal do CRMV-PB, avalia de “maneira positiva a evolução significativa nos novos recintos e nos manejos que vêm sendo utilizados pelos profissionais do parque, contribuindo na melhoria do bem-estar dos animais”.
Esteve presente também o Méd. Vet. Arilde Alves, membro da Comissão Regional de Animais Silvestres e Meio Ambiente do CRMV-PB.
Dia Nacional da Pecuária celebra a atividade
O dia 14 de outubro marca o Dia Nacional da Pecuária, atividade que é uma das principais impulsionadoras da economia brasileira. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), que representa 32 empresas responsáveis por 92% da carne negociada para os mercados internacionais, o Brasil produz dez milhões de toneladas de carne bovina. Desse total, 20,8% são negociados para dezenas de países em todo o mundo.
O Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) parabeniza todos os que atuam na pecuária, que representa 8,5% do PIB do Brasil e dá ao país uma posição de protagonismo no mercado mundial de carne bovina. O conselho destaca que o conhecimento e trabalho dos profissionais da Medicina Veterinária e da Zootecnia fazem parte desse resultado, pois atuam pelo crescimento da pecuária, garantindo uma produção com rigorosos padrões de qualidade, focada na sanidade dos rebanhos, na segurança dos alimentos de origem animal e na sustentabilidade dos pastos.

De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o Brasil tem 66% das terras conservadas e a tecnologia na área agropecuária tem permitido produzir cada vez mais usando uma área menor. Prova disso são os sistemas de integração, desenvolvidos pelo Mapa, por meio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para ampliar o reflorestamento e, ao mesmo tempo, promover a recuperação de pastagens degradadas. Agregam diferentes sistemas produtivos, como os de grãos, fibras, carne, leite e agroenergia. A integração, além de reduzir a abertura de novas áreas para fins agropecuários, diminui o uso de agroquímicos e o passivo ambiental.
Com esses sistemas, no período de 2010 a 2018, 32 milhões de hectares de pastagem (20% do total no Brasil) tiveram a qualidade melhorada, conforme dados do Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Lapig), da Universidade Federal de Goiás (UFG). Estima-se que quase um terço (dez milhões de hectares) foram pastos com altíssimo grau de degradação, que hoje estão recuperados. No mesmo período, também houve um crescimento de quase seis milhões de hectares de áreas com sistemas de produção integrada.
Para o médico- veterinário Júlio Cesar Rocha Peres, presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Rondônia (CRMV-RO) e da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril (Idaron), os grandes investimentos no setor, tanto econômicos quanto em apoio ao produtor, auxiliam no desenvolvimento do país, sendo responsáveis por boa parte da produção de carne, leite e derivados. “Só em 2019, a indústria frigorifica instalada no estado de Rondônia abateu mais de 2,7 milhões de cabeças e a agroindústria chegou a produzir mais de 700 milhões de litros de leite”, relata.
Responsável por um setor próspero economicamente, a pecuária emprega médicos-veterinários e zootecnistas nas mais diferentes áreas de cuidados com os rebanhos: da saúde dos animais, melhoramento genético e manejo reprodutivo até a inspeção em matadouros e frigoríficos. Também são os profissionais capacitados para lidar com o gerenciamento de resíduos e projetos de sustentabilidade ambiental, com foco na preservação e conservação das espécies.
O zootecnista Fabrício Estrela salienta que a pecuária é a única atividade do agronegócio que está presente em 100% dos municípios brasileiros, somando cerca de 215 milhões de animais em 170 milhões de hectares de pastagens.
“O Brasil é o segundo maior produtor de carne bovina mundial, com mais de 9 milhões de toneladas de carne, e o maior exportador do planeta, gerando mais de 7 milhões de empregos diretos e subprodutos para cerca de 50 segmentos industriais. Tivemos um aumento de produção entre 2000 e 2011 de 39% (e o restante planeta, 7%). Nas fazendas, o pecuarista investe em tecnologias produtivas, com lotação média das pastagens de 1,26 animal por hectare, enquanto a média mundial é 0,3 animal/ha”, afirma Estrela.
O aumento do uso de tecnologias e conhecimentos disponíveis diminuiu o uso de cerca de 10 milhões de hectares de pastagem nos últimos 30 anos, concedendo espaço para a agricultura e reduzindo a pressão sobre as áreas de floresta, sem haver queda na produção. Com a ajuda da pecuária, e não apesar dela, o Brasil mantém preservados 61% dos seus biomas originais de floresta. A média mundial é inferior a 25% e chegará o momento em que não haverá desmatamento, pois já há potencial para aumentar em três vezes a produção.
O zootecnista explica que, até 2050, é previsto que a população mundial chegue a 10 bilhões de habitantes e o consumo de carne bovina no planeta deve aumentar 58%, sendo o Brasil o país capaz de atender grande parte dessa demanda com qualidade, preços competitivos, produzindo de forma socialmente justa e ambientalmente responsável.
Fontes:
Júlio Cesar Rocha Peres, médico-veterinário, presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária Rondônia (CRMV-RO) e da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron).
Fabrício Estrela, zootecnista especialista em Produção de Ruminantes da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP) e conselheiro efetivo do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Goiás.
Assessoria de Comunicação do CFMV
Seleção aberta para projeto de bem-estar de equino em competições equestres
Para participar do projeto de bem-estar de equino em competições equestres leia as informações abaixo:
Projeto de Cooperação Técnica BRA/IICA/16/001 – MODERNIZAÇÃO ESTRATÉGICA – MAPA
Termo de Referência Código 10767 Para participar deste processo, o usuário deve cadastrar-se
Vagas: 1
Objetivos: Proposta de execução de projeto de capacitação e elaboração de materiais educativos sobre condicionamento e bem- estar de equinos na atividade turfística, para que se torne referência nacional, no âmbito do PCT BRA/IICA/16/001, assim como à organização de encontros e visitas técnicas, em apoio técnico à Coordenação de Boas Práticas e Bem-Estar Animal (CBPA/DECAP/SDI/MAPA).
Formação: Graduação em Medicina Veterinária ou Zootecnia; Pós-graduação lato senso ou stricto senso tendo a equideocultura como tema de dissertação ou tese com foco em bem-estar animal, boas práticas na equideocultura ou outros temas relacionados.;
Experiência: Experiência profissional relativa a competições equestres
Vigência: 18 meses
Link: https://www.iica.org.br/pt/node/75
Coordenação de Boas Práticas e Bem-estar Animal
CBPA/CGPA/DECAP/SDI/MAPA
https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/producao-animal
Informações Mapa-PB
Simpósio Internacional de Saúde Única abordará a relação da água com as pandemias e a resistência aos antimicrobianos
A crise hídrica mundial já está próxima de se tornar realidade e vem trazendo grandes desafios para a humanidade, afinal, o surgimento de pandemias, queimadas e bactérias multirresistentes está diretamente relacionado à má gestão da água e do ecossistema. Com o objetivo de estudar estratégias que possam evitar ou amenizar esses problemas, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Paraná (CRMV-PR) e o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) realizam, nos dias 3 e 4 de novembro, o II Simpósio Internacional de Saúde Única e o IV Simpósio Paranaense de Saúde Única, com o tema “Água: o sangue da Terra”.
“A água é realmente o sangue da Terra, é ela que abastece e mantém o equilíbrio de todo o ecossistema. Somente com sustentabilidade e a redução de resíduos na água conseguiremos manter a saúde humana e animal”, alerta Cláudia Pimpão, presidente da Comissão de Saúde Única do CRMV-PR, organizadora do evento.
A iniciativa integra a campanha nacional do Sistema CFMV/CRMVs do Dia do Médico-Veterinário, que valoriza a atuação profissional na saúde dos animais, do meio ambiente e dos seres humanos. Serão dois dias de evento – on-line e gratuito – com 11 palestras ministradas por pesquisadores e especialistas de universidades renomadas mundialmente.
Para Rodrigo Mira, presidente do CRMV-PR, o simpósio se torna ainda mais relevante ao unir problemas atuais com a atuação dos médicos-veterinários e a crescente inserção profissional na saúde pública. “Em um ano da história contemporânea em que a saúde pública sofreu inúmeros questionamentos e transformações, a Medicina Veterinária se apresentou como protagonista, alavancando e fortalecendo ainda mais o conceito de saúde única”, destaca.
Programação
Na palestra magna, Jake O’Brien, da Aliança para Ciências da Saúde Ambiental de Queensland (Austrália), abordará o papel que a análise de águas residuais teria na luta contra a resistência aos antimicrobianos (AMR, na sigla em inglês). Ainda no primeiro dia, no módulo “Simplesmente água”, será apresentada a correlação da água com a gestão dos grandes centros urbanos e a importância da sustentabilidade.
A AMR abrirá o segundo dia de simpósio, abordando o impacto que o uso irracional de antibióticos tem causado ao meio ambiente e como isso afeta diretamente a saúde humana. Para finalizar, será esclarecido como surgem as pandemias e como a sociedade pode estar mais preparada para enfrentar novas zoonoses no futuro.
Lançamento do Guia de Bolso de Leishmaniose Visceral
O Guia de Bolso de Leishmaniose Visceral, que será lançado pelo CFMV durante o seminário, visa municiar os médicos-veterinários e demais profissionais de saúde com informações técnicas sobre a doença. A publicação aborda desde os aspectos clínicos no cão e no ser humano às ações de vigilância, prevenção e controle, e tem o objetivo de uniformizar o conhecimento sobre essa grave zoonose por meio de uma visão de saúde única.
Inscrição
O simpósio é gratuito e aberto a acadêmicos e profissionais de todas as áreas. Para conferir a programação e se inscrever, acesse o link de cada módulo:
Inscrição Palestra Magna – 3 de novembro, às 8h30
Inscrição Simplesmente Água – 3 de novembro, às 14h
Inscrição Resistência aos Antimicrobianos (AMR) e suas Interfaces – 4 de novembro, às 9h
Inscrição Pandemias – Ontem, Hoje e Amanhã – 4 de novembro, às 14h