Assessoria de Comunicação
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Psicólogos ministrarão palestras e oficina no XXIV Senemev
O que a universidade pode fazer para formar um profissional que tenha processos de autocuidado, resiliência e de zelo pela própria saúde mental, capaz de desenvolver competências socioemocionais desde a vida estudantil? Esse é um dos desafios propostos pelos psicólogos Claudia Menegatti e Cloves Amorim, que ministrarão palestras e uma oficina no XXIV Seminário Nacional de Educação da Medicina Veterinária (Senemev), em Brasília.
A participação dos dois profissionais ocupará todo o primeiro dia de evento, agendado para 6 e 7 de maio. A ideia é abordar, num primeiro momento, fatores de risco e estratégias de prevenção, para depois debater a situação específica da saúde mental de médicos-veterinários, tanto no meio acadêmico quanto nas demais áreas de exercício profissional.
“Conversei informalmente com alguns profissionais, para saber sobre as experiências mais estressantes do dia a dia. Percebi que abandono, maus-tratos e até abuso sexual são fontes constantes de estresse, bem como a escolha do tutor pela eutanásia em vez do tratamento, pois sai mais barato”, comenta Amorim, que é especialista em Bioética e Cuidados Paliativos (Universidade Complutense de Madri), em Didática do Ensino Superior, além de mestre e doutor em Educação (todos pela PUCPR, onde também é professor titular do curso de Psicologia) – e desde 2000 pesquisa sobre a Síndrome de Burnout.
Ele explica que quem trabalha prestando cuidados vive numa situação de risco para a síndrome, reconhecida desde o final da década de 1990 pela legislação brasileira, que a descreve como “sensação de estar acabado”. A principal diferença para o estresse crônico é que o afastamento do trabalho não é suficiente para a recuperação. “A pessoa fica ‘encalacrada’ entre o que faz e o que efetivamente gostaria de fazer, profissionalmente falando. Mesmo longe do local de trabalho, está em sofrimento constante”, descreve.
Conhecer-se é a melhor prevenção
“Conhece-te a ti mesmo”, aforismo grego inscrito no templo de Delfos e sem autoria conhecida, é a estratégia mais eficiente de prevenção das doenças de cunho mental, seja Síndrome de Burnout, estresse crônico, a depressão ou qualquer outra.
Amorim afirma que com autoconhecimento é possível identificar o sofrimento, que se mostra por meio de alterações físicas, cognitivas e fisiológicas, como mudanças de sono, apetite, irritabilidade e perda de libido. Prática regular de atividade física, reeducação alimentar, avaliar o consumo de álcool, tabaco e outras drogas são meios de evitar excessos, bem como técnicas que ajudam no equilíbrio mental e bem-estar, a exemplo de relaxamento, ioga e mindfullness – estilo de meditação que busca um estado mental de controle da capacidade de se concentrar nas experiências e sensações do presente.
O psicólogo ressalta, ainda, a importância dos exames de rotina e da implementação de políticas de saúde do trabalhador nas empresas. E quando tudo está a ponto de desmoronar, a indicação é por uma avaliação com psiquiatra, psicólogo, clínico-geral ou médico do trabalho para obter o diagnóstico correto. “A falta dessa avaliação pode levar a um grau de desespero, depressão e dependência química que podem desencadear o suicídio, que para o sujeito é a busca por alívio imediato”, alerta Amorim. O XXIV Senemev será no Centro Universitário de Brasília (Uniceub), nos dias 6 e 7 de maio. A programação completa do XXIV Senemev está aqui e as inscrições gratuitas estão abertas.
Assessoria de Comunicação do CFMV
Movimento Abril Verde busca tornar o espaço de trabalho cada vez mais seguro
O Brasil registra mais de 700 mil acidentes de trabalho, anualmente, desde 2010, conforme dados divulgados pela Previdência Social, ocupando o 4º lugar no ranking mundial de acidentes fatais ocupacionais, segundo informações da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Cerca de duas milhões de pessoas morrem todo ano por conta de doenças profissionais no mundo. De acordo com dados do Ministério Público do Trabalho (MPT), em 2018, as despesas com acidentes de trabalho somaram quase R$ 800 milhões e, entre 2012 e 2017, somaram R$ 26 bilhões para a Previdência Social.
Esse contexto motivou a criação no Brasil, em 2014, do movimento Abril Verde, pelo Sindicato dos Técnicos de Segurança do Estado do Paraná (Sintespar). O mês foi escolhido devido à comemoração do Dia Mundial da Saúde (7 de abril) e do Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho (28 de abril). Este último se refere a uma data estabelecida por sindicatos do Canadá, após um acidente que matou 78 trabalhadores em uma mina no estado de Virgínia, nos Estados Unidos, em 1969. No Brasil, celebra-se na mesma data o Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho, criado pela Lei nº 11.121/2005.
Em 2019, o rompimento da barragem de Brumadinho, que até o presente momento contabiliza 217 mortos, se tornou o maior acidente de trabalho da história do Brasil. Um estudo elaborado por David Bartram, do Grupo de Saúde Mental da Universidade de Southampton School of Medicine (Inglaterra), concluiu que médicos-veterinários têm uma taxa de suicídio quatro vezes superior à população geral e duas vezes superior a outras profissões. A principal causa apontada é a Síndrome de Burnout, que é definida em linhas gerais como uma síndrome psicológica oriunda da exposição prolongada aos estressores do ambiente de trabalho. A prevenção é a forma mais efetiva de combatê-la.
Síndrome de Burnout, estresse laboral, novas diretrizes curriculares estão no centro da programação do XXIV Seminário Nacional de Educação da Medicina Veterinária(Senemev), nos dias 6 e 7 de maio, em Brasília, e está com inscrições abertas.
Entenda
A cor verde é associada ao movimento por ser característica da área de saúde. Os principais objetivos do movimento Abril Verde são:
• Amparar vítimas de acidentes de trabalho;
• Avaliar possíveis riscos e incentivar mais investimentos em segurança;
• Conscientizar sobre a importância da saúde e segurança no trabalho;
• Debater sobre as competências e responsabilidades de cada agente, como governo, empregador, trabalhador etc.;
• Esclarecer dúvidas quanto aos procedimentos e legislação referentes à Saúde e Segurança no Trabalho;
• Estimular a cultura preventiva;
• Incentivar campanhas de conscientização e engajar todas as pessoas na causa;
• Promover maior qualidade de vida para os colaboradores e sociedade;
• Reduzir significativamente o número de acidentes de trabalho em todos os setores.
Assessoria de Comunicação do CFMV
40º. Congresso Brasileiro da ANCLIVEPA – 16 a 18 de maio de 2019 em Brasília
40º. Congresso Brasileiro da ANCLIVEPA, acontecerá entre os dias 16 a 18 de maio de 2019 em Brasília-DF.
Informações: https://www.cbabrasilia19.com.br/site/
Presidente do CRMV/PB participa de reunião sobre projeto de bem-estar aos animais de autoria do Ded. Fed. Ruy Carneiro
Presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Paraíba (CRMV/PB), Méd. Vet. Domingos Lugo, participou no último sábado (29/03) de uma reunião sobre o projeto de bem-estar de proteção e cuidados com a saúde dos animais, de autoria do Deputado Federal Ruy Carneiro, que apresentará a proposta finalizada na Câmara dos Deputados.
Sobre a participação do Conselho na reunião Domingos afirma que o CRMV/PB tem o compromisso de avaliar as propostas e se fazer presente nas discussões que são de interesse da saúde animal, humana e meio ambiente.
Estiveram presentes também à reunião o diretor do Centro de Zoonoses de João Pessoa (CCZ), Nilton Guedes, representantes da Prefeitura Municipal de João Pessoa, a Méd. Vet. Vandecleide Lima, o gerente de vigilância em saúde, Silvio Ribeiro Pereira, a protetora Meire Ferreira, veterinários do CCZ, biólogos, entre outros que apoiam a causa.
Fotos: Arquivo Assessoria Dep. Fed. Ruy Carneiro
Assessoria de Comunicação CRMV-PB com informações da Assessoria de Ruy Carneiro
Membro de Comissão do CRMV/PB é eleito diretor Estadual da ABZ
O Zootecnista Tiago Araújo, membro da Comissão Regional de Educação em Zootecnia CREZ/CRMV-PB, foi nomeado no dia 14 de março, como diretor Estadual da Associação Brasileira de Zootecnistas (ABZ), na Paraíba.
Sobre a sua atuação em ambos os órgãos, Tiago tem como meta trabalhar sempre em busca de melhores condições de ensino e de atuação profissional do Zootecnista.
Assessoria de Comunicação CRMV-PB
Concurso de Fotografia 2019 da OIE oferece prêmios de até 1.500 euros
O Concurso de Fotografia 2019 da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) está com as inscrições abertas.
A OIE criou um concurso anual de fotos para destacar o trabalho realizado pelos agentes da saúde e do bem-estar animal em todo o mundo em prol da proteção animal através da implementação de padrões internacionais do OIE.
A organização procura cliques que chamem a atenção pelo valor artístico, mas que também ilustrem a realidade do trabalho desenvolvido pelos profissionais de saúde animal.
A competição é aberta a membros da rede global da OIE, incluindo médicos-veterinários e estudantes de veterinária atualmente estudando em uma instituição num país-membro da OIE.
Os prêmios variam de € 800 a € 1.500, de acordo com a categoria, e as inscrições vão até o dia 15 de abril.
Torne-se um embaixador artístico da saúde animal em todo o mundo.
Para se inscrever e para obter mais informações, acesse o site da OIE (conteúdo em inglês) e confira os selecionados das edições anteriores.
Assessoria de Comunicação do CFMV
Conret e CNAF elaboram novos manuais para profissionais
Reunidas na sede do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), em Brasília, as comissões nacionais de Responsabilidade Técnica (Conret) e de Fiscalização (CNAF) usaram seus respectivos encontros para dar continuidade à preparação de manuais voltados à otimização do exercício profissional. A Conret está elaborando o Manual Nacional de Responsabilidade Técnica, enquanto a CNAF prepara o Manual Nacional de Fiscalização.
A Conret reuniu-se nos dias 20 e 21 de março, e aproveitou para trocar ideias com os membros da CNAF sobre a redação do Manual de Responsabilidade Técnica. Segundo o presidente da Conret, Irineu Machado Benevides Filho, as duas comissões discutiram dúvidas sobre o texto do manual. “A versão final será submetida à diretoria do CFMV e à Plenária para votação”, explica.
O mesmo ocorrerá com o Manual de Fiscalização, um dos tópicos abordados pelos membros da CNAF, de 20 a 22 de março. A redação final será elaborada após a reformulação da Resolução nº 1015/2012, o que deve ocorrer após a Câmara Nacional de Presidentes, em maio. “Hoje, os regionais têm seus próprios manuais. O objetivo é que ele seja orientativo, para padronizar e subsidiar nacionalmente o trabalho dos fiscais”, informa o presidente da CNAF, José Pedro Soares Martins
Reunida durante três dias na sede do CFMV, a comissão debateu e estruturou uma série de propostas a serem submetidas à aprovação da diretoria e da Plenária do CFMV. Entre elas estão o agendamento do II Seminário Nacional de Fiscalização, previsto para o segundo semestre, além da realização de seminários regionais e outras iniciativas voltadas à maior proximidade da CNAF com os conselhos regionais.
Assessoria de Comunicação do CFMV
CRMV/PB realizou curso de RT na cidade de Patos/PB
O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Paraíba (CRMV/PB) realizou no dia 21 de março o Curso Básico de Responsabilidade Técnica (RT) no Auditório da FIP Faculdades na cidade de Patos/PB.
O Méd. Vet. Domingos Lugo, presidente do CRMV/PB, abordou assuntos sobre os reflexos jurídicos que podem ocorrer quando é cometido algum tipo de infração ou erro médico e lembrou da importância de se conhecer e ter sempre em mãos o código de ética do Médico Veterinário e Zootecnista.
Lugo ainda ministrou a palestra sobre a Responsabilidade Técnica e Controle Populacional, mostrando os procedimentos que devem ser seguidos para a realização de um projeto com base na Resolução 962/10 do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), bem como as ações voltadas ao bem-estar animal e a proteção do profissional e do meio ambiente.
Manual de responsabilidade técnica, conhecimento das legislações, procedimentos e normas que são exigidas para o profissional ser um responsável técnico, foram temas abordados pela Méd. Vet. Débora Rochelly. Sobre o papel do CRMV/PB como órgão fiscalizador, Rochelly destacou que “fiscalizar não é impedir o trabalho e sim avaliar a qualificação técnica do profissional”.
a esquerda MV Domingos Lugo, MV Débora Rochelly e Zoot. Tarsys Veríssimo / Foto Ascom CRMV/PB
Na palestra sobre Programa de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde, Débora apresentou as normas e procedimentos de descartes corretos dos resíduos, bem como a importância do RT dentro das empresas, “devemos diminuir o máximo possível os impactos ambientais, sociais e econômicos, concluiu a veterinária.
Na palestra sobre bem-estar animal e os problemas com a antropomorfização, que é uma forma de pensamento onde se atribui características ou aspectos humanos aos animais, o Zoot. Tarsys Veríssimo fez ressalvas sobre os problemas dessa humanização para os cães, “eles são inteligentes, fazem leituras faciais, percebe a tonalidade da voz, não se deve menosprezar a inteligência desses animais” pontuou o zootecnista.
Durante a apresentação Veríssimo ainda abordou assuntos como a importância do bem-estar animal nas criações, seja animais de produção, experimentais, de companhia, esporte, mostrando os problemas enfrentados quando não se dar a devida atenção à causa de bem-estar animal.
O curso teve como objetivo orientar os profissionais, Médicos Veterinários e Zootecnistas, que vão assumir Responsabilidade Técnica nas diversas áreas, para que saibam da importância do exercício profissional de forma ética associado as normativas do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) e demais leis necessárias.
Acesse a galeria de fotos.
Assessoria de Comunicação CRMV/PB
Aulas práticas fortalecem qualidade do curso de Medicina Veterinária
O Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) combate veementemente a educação a distância para os cursos de Medicina Veterinária, pois considera que os treinamentos práticos presenciais e diurnos são determinantes para a formação dos futuros profissionais. O Conselho preza tanto pela formação dos estudantes que, em 2016, editou resolução específica (nº 1.137/2016) determinando os cenários fundamentais de aprendizagem nos hospitais, clínicas e fazendas de ensino dentro dos cursos de Medicina Veterinária.
De acordo com o presidente da Comissão Nacional de Educação em Medicina Veterinária (CNEMV) do CFMV, Rafael Gianella Mondadori, professor da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL/RS), estudos científicos comprovam que a aprendizagem ativa é mais proveitosa. “Para retenção do conhecimento, o aprender fazendo é bem mais eficaz do que uma leitura, um audiovisual ou até mesmo uma demonstração”, afirma. Para desenvolver as competências técnicas, o professor considera imprescindível, nas diversas áreas da profissão, o contato direto do estudante com o serviço veterinário.
Por isso, a resolução do CFMV demanda que hospitais, clínicas veterinárias e fazendas de ensino sejam laboratórios didáticos especializados, integrados ao projeto pedagógico do curso, visando assegurar a formação teórico-prática do médico-veterinário, inclusive para pesquisa e extensão. As estruturas devem ter professores qualificados, instalações adequadas e equipamentos suficientes para ensinar sobre clínica, cirurgia, reprodução animal, patologia, diagnóstico por imagem e laboratório clínico, bem como sobre produção animal nas diferentes espécies de interesse. Além disso, os hospitais e clínicas de ensino devem prover atividades sob responsabilidade técnica e supervisão permanente de um docente médico-veterinário.
O aprendizado em serviço é uma atividade tão relevante para a formação que a resolução estabelece um referencial mínimo de atendimentos para cada 80 vagas anuais autorizadas para estudantes. O documento determina que os hospitais e/ou clínicas próprios dos cursos atendam, anualmente, no mínimo 750 casos de clínica de pequenos animais; 180 casos de clínica cirúrgica de pequenos animais; 150 casos de clínica médica e cirúrgica de grandes animais; 80 casos de clínica médica e cirúrgica de animais selvagens e de companhia não convencionais; 330 procedimentos anestésicos inalatórios ou intravenosos; 2.300 exames de laboratório clínico; 400 exames de diagnóstico por imagem; 150 casos de patologia (necropsia); e 120 casos de biotécnicas e clínica da reprodução animal.
Mondadori adverte que, sem o acompanhamento do serviço veterinário, a formação do futuro profissional estará impactada. “A reeducação frente aos casos práticos só acontece quando o estudante vivencia o dia a dia dos serviços”.
A fazenda de ensino ainda tem o objetivo de proporcionar ao aluno uma visão integrada e sistêmica das cadeias produtivas, tendo como fundamento a sustentabilidade socioeconômica e ambiental. Nesse caso, a norma permite que as práticas sejam em estrutura conveniada, desde que utilizem tecnologias modernas de produção, abrangendo todas as etapas de produção nas áreas essenciais de formação do profissional, como bovinocultura de corte e leite; avicultura; suinocultura; equideocultura; ovino/caprinocultura; e piscicultura.
O professor alerta que, para além da perspectiva técnica e prática, “só em contato com outras pessoas será possível ao aluno desenvolver as competências humanísticas, como a capacidade de gestão e de tomada de decisão, a comunicação, a liderança e a administração e o gerenciamento de carreira e de riscos”.
Raul Henrique da Silva está no 10º e último semestre de Medicina Veterinária da UFPEL/RS e revela que foi justamente durante as aulas práticas que escolheu a área de reprodução em bovinos para seguir carreira. Segundo o estudante, a área de reprodução requer muita prática e foi durante os treinamentos que se deparou com o primeiro desafio de aprendizagem. “Na teoria, era muito fácil fazer um exame ultrassonográfico, um diagnóstico de gestação, ou uma palpação, mas logo na primeira prática na universidade percebi que não estava preparado e que ainda me faltava muito treinamento”, conta.
Desde o quinto semestre, Raul tem aulas práticas na fazenda escola e no hospital de clínicas veterinárias da UFPEL. Para ele, o contato direto com o docente foi imprescindível para esclarecer dúvidas. “Na hora do treinamento surgiam os questionamentos, aí o professor explicava de outra maneira, tentava outra técnica, usava outro exemplo, uma intervenção que só era viável cara a cara, o que não é possível quando se está assistindo um vídeo”, exemplifica.
Além do treinamento universitário, o futuro médico-veterinário buscou estágios profissionais extracurriculares desde o 1º semestre para complementar sua formação e se aprimorar tecnicamente. Começou no laboratório de inspeção de produtos de origem animal da universidade, dando assistência aos pequenos produtores da região sobre manejo e boas práticas na ordenha para combater mastite. No sexto semestre, partiu para o treinamento no laboratório de virologia e imunologia da UFPEL e, no sétimo período, foi para o núcleo de pesquisa, ensino e extensão em pecuária, trabalhando com clínica e reprodução de bovinos.
Agora, no último semestre do curso de Medicina Veterinária, Raul cumpre o estágio curricular obrigatório de 450 horas e está trabalhando em uma fazenda especializada em leite, no município de Passos, no sul de Minas Gerais. “É importante para quem vai trabalhar com grandes animais, como é o meu caso, ter a vivência de como funciona o manejo e a reprodução em uma fazenda leiteira, porque as técnicas são diferentes e essa experiência me ajuda a complementar o conhecimento sobre bovinos”.
A segunda parte do estágio obrigatório Raul cumprirá numa empresa de genética, em Brasília, voltada para o corte de bovinos, onde será efetivado como médico-veterinário após a conclusão do curso. “Como é uma empresa focada em atender produtores de Nelore e Guzerá, terei a oportunidade de aprender as diferenças de manejo das produções de corte e leite e conhecer duas realidades distintas, o que considero bem importante para a minha formação”. Ao final dos estágios, Raul terá de produzir um relatório técnico que será defendido perante uma banca na universidade.
Mesmo com toda a estrutura da faculdade, Raul acredita que é fundamental buscar experiências fora do ambiente de ensino. “Lidar com a realidade do médico-veterinário mostra que precisamos treinar cada vez mais, pois estamos lidando com vidas. Vai muito além de ser um bom profissional, devemos ser defensores do bem-estar animal, treinar cada vez mais para errar cada vez menos”, opina.
Foto: Fazenda de ensino_Reproducao Bovinos6_Credito Raul Henrique da Silva
Assessoria de Comunicação do CFMV