O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Paraíba (CRMV-PB) recomendou a Prefeitura do Município de Cacimba de Dentro/PB, a correção salarial oferecida para o cargo de Médico Veterinário no concurso público.
De acordo com o edital nº 001/2019 – PMS/PB, o profissional aprovado na seleção e contratado pelo município receberia o valor de R$ 1.600,00 (hum mil e seiscentos reais), por jornadas de 40 horas semanais.
Ao tomar conhecimento do edital, o regional encaminhou ofício ao prefeito do município ressaltando que a remuneração oferecida está em desencontro com a Lei 4950-A/66, que dispõe sobre a remuneração de profissionais diplomados em Engenharia, Química, Arquitetura, Agronomia e Veterinária, fixando salário-base mínimo de 6 (seis) vezes o maior salário-mínimo comum vigente no País.
A presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Paraíba (CRMV/PB), Méd. Vet. Valéria Cavalcanti, participou entre os dias 04 e 06 de novembro de 2019, do XVI Encontro dos Médicos Veterinários do Oeste do Pará – EMVOP, realizado pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Pará (CRMV/PA), em Santarém/PA.
Fotos arquivo CRMV/PA
Na ocasião a presidente ministrou o Curso de Responsabilidade Técnica e participou da mesa redonda Código de Ética do Médico Veterinário, sobre o evento Cavalcanti se sente “honrada pelo convite, estou feliz em ter contribuído com o EMPOV, comemora ela.
O EMVOP, tem o intuito de integrar acadêmicos e profissionais da classe médico veterinária do Oeste do Pará para que possam atualizar seus conhecimentos e trocar experiências, e, consequentemente desempenhar a sua profissão com cada vez mais compromisso e responsabilidade perante a sociedade.
Assessoria de Comunicação CRMV/PB com informações da assessoria do CRMV-PA
Membros da Comissão Regional de Educação de Medicina Veterinária do CRMV/PB participaram na última quarta-feria (05) de uma reunião com o presidente do Conselho Estadual de Educação da Paraíba (CEE/PB), professor Carlos Henrique Ruiz, na sede do CEE/PB em João Pessoa/PB.
Na oportunidade, a Comissão discutiu a situação dos cursos de auxiliar em Veterinária com o CEE/PB e apresentou as Resoluções CFMV 1260/19 e 1281/19 que definem os limites e diretrizes desses cursos.
O presidente da comissão, professor Adriano Fernandes, pediu que o CEE/PB encaminhe ao CRMV/PB o projeto pedagógico dos cursos que solicitaram autorização, antes de serem votados pelo Plenário, para que o CRMV/PB possa analisar se os projetos se encontram em consonância com o que estabelece as supracitadas Resoluções, bem como não ferem a Lei 5517/68 e o Código de Ética dos Médicos Veterinários.
Uma nova reunião ficou marcada para o próximo dia 28 de novembro com todos os conselheiros do CEE/PB.
Participaram da reunião, além do presidente da comissão, os professores Alexandre José Alves e Melânia Loureiro Marinho.
Os fiscais do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Paraíba (CRMV/PB), Pedro Marcelino e José Leandro, participam do II Seminário Nacional de Fiscalização do Sistema CFMV/CRMVs, em Brasília – DF.
O evento é direcionado a coordenadores de fiscalização, fiscais e servidores administrativos do Sistema.
Na pauta do encontro estão os recém-concluídos manuais de condutas do fiscal e de fiscalização; os processos de fiscalização dentro do sistema; a fiscalização de estabelecimentos com manipulação e fracionamento de produtos de origem animal e a de estabelecimentos de produtos veterinários e animais vivos.
Os destaques da quarta-feira (06) serão as apresentações e discussões em torno das Resoluções nº 1.275/2019 (apresentada por Zacchi) e 1.137/2016 (por Adolfo Firmino da Silva Neto, membro da Comissão Nacional de Educação da Medicina Veterinária), de modo a harmonizar suas aplicações, na prática.
Assessoria de Comunicação do CRMV/PB com informações da Assessoria de Comunicação CFMV
No último domingo (03) foi comemorado o Dia da Saúde Única e para lembrar sua importância estudantes dos Projetos de Extensão PROBEX/UFCG Saúde Única, Previnevet e Construindo Sorrisos da Universidade Federal de Campina Grande/Campus Patos (UFCG), promoveram uma ação de Educação em Saúde na UFCG com o objetivo de levar à comunidade acadêmica a importância dessa temática. O projeto é coordenado pela professora Carolina Américo, pelo professor Silvano Higino e pela professora e Méd. Vet. Débora Rochelly.
Fotos arquivo: Débora Rochelly
Práticas de higiene do corpo, saúde bucal, leishmaniose e tráfico de animais foram temáticas abordadas pelos estudantes. Para falar sobre o tráfico de animais foi utilizado um grande jogo de tabuleiro chamado Trilha da Liberdade, um jogo desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente do Piauí (IBAMA-PI) e adaptado pelo CRMV/PB, com o intuito de conscientizar a sociedade quanto a prática ilegal de forma lúdica, “é brincando que conseguimos envolver a sociedade e mostrar que é preciso dizer não ao tráfico de animais” conclui Rochelly.
Saúde Única
O conceito de Saúde Única surgiu para traduzir a união indissociável entre a Saúde animal, humana e ambiental. Neste sentido, olhar o todo torna-se fundamental para garantir níveis excelentes de saúde. Muitas doenças podem ser melhor prevenidas e combatidas por meio da atuação integrada entre a Medicina Veterinária, a Medicina Humana e outros profissionais de saúde.
A Medicina Veterinária, ao abraçar e ligar os três aspectos dessa cadeia, revela-se uma das profissões mais completas do mundo. Foi criada com o dever de prevenir e curar doenças dos animais, mas sempre tendo como objetivo o homem e o serviço maior à humanidade.
O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Paraíba (CRMV/PB) reforça a importância do trabalho multidisciplinar de atuação do Médico Veterinário em prol da Saúde Única.
Assessoria de Comunicação do CRMV/PB com informações da Assessoria de Comunicação CFMV
Representantes de 26 conselhos regionais de Medicina Veterinária estão reunidos, até amanhã (6), no auditório do Centro Universitário de Brasília (UniCEUB) para o II Seminário Nacional de Fiscalização do Sistema CFMV/CRMVs. Organizado pela Comissão Nacional de Fiscalização do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CNAF/CFMV), o evento reúne 80 participantes na capital federal, entre fiscais, coordenadores e servidores administrativos em busca de uma padronização desta que é a atividade-fim dos conselhos: fiscalizar.
Na abertura, o presidente do CFMV, Francisco Cavalcanti de Almeida, lembrou sua própria trajetória, como auditor fiscal agropecuário do Ministério da Agricultura. “Também fui fiscal e sei como é difícil quando você encontra um estabelecimento irregular. Não queremos prejudicar ninguém. Nossa função é educar quem presta um serviço. Não visamos arrecadar. Nós servimos à sociedade”, afirmou.
Para ele, o encontro ocorre em boa hora, principalmente em função da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 108/2019, em tramitação na Câmara dos Deputados. O texto da PEC prevê, entre outras medidas, a transformação dos conselhos em entidades privadas e o fim da obrigatoriedade de registro profissional. “O nosso foco é a fiscalização. Tudo o que se faz no Sistema CFMV/CRMVs é fiscalização. Uma reunião de comissão de educação, por exemplo, é fiscalização. A maneira de desenvolver essa conduta é de cada estado, mas ela deve ser uniformizada”, completou.
Também presente na mesa de abertura – composta ainda pelos médicos-veterinários Fernando Zacchi, assessor técnico da Presidência do CFMV, e pelo coordenador do curso de Medicina Veterinária do UniCEUB, Carlos Alberto da Cruz Júnior –, o presidente da CNAF, José Pedro Soares Martins, assinalou: “O grande trabalho começa depois do seminário, quando vamos analisar e compilar as sugestões apresentadas pelos regionais. Temos que ter a fiscalização unida para que todo o sistema ganhe com isso”.
Na pauta do encontro estão os recém-concluídos manuais de condutas do fiscal e de fiscalização; os processos de fiscalização dentro do sistema; a fiscalização de estabelecimentos com manipulação e fracionamento de produtos de origem animal e a de estabelecimentos de produtos veterinários e animais vivos.
Membro da comissão, o zootecnista Emanoel Barros fez a primeira palestra, na qual apresentou em linhas gerais o conteúdo do manual de conduta do fiscal que, assim como o manual de fiscalização, foi elaborado pela CNAF e será apreciado pela diretoria, que decidirá os próximos passos do documento até sua publicação. “Ele aborda a importância da postura e dos valores na atuação do profissional, além de dar respaldo às ações dos fiscais”, explicou.
Na sequência, o médico-veterinário Odemilson Mossero exibiu a estrutura de fiscalização disponível em 23 regionais que responderam a um questionário elaborado pela comissão: perfil e quantidade de fiscais em cada Unidade da Federação, veículos, atuação em relação às Resoluções CFMV e resultados dos anos de 2017 e 2018. Nos dois dias de evento, ao final de cada período (manhã e tarde), são debatidos os temas tratados nas palestras.
A programação segue até amanhã, às 17h. Os destaques da quarta-feira serão as apresentações e discussões em torno das Resoluções nº 1.275/2019 (apresentada por Zacchi) e 1.137/2016 (por Adolfo Firmino da Silva Neto, membro da Comissão Nacional de Educação da Medicina Veterinária), de modo a harmonizar suas aplicações, na prática.
À tarde, é a vez de Cyrlston Valentino, advogado do CFMV, e de José Pedro abordarem as diretrizes para a fiscalização de estabelecimentos de comércio de produtos veterinários e de animais vivos, com base em decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que reverteu uma decisão anterior, a qual desobrigava essas empresas de contratarem médico-veterinário como responsável técnico.
O câncer de próstata também afeta os animais de companhia e, assim como ocorre com os machos humanos, é importante alertar sobre prevenção. A maioria dos cães, com mais de 4 anos , está sujeita ao desenvolvimento de várias alterações na glândula prostática, por isso é fundamental o exame de toque retal e, quando necessário, a ultrassonografia para uma análise mais detalhada. Alterações dessa natureza também podem surgir em gatos, mas é raro. Os tutores devem ficar atentos.
Segundo a médica-veterinária Kellen de Sousa Oliveira, docente da Escola de Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Goiás (EVZ/UFG), os tumores prostáticos em cães ocorrem em uma menor incidência em relação as demais doenças.
“O desenvolvimento das patologias ou alterações da glândula está relacionado a fatores hormonais (testosterona), genética e idade do paciente, por isso, a incidência é maior em animais entre a meia idade a idosos, não castrados ou castrados tardiamente”, afirma.
Oliveira aponta que o guardião do animal deve reparar em sintomas como dificuldade de defecar e urinar, além da presença de sangue e dor na região inguinal. “O tratamento dependerá do diagnóstico, já que, em casos de crescimento da próstata – Hiperplasias Prostáticas Benigna (HPB) – existe o tratamento medicamentoso ou cirúrgico, que é a remoção dos testículos (orquiectomia) associada, ou não, à remoção total ou parcial da próstata (prostatectomia)”, explica.
Em casos de prostatite, que é a dor, inchaço ou inflamação da glândula, a abordagem também pode ser por meio de medicamentos ou intervenção cirúrgica. A Revista da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo apontou que a maioria dos animais estudados e submetidos a orquiectomia apresentaram pelo menos 50% de redução do volume prostático, 15 dias após o procedimento.
A prevenção é a melhor forma de combate: visitas regulares ao médico-veterinário e a castração são as melhores decisões para prevenir as alterações prostáticas “A recomendação é a castração quando o animal atingir a puberdade”, resume.
Sobre a campanha Novembro Azul
O Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata, 17 de novembro, inspirou o surgimento na Austrália, em 2003, do Movember, que buscava, ao longo do mês, conscientizar os homens sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce do câncer de próstata.
No Brasil, a campanha foi iniciada pelo Instituto Lado a Lado pela Vida, com o objetivo de alertar homens sobre cuidados com a saúde e retirar o estigma do exame de toque, que diagnostica a doença. Entre os brasileiros, esse é o segundo tipo de câncer que mais mata, após o tumor de pele não melanoma. Foram 15 mil as mortes causadas pela doença, em 2017. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que, em 2019, pouco mais de 68 mil novos casos surgirão.
Uma das principais atividades do Sistema Conselhos Federal e Regionais de Medicina Veterinária (CFMV/CRMVs) é a de fiscalização do exercício das profissões de Medicina Veterinária e Zootecnia. Com o intuito de debater a aprimorar esse trabalho, o CFMV promove, dias 5 e 6 e novembro, o II Seminário de Fiscalização do Sistema CFMV/CRMVs.
O encontro, direcionado a coordenadores de fiscalização, fiscais e servidores administrativos do Sistema, será realizado no auditório do Centro Universitário de Brasília (UniCEUB), em Brasília.
“Consideramos necessária a padronização nos procedimentos e atividades de fiscalização, visando um serviço mais eficiente e satisfatório. A Comissão Nacional de Fiscalização do CFMV (CNAF) vem trabalhando em desenvolver um modelo que determine critérios uniformes para as ações dos Conselhos Regionais”, aponta José Pedro Soares Martins, presidente da CNAF.
Ele adianta que os destaques do Seminário serão a apresentação das Resoluções CFMV 1275/2019, que dispõe as “condições para o funcionamento de Estabelecimentos Médico-Veterinários de atendimento a animais de estimação de pequeno porte”, e a 1137/2016, que “trata de cenários fundamentais de aprendizagem relacionado a Hospital Veterinário de Ensino, Clínica Veterinária de Ensino e Fazenda de Ensino, para formação do Médico Veterinário”.
“Vamos definir também as diretrizes para os procedimentos de fiscalização de estabelecimentos comerciais de produtos de uso veterinário e animais vivos em função da decisão do STJ”, explica.
Outro tema de igual importância, de acordo com Martins, será a avaliação do Processo Fiscalizar, oportunidade para que os Conselho Regionais relatem os seus procedimentos, além de informações acerca de suas estruturas de fiscalização.
Durante o seminário, pretende-se também apresentar os Manuais de Conduta do Fiscal e o de Nacional de Fiscalização.
Para homenagear os milhares de médicos-veterinários que colaboram diariamente para fortalecer a profissão e entregar, cada vez mais, um serviço de excelência para a sociedade, o livro “50 anos do Conselho Federal de Medicina Veterinária”, editado de forma inovadora pela atual gestão e lançado nos 50 anos da data da homologação da Lei nº 5.517, reúne a história de cinquenta médicos-veterinários, de diversos segmentos que contribuíram para o crescimento e a valorização da Medicina Veterinária, e que colaboraram, de maneira ímpar, para o desenvolvimento do Sistema.
Cinquenta anos, cinco décadas, meio século, jubileu de ouro. Mais importante do que a forma de contar o tempo, é o que está por trás desse tempo. Ou melhor, quem está. Porque são os gestores públicos e privados que integram um conselho os responsáveis por fazê-lo comemorar 50 anos de história com grandes conquistas.
É com esse pensamento que o CFMV celebra seu cinquentenário, reconhecendo e valorizando a participação de cada pessoa e de cada instituição que o ajudou a chegar até aqui com tantos avanços e tantos aprendizados.
A história do CFMV se faz com gente. Cinquenta anos. Cinquenta nomes. Assim nasceu o projeto deste livro, aprovado de forma pioneira e corajosa pela atual gestão.
O ideal seria termos uma publicação com 183 mil médicos-veterinários homenageados. Afinal, a história do Sistema CFMV/CRMVs é a história de cada médico-veterinário que honra a sua profissão colaborando para o desenvolvimento do Brasil, impactando diretamente a saúde animal e humana, e preservando o meio ambiente, conceito defendido pela Saúde Única.
Seja no campo, nas clínicas, nas indústrias, no trabalho administrativo ou político, a história do conselho se escreveu pelas mãos de milhares de mulheres e homens, de Norte a Sul do país, que, com empenho, zelo e dedicação, ajudaram a dignificar a Medicina Veterinária no país.
Neste livro, contamos, de forma respeitosa e gentil, através de textos e fotos, um pouco de suas histórias de vida, de suas trajetórias profissionais e de suas relações com o Sistema.
Reforçamos que a intenção é que cada médico-veterinário do Brasil se reconheça e se sinta homenageado, por meio dos sonhos, dos aprendizados, das lembranças e das trajetórias de seus colegas aqui representados.
Navegue pelas páginas e mergulhe fundo na história da atuação de cada um deles.
VIDAS QUE TRANSFORMAM VIDAS
Quando recebi a missão de entrevistar 50 médicos-veterinários e de escrever seus depoimentos neste livro, pensei: é mais um trabalho e vou realizá-lo com o mesmo profissionalismo dos outros.
Me enganei. Saio desse trabalho transformada.
Olhar para 50 pessoas nos olhos, desculpe a redundância, e receber de presente um pouco de suas histórias, lembranças, fé, amor pela família e pela profissão, me renovou. Me lembrou por que gosto de gente e acredito que as pessoas são o que há de melhor no mundo.
Tivemos dias difíceis, sim, corridos, viajando sem parar por várias cidades do Brasil. Mas quando chegávamos numa casa e o entrevistado nos recebia com um sorriso no rosto, um café quentinho, um suco de cajá, um pão delícia, um pão de queijo mineiro ou biscoitinhos, eu pensava: eles estão abrindo a casa e a alma para a gente.
Sim. Porque tal como Dom Quixote, tive um fiel escudeiro nessa jornada: o fotógrafo Gilberto Soares, ou Giba, para os amigos. Se eu trouxe a emoção e as palavras para este livro, Giba trouxe a arte, a luz, a magia. Assim como eu, ele também se transformou nessa jornada ao conhecer todos os entrevistados.
Preciso agradecer aos homenageados por toda palavra, cada lembrança partilhada comigo. Gostaria de agradecer também pela disponibilidade de cada pessoa retratada neste livro na hora da produção das fotos: pelo tempo dispensado, pela paciência, pela superação da timidez, pela entrega e troca com o fotógrafo.
Chorei ao saber da chegada do doutor Saliem ao Brasil, bem menino; com o amor do doutor José Renato pela profissão; com a luta do doutor Amilson por sua vida; com as tatuagens do doutor Bacha.
Chorei também com a superação da doutora Erivânia após um grave acidente; com a sensibilidade do doutor Moacir ao falar da família, bem humilde; com a relação do doutor Wanderson com o avô; e com a emoção do doutor Visintin ao lembrar dos pais na roça.
Sim. Roça! Porque muitos dos entrevistados despertaram seu amor pela Medicina Veterinária no cuidado com os animais, passando bezerro pelo curral, tratando os cavalos, tocando os bois, alimentando as galinhas, na lida, como eles mesmos contaram. Com os pés descalços na terra e o olhar no horizonte, sem imaginar que futuro teriam.
Ri com o doutor Valney de Elvis; com a figura calorosa (e cheirosa) do doutor Geraldo; com a música “Arlette Canivete, põe no fogo e não derrete. Pois na brasa derreteu, ai que raiva me deu”; com a alegria de muitos dos entrevistados ao falarem de suas experiências como professores ou de seus netos e netas.
Ah! E o que falar do doutor Milton? Ele me mostrou como continuar jovem, ágil, generoso e afetuoso aos 103 anos de idade.
Poderia citar aqui mais de uma coisa que me marcou na conversa com TODOS os homenageados, mas isso é assunto para um próximo livro.
Reafirmei com essa experiência minha convicção de que as pessoas devem trabalhar com o que gostam, pois assim, mesmo nos dias difíceis, se sentirão em paz.
Conhecendo os 50 entrevistados, e preciso reforçar que neste caso não houve exceção, descobri o amor dos médicos-veterinários pela profissão. Cinquenta, não: 51! Porque recebi também a missão de escrever o perfil do editorial do doutor Francisco de Almeida, presidente do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) e descobri que ele foi criado, juntamente com treze irmãos, na roça.
O que mais reforcei com este livro? A certeza de que a vida é feita de ciclos, que todos nós temos as nossas batalhas e que vale a pena tratar os outros com gentileza e generosidade, porque assim fazemos um mundo melhor, e que o trabalho, principalmente quando feito com amor, traz dignidade e felicidade às pessoas.
Também descobri o leque de atividades que a Medicina Veterinária abrange. Perdoem minha ignorância, sabia pouco sobre a atuação tão abrangente dos médicos-veterinários. Como cidadã, agora me sinto mais segura ao ver que tenho esses profissionais por trás da produção dos alimentos de origem animal, no cuidado com os animais, em pesquisas inovadoras, na prevenção de doenças, e em outras tantas ações. E, com isso, aprendi mais sobre o conceito de Saúde Única.
Queria agradecer a quem nos ajudou nesta jornada: Rodrigo e sua simpatia em nos levar para algumas produções de fotos, e até quem não está no livro, mas fez questão de nos acolher para um pernoite em um hospital veterinário (mas isso é história de bastidores), não é, doutor Edson?
Porque este livro não é só resultado do trabalho da Marta, do Gilberto, do Fernando, que fez de forma especial o projeto gráfico; da Melissa, que coordenou para que tudo andasse no tempo certo e com a qualidade que desejávamos; ou da Flávia, que teve a ideia do livro baseado em depoimentos. Este livro é a soma de cada pessoa que torceu por ele, que ajudou, que acreditou, como a Marcela, que nos convidou para este projeto.
Se este livro tivesse uma trilha sonora, certamente seria a música “Trem Bala”, da cantora Ana Vilela.
“Não é sobre chegar no topo do mundo e saber que venceu
É sobre escalar e sentir que o caminho te fortaleceu
É sobre ser abrigo e também ter morada em outros corações
E assim ter amigos contigo em todas as situações.”