“É sem volta o caminho das especializações, e o relacionamento com os tutores e o trabalho em equipe são características imprescindíveis para o bom profissional”, diz o médico-veterinário clínico de pequenos animais, Marcello Roza, que atua na área de Odontologia
Cuidar de cachorros costuma ser a motivação mais comum entre os que pretendem cursar a Medicina Veterinária. Para Marcello Roza não foi diferente. Logo no primeiro dia de aula na Universidade Federal de Goiás (UFG) ele percebeu que tinha feito a escolha certa, assim que conheceu as dependências do hospital veterinário da universidade e viu todos os pets que lá estavam sendo cuidados pelos alunos e pela equipe hospitalar.
“Sempre tive e sempre amei animais. Sempre quis cuidar deles da melhor maneira possível e nada mais natural do que poder unir o amor à técnica e à ciência”, revela Roza.
Ele conta que sempre se identificou com os cães e depois passou também a conhecer e admirar os felinos, dos gatinhos aos gatões ferozes, como onças e panteras. “Temos uma profissão maravilhosa e plural e o amor incondicional destes nossos amigos peludos por nós humanos, contagia a todos”, confessa.
Como sempre gostou muito da área de Medicina propriamente dita, Roza optou pela clínica de pequenos animais e, depois, mais especificamente, pela Odontologia Veterinária.
Durante sua carreira, Roza lembra que teve vários cases muito emocionantes, mas nunca esqueceu de um gatinho chamado Amarelinho, que sumiu de casa e voltou dois dias depois com um trauma grande na boca.
“Fizemos uma correção cirúrgica bastante arrojada para devolver-lhe forma e função. Isto ocorreu há anos e até hoje a tutora é nossa amiga”, recorda. “Também temos Jack, um cão achado na rua quase morto, que tratamos e até hoje é o nosso Mascote”, acrescenta.
Hoje Roza é professor e multiplica seu conhecimento na área odontológica, ensinando como corrigir fraturas mandibulares e fendas palatinas, bem como técnicas de odontologia clínica, periodontia e extração de dentes. Também coordenou, até maio deste ano, o programa de educação continuada da World Small Animal Veterinary Association para a América Latina.
Mas ele não parou na área clínica. Roza também se dedicou a trabalhar pela valorização da profissão. Por cinco anos (2014-2019) foi presidente da Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais (Anclivepa Brasil) e hoje ainda é tesoureiro da Anclivepa DF.
“Sempre gostei das atividades classistas. Trabalhar por essa profissão não tem preço. Foram anos de muito trabalho em prol da Medicina Veterinária”, afirma.
Durante a sua gestão, a Anclivepa Brasil obteve a habilitação do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) para concessão do título de especialista em Clínica Médica de Pequenos Animais e trouxe para o Brasil o Congresso da Federação Iberoamericana de Animais de Companhia.
“O mercado se expande a cada dia em quantidade e a qualidade é o grande diferencial que vejo hoje. É sem volta o caminho das especializações e o relacionamento com os tutores e o trabalho em equipe são características imprescindíveis para o bom profissional”, opina Roza.
Por isso, apesar de doutor em Ciência Animal pela UFG desde 2009, Marcello Roza não para. Recentemente, agora em 2019, ele concluiu o pós-doutorado na mesma área, pela Universidade Estadual do Norte Fluminense, em Campos dos Goytacazes (RJ). E por considerar a Medicina Veterinária plural, já tinha feito pós-graduação em Biossegurança pela Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz e mestrado em Ciências Médicas pela Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília (UnB).
Assessoria de Comunicação do CFMV