Dia de Proteção às Florestas estimula conscientização ambiental
Em referência ao personagem folclórico Curupira, o Brasil celebra em 17 de julho o Dia de Proteção às Florestas.
Curupira, com seus pés virados para enganar e despistar inimigos nas florestas, é conhecido como o protetor das matas e, portanto, um símbolo de conscientização acerca da necessidade de preservação dos recursos naturais.
Não se pode ignorar que o Brasil abriga uma ampla diversidade de ecossistemas florestais, e é papel de todos contribuir e lutar pela defesa da riqueza ambiental que o país possui. Uma das iniciativas governamentais de proteção às matas é o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), um conjunto de normas e procedimentos oficiais que possibilita às esferas governamentais federal, estaduais e municipais e iniciativa privada criar, implementar e gerir áreas de proteção ambiental. Essas unidades de preservação permitem a contribuição e promoção de diversidade biológica, a proteção de espécies ameaçadas, recuperação de recursos hídricos e o desenvolvimento sustentável.
Segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), – em 2017, o rebanho brasileiro de 220 milhões de cabeças, ao todo, ocupava uma área de 167 milhões de hectares. Uma evolução em relação aos dados de 1990, em que 147 milhões de cabeças ocupavam 188 milhões de hectares. A crescente produtividade ao longo desses 30 anos demonstra um caráter mais sustentável na produção agropecuária. Tendo em vista que a agropecuária foi responsável por cerca de 297 milhões do Produto Interno Bruto Brasileiro (PIB) em 2018 (de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – o IBGE), é perceptível a importância econômica do setor para economia, e da necessidade de conservar o meio ambiente e utilizá-lo de maneira consciente e responsável.
Alerta nas florestas brasileiras
Segundo o relatório Assessment of the Risk of Amazon Dieback, do Banco Mundial, cerca de 75% da Floresta Amazônica podem ser perdidos até 2025. A Mata Atlântica, que originalmente ocupava mais de 1,3 milhão de km² em 17 estados do território, tem hoje 29% de sua cobertura original, de acordo com dados do Ministério do Meio Ambiente (MMA). O Cerrado, por sua vez, possui a menor porcentagem de áreas sobre proteção integral: 8,21% de seu território legalmente protegido por unidades de conservação; desse total, 2,85% são unidades de conservação de proteção integral e 5,36% de unidades de conservação de uso sustentável, incluindo Reservas Particulares do Patrimônio Natural (0,07%), também segundo dados do MMA.
Sabe-se que o melhor desempenho de produtividade é conectado com o conceito de sustentabilidade, de produzir mais com menos uso de recursos naturais e desperdício. De acordo com o zootecnista Carlos Saviani, na edição 80 da Revista CFMV, a maior parte dos impactos ambientais na produção de alimentos ocorre na fazenda, e que a ação direta dos profissionais na adoção de boas práticas de manejo, tecnologia, treinamento de funcionários e gestão é a estratégia a ser implantada. Nesse contexto de desenvolvimento sustentável e preservação das florestas e matas, o médico-veterinário e o zootecnista são profissionais de extrema importância e agentes ativos na proteção do planeta.
Assessoria de Comunicação do CFMV