Páscoa: tradição da antiguidade, o ovo de galinha depende do médico veterinário para ser um alimento seguro
28 de março de 2016
O ovo, como símbolo da Páscoa, é tão antigo que não se sabe ao certo quando passou a ser associado à data. Com o passar dos tempos, o chocolate foi ganhando espaço e acabou deixando de lado tradições antigas que diziam respeito não aos famosos ovos de chocolate que hoje lotam as prateleiras dos supermercados, mas aos ovos de galinha!
A troca de ovos de galinha é milenar, e na antiguidade era hábito presentear as pessoas com ovos cozidos e pintados com desenhos de plantações, simbolizando a colheita. A ideia era trazer fertilidade ao solo e abundância após o período de inverno.
Atualmente, o ovo de galinha é considerado um dos alimentos mais completos em termos de nutrientes, além de ser uma grande fonte de proteínas e trazer benefícios à saúde. Ele acelera a recuperação de tecidos e ajuda na manutenção da força muscular, por exemplo. De acordo com a Associação Brasileira e Proteína Animal (ABPA), o consumo por habitante no Brasil é de 182 unidades por ano.
Mas, se não estiver próprio para consumo, ele pode trazer sérios riscos à saúde. O ovo é um alimento seguro, desde que seguidas todas as etapas de produção de maneira correta e o médico veterinário tem papel fundamental nesse setor. Na avicultura, os profissionais de Medicina Veterinária têm presença fundamental na responsabilidade técnica de granjas e unidades produtoras de ovos para consumo, por exemplo.
Também atuam na produção de ovos, no controle e manejo higiênico sanitário, na implantação de programas de biossegurança, além de estarem presentes em processos de inspeção, processamentos e industrialização dos ovos.
“Quase todos os nutrientes que o corpo necessita podem ser encontrados nesse alimento, de fácil digestão e absorção, fácil de preparar, relativamente barato e acessível a todos”, afirma o conselheiro do Conselho Federal de Medicina Veterinária, Felipe Bastos, que é médico veterinário com atuação na avicultura.
O médico veterinário Felipe Bastos sugere algumas dicas para comprar, conservar e consumir ovos com segurança:
– Ao escolher ovos de galinha, observe primeiro seu local de acondicionamento que não deve ser muito quente ou ter grandes variações de temperatura.
– Observe o aspecto geral do ovo, como a limpeza da casca, se há fissuras, rachaduras ou pontos de sangue. Não esqueça de checar a data de validade.
– Deve-se ter muito cuidado no transporte de ovos até a casa, para evitar impactos ou pancadas. Por menor que seja o impacto, a casca do ovo pode sofrer pequenas trincas, praticamente imperceptíveis, por onde podem entrar sujeiras e microrganismos que o tornam impróprio para o consumo, causando riscos à saúde.
– Os ovos só devem ser lavados no momento do consumo, já que possui uma película protetora natural que recobre toda sua casca e o protege contra a entrada de bactérias e outros microrganismos que podem causar sua deterioração.
– Sempre guarde os ovos na geladeira, assim terão sua vida útil prolongada.
– A gema do ovo é rica em colina, biotina, lecitina, luteína e zeaxantina, que estão respectivamente associadas à: melhor função neurológica; redução de inflamações; menor absorção de colesterol no intestino; prevenção de doenças nos olhos, como a catarata.
– A clara é rica em colágeno, uma proteína essencial ao organismo que ajuda a eliminar o efeito de flacidez, deixa a pele e os músculos mais firmes, fortalece cabelos e unhas. E também é rica em albumina, uma proteína famosa por fomentar os músculos e dar a sensação de saciedade.
Assessoria de Comunicação do CFMV